HTC G1, era Nexus e Pixel: toda a história dos smartphones da Google

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Imagem: techcrunch

A Google hoje joga no time das fabricantes de smartphones premium que querem, acima de tudo, oferecer uma boa experiência ao usuário, mesmo que não seja possível entregar inovações mais recentes aos consumidores. Além disso, os mais recentes dispositivos da marca são bem caros.

Mas isso nem sempre foi assim. A Google já jogou na vanguarda tecnológica com seus primeiros smartphones e, em outro momento, queria entregar os melhores aparelhos possíveis por preços bem acessíveis.

Como houve muita mudança na forma como a empresa aborda o mercado mobile nos últimos 10 anos, é interessante conferirmos em detalhes toda sua trajetória, desde o primeiro aparelho Android do mundo, passando pela era Nexus e chegando aos Pixel.

HTC G1 (Dream)

htc dream(Fonte: Engadget)

Esse foi o primeiro smartphone Android do mundo a ser vendido comercialmente. Ele chegou ao mercado em outubro de 2008, como uma resposta aos primeiros iPhones da Apple. Diferente da oferta da Maçã, entretanto, ele trazia um teclado QWERTY deslizante uma “trackball” que basicamente era o método principal de navegação pelo sistema.

O aparelho vinha com Android 1.5 Cupcake e tinha uma tela minúscula de apenas 3,2’’. Mais curioso ainda era a quantidade de RAM: apenas 192 MB.

Nexus One

nexus one(Fonte: divulgação Google)

A Google pulou o ano de 2009, mas, em fevereiro de 2010, lançou o Nexus One novamente em parceria com a HTC. Esse era, na verdade, a primeira tentativa séria da empresa de abocanhar parte do mercado com o Android. Esse aparelho já vinha com um chipset mais poderoso, o Qualcomm S1 e 512 MB de RAM. Infelizmente, esse modelo vendeu pouco.

Nexus S

Nexus one(Fonte: The Verge)

Já em dezembro de 2010, a Google mudou de parceira, indo para o lado da Samsung. As duas companhias lançaram então o Nexus S. Curiosamente, este foi o primeiro aparelho da Google com câmera frontal. Ele também trazia inovações para a época, como NFC e estregou o Android Gingerbread 2.3.

Essa foi também a primeira versão do Robô altamente popular em todo o mundo, tendo ficado muitos anos presente no mercado. A tela desse aparelho já estava na casa das 3,7’’, e o chipset foi um Exynos 3110, feito pela própria Samsung.

Galaxy Nexus

galaxy nexus(Fonte: divulgação Google)

Mas talvez o primeiro Nexus que teve projeção mundial foi o Galaxy Nexus. Novamente fabricado pela Samsung, o smartphone chegou ao mercado em novembro de 2011 com um design bastante moderno para a época. Mesmo assim, ele não chegou a concorrer em volume de vendas com os grandes lançamentos daquele ano.

Esse foi o primeiro smartphone da empresa a bater a marca dos 1 GB de RAM e deu vida a uma versão história do Android, a 4.0 Icecrem Sandwich. Esse sabor do Robô trouxe o primeiro grande redesign de interface.

Nexus 4

O primeiro sucesso real da Google foi Nexus 4. O smartphone foi lançado em novembro de 2012 em parceria com a LG. Ele começou uma tendência na Google de oferecer smartphones com hardware poderoso e software ágil por preços mais baixos que a média do mercado.

Por conta disso, o modelo vendeu mais de 3 milhões de unidades em seu primeiro ano de mercado. Ele tinha boas câmeras, uma quantidade decente de RAM e também trouxe o carregamento sem fio para a linha Nexus. Esse smartphone foi vendido oficialmente no Brasil e era um dos mais desejados pelos leitores do TecMundo na época.

Nexus 5

Outro sucesso da Google foi o Nexus 5, fabricado pela LG. Mais uma vez, o dispositivo tentava entregar hardware poderoso com baixo preço. Ele foi o primeiro da Google a contar com conectividade 4G e tinha "bastante" armazenamento interno: 8 GB ou 16 GB.

O modelo foi lançado em outubro de 2013 e pode ser considerado o primeiro smartphone grande feito pela Google, com uma tela de 5’’. Outro destaque era o Android KitKat, que trouxe uma pequena mudança de ares na interface do Android e abriu caminho para o Material Design.

Nexus 6

Em novembro de 2014, a Google lançou o Nexus 6 em parceria com a Motorola, a fabricante de smartphones que havia comprado pouco tempo antes. O dispositivo era gigantesco, sendo basicamente uma versão "GGG" do Moto X 2014.

Esse foi o primeiro smartphone premium da Google, e seu preço era consideravelmente superior ao que vimos nos modelos anteriores. Em função disso, o Nexus 5 continuou sendo o preferido dos fãs do Android.

De qualquer forma, ele representou um grande marco para o Android. A versão Lollipop 5.0 do SO trouxe o estilo Material Design para a interface e inspirou uma mudança global e multiplataforma.

O design da Google passou a ser usado na web, em apps em diversas plataformas e forçou posteriormente a Apple a também renovar a interface do iOS, que havia ficado datada com o advento do Material Design.

Nexus 5X e Nexus 6P

Lançados em outubro de 2015, esses dois dispositivos foram os últimos Nexus da Google. A empresa tentou nesse ano agradar aos fãs que não queriam se desfazer do Nexus 5, mas também não tinha a intenção de abandonar o segmento premium no qual havia acabado de entrar com o Nexus 6.

Ambos os smartphones de 2015 foram relativamente bem-sucedidos, até que os incontáveis defeitos de hardware começaram a aparecer nos aparelhos dos consumidores.

google nexus 5x(Fonte: BGR)

Havia defeitos na tela, nos alto-falantes e, claro, o temido boot-loop da morte. Quando esse último problema em específico acontecia, os smartphones ficavam essencialmente inutilizados. A Google nunca resolveu oficialmente esse defeito, o que minou a confiança dos usuários na família Nexus.

Pixel e Pixel XL

Tentando deixar para trás os incontáveis problemas das últimas gerações da linha Nexus, a Google resolveu mudar sua marca no mercado de smartphones. Em vez de simplesmente fazer parcerias com fabricantes que já trabalhavam com o Android, a Google resolveu ela mesma desenvolver dispositivos e controlar tanto hardware como software.

Foi nessa geração que a Google começou a se tornar referência em fotografia mobile

Os Pixel daquele ano foram excelentes smartphones, trouxeram design inovador para a época, mas não representaram uma mudança completa para a Google. Os problemas de hardware continuaram, especialmente com a tela desses dispositivos. Felizmente, nada grave com o boot-loop da morte aconteceu nessa geração.

Foi nessa geração, entretanto, que a Google começou a se tornar referência em fotografia mobile. De surpresa, a empresa deixou Samsung e Apple para traz em todo tipo de comparativo. Foram vendidas quase 4 milhões de unidades em um ano, colocando a Google de volta na tabela das marcas mais vendidas do mundo.

Pixel 2 e 2 XL

pxiel 2xl(Fonte: Divulgação Google)

Em novembro de 2017, a Google voltou ao palco com a missão de lançar um smartphone capaz de superar a primeira geração dos Pixels. Em grande parte, a empresa conseguiu, mas também cometeu alguns erros.

A câmera, por exemplo, ficou novamente famosa por deixar os concorrentes muito para trás, mesmo tendo apenas um sensor na traseira e outro na face frontal. A Google provou que software prevalece sobre hardware nesse quesito e, até hoje, esses smartphones são referência em fotografia mobile.

A empresa também refinou o design de seus dispositivos, porém manteve sua assinatura com uma traseira com dois materiais/tons. Infelizmente, esses aparelhos também sofreram com problemas de tela, especialmente o Pixel 2 XL.

Pixel 3 e 3 XL

Depois de meses de rumores e vazamentos intensivos, a Google finalmente lançou a terceira geração dos Pixel. Eles sãos smartphones mais caros já feitos pela empresa e trazem uma série de melhorias na comparação com a geração anterior que você pode conferir aqui.

Esses aparelhos trouxeram de volta o carregamento sem fio para os smartphones da Google, recurso abandonado muitos anos antes. A novidade, entretanto, é a câmera frontal dupla e, naturalmente, o Android 9 Pie.

O novo SO, o Android Pie 9.0, é a maior atualização do Robô em anos recentes, trazendo uma quantidade de recursos úteis, tais como as funções de bem-estar digital, Call Screen, nova interface e por aí vai.

Como ainda não tivemos a chance de testar esses aparelhos, tampouco acompanhá-los em seu envelhecimento, ainda não é possível dizer se a Google finalmente, depois de 10 anos, aprendeu a fabricar smartphones em falhas bobas no hardware.

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