Campos magnéticos podem ajudar na criação de HDs 20 vezes menores

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(Fonte da imagem: iStock)

Por melhor que sejam as tecnologias de armazenamento de informação em discos rígidos, ainda temos enormes limitações com relação ao tamanho dos dispositivos. O fato é que não podemos aproximar demais as partículas que guardam nossos dados – do contrário, seu campo magnético pode danificar o conteúdo que as outras armazenam.

Isso não seria um problema, é claro, se utilizássemos vórtices magnéticos, conhecidos como skyrmions, na construção de nossos HDs. Com eles, seria possível criar grupos de átomos organizados de uma forma que os tornaria extremamente resistentes a outras perturbações magnéticas. Em resumo, haveria como manter os dados muito mais próximos sem que eles fossem afetados por outra partícula próxima.

O único problema em toda essa teoria é que, para poder usá-la, precisamos antes conseguir criar e desfazer os campos dos skyrmions livremente. E, levando em consideração que a existência desses vórtices já é conhecida desde 1960, você deve imaginar que não tivemos muito sucesso nessa tarefa. Felizmente, isso pode mudar em um futuro não tão distante.

Controlando skyrmions

Segundo a Nature, um grupo de físicos da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, descobriu uma maneira de criar e apagar os skyrmions em um filme magnético de paládio e ferro em um cristal de irídio. O resultado disso é impressionante: em teoria, um disco rígido que usa esses vórtices seria capaz de guardar 20 vezes mais dados em sua superfície do que com a tecnologia que temos atualmente.

Antes que você comece a imaginar como seria a vida com um HD de 20 TB, é preciso deixar claro que essa tecnologia não deve sair dos laboratórios tão cedo. De acordo com Kristen von Bergmann, um dos integrantes do grupo que descobriu como controlar os skyrmions, o sistema criado por eles ainda é pouco confiável, funcionando em apenas 60% dos casos.

Para complicar um pouco mais, o mecanismo só foi capaz de controlar os skyrmions a uma temperatura de -269 °C. Ou seja: o aparelho tem que ficar a temperaturas impraticáveis para um dispositivo eletrônico funcionar. Isso sem falar no sistema de resfriamento que algo assim pediria...

Fontes

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