Samsung Galaxy J6: review/análise [vídeo]

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Galaxy J6 é um smartphone da família básica da Samsung lançado há um bom tempo no ano passado. Atendendo a muitos pedidos, passei mais de um mês usando o dispositivo como um celular secundário – e nas últimas duas semanas como meu principal –, tudo para falar para vocês se ele ainda traz benefícios o suficiente pelo valor do investimento. Confira o resultado agora no nosso review.

Um passo para frente e outro para trás

O design do J6 conseguiu a façanha de evoluir e retroceder ao mesmo tempo. A evolução vem por causa da adoção da proporção de 18,5:9 na tela, o que deixou o celular mais esticado, com bordas menores acima e abaixo da tela e uma cara mais moderna. Também por essa redução das bordas, o leitor de digitais foi para a traseira, em uma posição fácil de alcançar com os dedos.

Já o retrocesso vem do fato de que, enquanto o J5 tinha um corpo de alumínio, o J6 é feito de plástico rígido. Mesmo assim, o aparelho continua bem robusto, então o prejuízo da troca de materiais é mais estético do que funcional. Ele ainda não tem certificação de resistência à água, o que seria legal, mas isso não é surpresa já que até a família Galaxy A, que inclui aparelhos mais caros e avançados, não oferece mais essa proteção.

Samsung Galaxy J6 review

Os cantos arredondados dão uma pegada boa para o J6 e ele é fácil de usar mesmo com uma mão só. Fora isso, vale dizer que o aparelho mantém a entrada para fones de ouvido e a porta micro USB, além de possuir espaços separados nas bandejas para o cartão micro SD e dois chips de operadora.

Tela boa para a categoria

A tela do Galaxy J6 tem 5,6 polegadas e resolução HD+ – ou seja, ela é grande e consegue reproduzir uma quantidade razoável de detalhes, mas não com a mesma qualidade de aparelhos com displays mais densos.

O painel é Super AMOLED, o que garante cores bem vivas e bom contraste em geral. Mesmo assim, achei que na configuração adaptável que vem por padrão a saturação está exagerada demais, então recomendo alterar essa opção para ter uma experiência mais equilibrada. Fora isso, o brilho máximo está bom, então dá para usar o celular sob o sol forte de boas.

Samsung Galaxy J6 review

Para uso cotidiano

Passando para o hardware, o J6 vem com o chip Exynos 7870, que é um octa-core da própria Samsung. Além disso, ele tem 2 GB de memória RAM e opções com 32 ou 64 GB de armazenamento – e dá para expandir o espaço com um cartão micro SD. Com isso, você pode esperar um celular capaz de rodar sem problemas os apps mais cotidianos.

Entretanto, por mais que eu não tenha sofrido com travamentos, os engasgos e quedas de desempenho são frequentes. Games realmente exigentes, como Fortnite, não rodam no J6. Já opções mais simples, como PUBG e Pokémon GO, funcionam bem. Ou seja, esse aqui é um aparelho mais para quem quer algo que funcione no dia a dia e rode o essencial, com um ou outro jogo mais casual.

Benchmarks

Para ver como o Galaxy J6 se sai em comparação com seus principais concorrentes, o aparelho foi submetido a quatro aplicativos de benchmark. Os testes utilizados foram o AnTuTu Benchmark 7.0 e PCMark.

Galaxy J6 AnTuTu benchmark

O app AnTuTu 7.0 permite testar interface, CPU, GPU e memória RAM dos dispositivos. Os resultados são fornecidos individualmente e somados para gerar uma pontuação total. E aqui também vale a máxima para os pontos: quanto mais, melhor.

Galaxy J6 PCMark benchmark

O PCMark mensura o desempenho do celular durante tarefas comuns de produtividade, como navegação na web, edição de vídeos e fotos e trabalho com documentos e dados em geral. Assim como nos outros casos, totais de pontuação maiores significam resultados melhores.

O software que já conhecemos

O sistema operacional do J6 é o Android Oreo, modificado pela interface Samsung Experience 9.0. Isso quer dizer que a experiência de uso não traz mistérios para quem já tem alguma experiência com o sistema do robozinho verde, seja na versão pura ou na modificação da coreana.

Recursos como a duplicação de apps de mensagens para usar duas contas diferentes e a pasta segura para proteger conteúdos profissionais ou sigilosos continuam inclusos, além de rádio FM e TV Digital.

Samsung Galaxy J6 review

O J6 tem previsão para receber uma atualização para o Android Pie com a nova interface da Samsung, a One UI, que promete deixar a experiência de uso mais prática. A data prevista internacionalmente é maio de 2019, mas atrasos acontecem, então eu não prenderia a respiração.

Câmeras para quebrar um bom galho

Em tempos de aparelhos com várias câmeras, o J6 vem com uma configuração mais simples, com um sensor traseiro de 13 MP e um frontal de 8 MP, ambos com flash LED e abertura de f/1.9.

Em ambientes bem iluminados, tanto a câmera de trás quanto a da frente conseguem fazer um bom trabalho. As fotos têm cores realistas e bem equilibradas e a quantidade de detalhes exibidos é boa. Já no escuro o sensor traseiro acaba mostrando bastante ruído e perde detalhamento, mas as fotos saem claras e mantém boas cores, então dá para quebrar um galho.

Nas selfies, os ruídos ficam mais visíveis e o foco automático faz falta. Usando o flash LED ainda é possível tirar selfies legais, mas é preciso cuidado para acertar o foco. Nos vídeos o J6 consegue gravar em Full HD, mas falta estabilização e o resultado não fica muito bom. Além disso, é preciso tomar cuidado com a mão para não cobrir o microfone, que fica do lado da entrada para fone de ouvido.

Resumindo tudo, as câmeras do Galaxy J6 fazem um bom trabalho de dia e até dão para o gasto no resto de tempo, mas não espere alta qualidade por aqui.

Um dia inteiro de energia

Seguindo agora para a bateria, o J6 vem com reservas de 3.000 mAh, o que é o suficiente para alimentar o hardware dele por um dia inteiro com tranquilidade. Se você passar várias horas jogando com o celular sem parar, provavelmente vai acabar precisando de uma recarga, mas com uma utilização mais normal, com fotos, redes sociais, mensageiros e uma partidinha ou outra, ele aguenta até de noite sem problemas, chegando em casa ainda com uns 30% de carga.

O lado ruim é que, se você precisar de recarga, aí o J6 vai te forçar a esperar. Em média, o aparelho recupera cerca de 17% a cada meia hora na tomada, então ir de 0 a 100% leva quase 3 horas.

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Extras

Com o alto-falante na lateral do aparelho, você acaba tendo que tomar cuidado para não abafar o som dependendo de como estiver segurando o celular. Tirando isso, o volume máximo e a qualidade do áudio são bons, mas nada que seja impressionante. Além disso, o J6 vem com um fone de ouvido dos mais simples na caixa.

Sobre o sensor de digitais, expliquei mais acima que ele tem uma posição boa na traseira do smartphone, mas vale falar também que ele funciona bem e não teve dificuldades para reconhecer meus dedos.

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Vale a pena?

No site oficial da Samsung, o Galaxy J6 está saindo por R$ 900 pelo modelo com 32 GB de armazenamento e por R$ 1,3 mil no de 64 GB. Pagando à vista em varejistas online, dá para encontrar essas duas variantes por respectivamente R$ 800 e R$ 890.

Considerando o pacote completo, o modelo de 64 GB é interessante para quem busca um dispositivo básico com bastante espaço interno, especialmente se a pessoa quer um celular básico para uso cotidiano, não pretende exigir muito dele e precisa ter o smartphone em mãos logo. Mesmo assim, talvez seja uma boa ideia pesquisar outras opções, já que não é muito difícil encontrar aparelhos mais poderosos custando a mesma coisa, ainda mais se você estiver disposto a arriscar uma importação.

Samsung Galaxy J6 review

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E aí, o que que você achou do Galaxy J6? Mande sua opinião e qualquer dúvida que tiver sobrado nos comentários abaixo, que eu respondo assim que puder, ou então fale comigo pelo perfil @Leobrjor no Instagram ou no Twitter. Quem estiver afim do Samsung pode conferir os links a seguir para encontrar os melhores preços atuais, além de clicar aqui para acessar o TecMundo Descontos e conferir muitas outras promoções.

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