Tudo sobre o Motorola Razr: o smartphone dobrável que revive o visual do V3

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A Motorola anunciou oficialmente seu novo smartphone dobrável, o Razr, nesta quarta-feira (13) em um evento realizado em Los Angeles. Confirmando os rumores anteriores, o aparelho traz uma tela dobrável interna vertical, um display externo interativo para notificações, respostas rápidas e fotos e um design que lembra muito o do clássico feature phone V3 da empresa. O TecMundo foi convidado para conhecer a novidade e traz todos os detalhes.

Segundo a fabricante, 26 protótipos diferentes foram testados até o atual fosse escolhido, trazendo um painel dobrável para dentro na vertical – conhecido como concha ou clamshell. As pesquisas feitas pela companhia indicaram que o público está satisfeito com a experiência que tem com o tamanho atual das telas de celulares, mas as dimensões grandes e difíceis de transportar dos corpos dos smartphones atuais causa incômodo.

Com isso em mente, o Motorola Razr foi feito com o foco principal no design e com o objetivo de fazer o sistema de tela dobrável funcionar. O resultado é o aparelho com uma tela interna de OLED plástico com 6,2 polegadas na proporção de 21:9 que consegue se dobrar ao meio com a ajuda de um sistema de engrenagens. A resolução desse painel é de 2142x876 pixels, o que fica entre HD e Full HD – escolha que é explicada essencialmente pelo tamanho da bateria, que cito mais abaixo.

Design em primeiro lugar

Por mais que a engrenagens da dobradiça do Razr estejam protegidas nas laterais, é fácil notar que elas são expostas em vários pontos. Além disso, ao fechar o celular devagar, podemos notar que a tela sobe um pouco antes de dobrar, permitindo até olhar por trás do painel. Esses pontos podem ser preocupantes para quem pensa no risco de que pequenos detritos ou poeira acabem acumulando por lá com o tempo ou após quedas em chão de areia, terra ou pequenas pedras.

No evento de lançamento, a Motorola fez questão de ressaltar que realizou vários testes de resistência e durabilidade, tanto em situações de laboratório quanto de uso mais comum, e disse que não lançaria o Razr se o aparelho não estivesse pronto. O corpo tem uma combinação de aço inoxidável e vidro que passa uma sensação de resistência sem deixar o aparelho pesado. Quando ele está fechado, não há vãos significativos entre os dois lados da tela e a espessura do aparelho nessa posição é próxima à do V3 original, então ele realmente parece prático de levar por aí como você preferir.

O “queixo” abaixo do display principal abriga o leitor de digitais na parte frontal e, na inferior, o conector USB-C em meio a uma grande área de saída de som – com o espaço extra dessa parte, o aparelho conta com uma câmara acústica para melhorar a qualidade sonora – mesmo assim, o áudio de mídia e games só sai por ali, então nada de som estéreo no novo Razr. Essa área ainda abriga a antena do dispositivo, o que a fabricante diz ajudar a melhorar a recepção de sinal. A Motorola ainda apontou que o Razr é resistente a respingos de líquidos, mas como ele não tem certificação IP, não foi feito pra aguentar submersão.

Tela externa interativa e câmeras

Além da tela dobrável interna, o Razr tem um display OLED externo de 2,7 polegadas na proporção de 4:3 coberto por vidro curvo. Ele permite ver suas notificações e interagir com elas sem ter que abrir o aparelho. É possível tocar para ler os alertas, mensagens e emails, atender chamadas e até usar respostas rápidas no caso de apps mensageiros.

Fazendo o gesto de torcer o punho com o celular na mão, algo comum a todos os aparelhos da Motorola nos últimos anos, você ativa a câmera principal do smartphone e consegue usar a tela frontal para fazer suas selfies. Caso queira, pode ainda abrir o celular nessa hora para utilizar o app pelo display interno imediatamente – essa continuidade, aliás, vale para outros aplicativos.

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Sobre as câmeras, temos apenas uma em cada lado do aparelho. O sensor externo é o principal e tem 16 MP, abertura de f/1.7 e função Night Vision para melhorar capturas noturnas. Quem quiser uma experiência de selfies mais tradicional pode abrir o aparelho para usar a câmera interna de 5 MP e abertura de f/2.0. A qualidade das imagens parece boa em um primeiro momento, mas só com mais tempo de teste poderíamos avaliar com certeza.

Bateria e processador: meio-termo em prol do formato

Como o objetivo principal da Motorola era acertar o design do smartphone dobrável, a fabricante fez concessões que provavelmente não vão agradar quem gosta de listas de especificações mais avançadas. Por causa do tamanho e do formato dobrável, o maior sacrifício foi o da bateria, quem tem capacidade de 2.510 mAh – o que parece pouco para um celular dessas dimensões.

Para compensar a falta de capacidade energética, a empresa teve que fazer outras concessões – o que inclui a já citada resolução limitada da tela principal, entre HD e Full HD. Outro ponto impactado foi a escolha do processador Snapdragon 710, que faz parte da linha de chips da Qualcomm que entrega um desempenho ligeiramente inferior ao da série 800 da empresa, mas gasta bem menos energia.

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Com isso, a Motorola promete que o Razr consegue aguentar um dia inteiro longe da tomada – ainda assim, somente com testes mais aprofundados conseguiríamos dizer que nível de intensidade de uso ele aguenta de fato. Ao menos o smartphone vem acompanhado na caixa por um carregador TurboPower de 18 Watts, o que deve ser o suficiente para completar uma bateria desse tamanho sem demora.

Memória, software e extras

Além do Snapdragon 710, o hardware do Razr inclui 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, o que deve ser o suficiente para que ele rode todo tipo de aplicativo e jogo sem dificuldades perceptíveis. Novamente, precisaríamos testar o aparelho por mais algum tempo e instalar games e softwares pesados para ter certeza do desempenho, mas a impressão inicial é a de que ele está funcionando com agilidade e sem engasgos.

O celular vem de fábrica com o Android 9.0 Pie da Motorola, próximo do padrão adotado pela Google tanto no visual quanto na utilização – com exceção das funções extras já citadas. O Razr não apenas conta com o gesto de atalho com o pulso para abrir a câmera, mas também tem o movimento do Moto Ações para ligar a lanterna sem tem que apertar nada ou abrir o celular, algo que os usuários de aparelhos da marca apreciam.

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Por fim, além do carregador TurboPower, o Razr é acompanhado na caixa por um cabo USB-C, fones de ouvido intrauriculares cabeados com borrachinhas intercambiáveis de diferentes tamanhos e um adaptador USB-C para P2 – o smartphone não tem uma entrada própria para esse tipo de acessório. Tudo isso vem dentro de um case e com os cabos trançados em tecido.

Preço e disponibilidade

O Motorola Razr chega inicialmente ao mercado norte-americano com exclusividade da operadora Verizon e preço de US$ 1,5 mil. A pré-venda do aparelho está marcada para dezembro, enquanto a chegada oficial às lojas fica prevista para janeiro de 2020.

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Na ocasião do lançamento, a fabricante confirmou que o smartphone dobrável chegará também a outros países, incluindo o Brasil e outras nações da América Latina, mas até o momento não foram divulgados detalhes sobre o valor do aparelho e a data da sua chegada por aqui. Continuem atentos ao TecMundo para mais novidades sobre o Motorola Razr – e quem estiver interessado em ver o aparelho em funcionamento, confira o vídeo de hands-on no nosso canal no YouTube.

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