Michael Dell é o dono da maior startup do mundo

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(Fonte da imagem: Tecmundo)

A Dell World 2013 deste ano é especial. Isso porque esse é o primeiro evento da companhia desde que ela voltou a ser uma empresa privada. O fundador e atual CEO, Michael Dell, foi quem subiu ao palco durante o keynote de abertura para contar as novidades.

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O executivo iniciou a apresentação contando as vantagens de a Dell não ser mais uma empresa de capital aberto: "Nós temos a força financeira, a estrutura de capital e a escala para liderar a indústria".

Sem conter a empolgação, Michael Dell explicou como agora todos têm mais ânimo para trabalhar, pois é possível arriscar mais e fazer mais planos a longo prazo — algo que definitivamente não podia ser feito antes devido à estrutura organizacional, que acabava "amarrando" a companhia e a impedia de dar saltos mais ousados.

"A privatização criou um senso de excitação sobre a Dell. Eu sinto como se eu fizesse parte da maior startup do mundo", declarou o executivo. Para voltar a ser dono da empresa, Michael Dell juntou-se à firma de investimentos Silver Lake e juntos eles desembolsaram quase 25 bilhões de dólares.

Planos para o futuro

Os planos da Dell daqui pra frente são ousados. Ela não vai mais ser apenas uma empresa de hardware. A partir de agora, ela pretende oferecer soluções completas para seus clientes, incluindo hardware, software e serviços. Para que isso funcione, ela está se focando em quatro pilares principais: transformar, conectar, informar e proteger.

O executivo não escondeu a empolgação ao se lembrar de quando começou a empresa, quase 30 anos atrás, movido pela vontade de criar computadores mais baratos. Segundo ele, a Dell é perfeitamente capaz de fazer com os serviços o mesmo que ele fez pelo hardware, principalmente porque "ninguém vem inovando tanto quanto a Dell", completou o CEO.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Esses projetos são ambiciosos e envolvem toda uma nova gama de soluções. Para concluir a tarefa de reestruturação, a Dell vem fazendo aquisições já há algum tempo, e cada uma dessas empresas chega para integrar uma parte fundamental desse quebra-cabeças que é a nova Dell.

Parte desse desejo de mundança no foco da empresa é resultado da queda nas vendas de PCs nos últimos anos. Por mais que a empresa continue muito bem-sucedida na área, o mercado de computadores pessoais não é mais tão atraente como era há alguns anos.

Parte dessa nova estratégia também envolve o aumento dos canais de vendas e distribuição, assim como o investimento em mercados emergentes, como a América Latina e o Brasil.

Fundo de investimentos e inovação

E as aquisições de novas empresas ainda estão longe de chegar ao fim. Durante o evento, Michael Dell declarou que a companhia deve dedicar US$ 300 milhões (R$ 700 milhões) em um fundo de invesimentos que focará apenas em negócios que encontram-se em estágio inicial de crescimento — tudo isso para mostrar como a inovação é importante para a companhia.

Michael Dell também afirmou que a empresa quer fazer pelos softwares e serviços o que ele fez com os computadores: tornar tudo muito mais acessível. Para isso, é preciso criar um novo modelo, conectando o mundo, criando soluções mais baratas, simples e, consequentemente, mais acessíveis.

Os quatro pilares: trasformar, conectar, informar e proteger

Quando fala em transformar, Michael diz que é preciso levar os clientes a um modelo de tecnologia mais moderno, principalmente tirando as companhias dos modelos de mainframe e os levando para serviços baseados na nuvem. Para isso, a Dell está investindo pesado em tecnologia de servidores para criar equipamentos capazes de trabalhar muito mais rápido e de maneira mais eficiente. Se uma compra em uma loja online demora para se concretizar, o cliente pode fugir, cita Michael Dell como exemplo.

Conectar significa, basicamente, gerenciar de forma mais eficiente os dispositivos móveis. Isso é importante no mundo atual, uma vez que vivemos completamente conectados nos dias de hoje. Para resolver esses problemas, a Dell oferece soluções como os novos tablets e os computadores Wise, que trabalham inteiramente com virtualização, ou seja, são estações de trabalho simples que apenas servem de entrada para os dados que são processados no data center.

Os servidores foram as estrelas do evento. (Fonte da imagem: Tecmundo)

A informação é essencial para a tomada de decisões e, para tornar isso melhor, a Dell está combinando forças com diversos outros fabricantes para poder fornecer as soluções necessárias para a análise de dados como Big Data e muito mais. Entre os parceiros da Dell nessa empreitada estão empresas como a Oracle, para a qual a Dell está desenvolvendo equipamentos otimizados para os seus aplicativos e sistemas. Além dela, VMWare, SAP e Windows Server também têm máquinas personalizadas para aumentar a eficiência.

Para completar, é preciso proteger tudo isso, e é aí que entra o Dell SecureWorks entra. O sistema faz parte do projeto de segurança de US$ 1 bilhão da Dell, no qual milhares de pessoas trabalham exclusivamente para garantir a segurança dos dados, principalmente em instituições financeiras. Os sistemas de segurança também estão embarcados nos dispositivos móveis e oferecem ambientes de trabalho seguros para que empresas não deixem seus dados em risco.

Para promover todos esses serviços de forma mais coerente com o que o mercado precisa, a companhia mantém contato direto com seus clientes, que fazem sugestões de melhorias para os produtos da companhia. Para Michael Dell, essa característica sempre foi uma das mais importantes da empresa: o foco é o cliente e o que pode ser feito por ele.

O Tecmundo viajou para Austin a convite da Dell.

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