O iPhone X surpreendeu muita gente não apenas por ser o primeiro smartphone da Apple a abandonar o botão Home físico e adotar um entalhe no topo da tela, mas também por ser o primeiro modelo de sucesso a cobrar US$ 1 mil de seus compradores. E, ao que tudo indica, essa tendência não deve esfriar tão cedo.
“Os consumidores estão preparados para pagar por um dispositivo móvel premium porque ele é, sem dúvida, o produto mais importante em suas vidas”, comenta o analista chefe da CCS Insight Ben Wood em entrevista ao site CNET.
Essa avaliação traduz basicamente o desempenho do iPhone X nas vendas. Apesar de muita gente não acreditar que ele fosse capaz de superar sequer os iPhones 8 e 8 Plus por causa do preço, o presidente da Apple Tim Cook revelou recentemente que ele se tornou o iPhone mais vendido a cada semana desde o seu lançamento.
iPhone X reforçou uma tendência de aumento de preços cobrados por smartphones de ponta.
E a Apple não é a única a aumentar o preço de seus dispositivos de ponta a cada ano. A fala de Wood pode muito bem referenciar também o movimento de empresas como Samsung (que elevou o preço da linha Galaxy S em 15,1% em dois anos), Huawei (aumento de 33% no mesmo período) e OnePlus (aumento de 42,6% no Reino Unido e de 32,6% nos EUA desde 2016).
Para o analista da IDC Anthony Scarsella, o preço médio de venda de um smartphone em 2018 deve crescer ainda mais neste ano. “Mesmo com a fabricação geral de smartphones diminuindo levemente em 2018, o preço de venda médio chegará a US$ 345, 10,3% a mais do que os US$ 313 de 2017”, revelou o especialista em documento divulgado recentemente.
Vale mencionar que aparelhos de ponta costumam trazer recursos de ponta, como câmeras e sensores avançados, mais espaço para armazenamento e por aí vai, o que justifica em parte o aumento dos preços. Diante desse cenário, porém, a consolidação da categoria “intermediário premium” acaba por ser uma saída para quem busca aparelhos de qualidade, mas não quer gastar todas as economias com isso.
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