Tecnologia em campo: nova camisa espanhola monitora o coração dos atletas

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Ao longo dos anos, os uniformes dos atletas em geral vêm evoluindo constantemente. A tecnologia sempre esteve presente, não só no desenvolvimento do esporte, como também no vestuário de cada modalidade.

No futebol, camisas retro dos clubes e seleções nunca saem de moda. Falando do modelo é claro, pois nem todos conseguem reproduzir o antigo uniforme feito de lã, ou ainda, aqueles calções pequenos e apertados da década de 70.

Em termos de tecnologia a evolução é notada a cada ano, sempre visando ajudar os jogadores para que tenham um desempenho cada vez melhor. São novos tecidos, ora mais leves, ora com uma melhor absorção. Porém o foco nunca foi estritamente na saúde dos jogadores.

Monitoramento cardíaco

Com os recentes casos de morte súbita nos gramados - incluindo a do ex-jogador da seleção espanhola, Puerta, que faleceu no próprio gramado durante uma partida da temporada 2007/2008 –, intensificaram-se os investimentos na saúde dos atletas.

Com o fim do últimoMonitoramento do coração campeonato espanhol, algumas equipes começaram a testar um novo tipo de tecnologia. Trata-se de uma camisa que traz revolucionários microchips embutidos que fazem um monitoramento cardíaco e respiratório, além de medir a capacidade de esforço do atleta.

Assim que “identificados” pela roupa, estes dados são enviados para serem processados em um computador habilitado – ou até mesmo serem transmitidos para um celular à beira do gramado.

A partir de quando?

O assunto é sério e vem sendo tratado com otimismo. Isso porque, após as camisas serem testadas pelo hospital Da Luz Monitorando a saúde dos atletas.em Madri, foram realizados testes também por atletas de alguns times de elite da Espanha, como os gigantes Real Madri e Barcelona.

Apesar do otimismo e dos bons resultados, a nova tecnologia ainda não deve entrar em campo. Segundo disse a federação Espanhola de futebol, em entrevista para a BBC Brasil, toda e qualquer regra do futebol é estabelecida por órgãos internacionais, e estes não permitem o uso de peças inteligentes sem uma prévia autorização.

Mas também não está descartado o seu uso em futuro breve, afinal de contas não é um artifício para melhorar o desempenho de determinado jogador, mas sim prevenir que desastres venham a se repetir. E não só no futebol como em vários outros esportes.

Tecnologia em campo na Copa

Falando em uniformes – desta vez sem monitoramento da saúde –, a Copa do Mundo de 2010 traz uma série de novidades que, além de demonstrarem evolução tecnológica, acirram a concorrência entre as marcas esportivas.

As seleções patrocinadas pela Nike deverão jogar com uma camisa que conta com furos laterais feitos por laser, com a função de refrescar o corpo do atleta e ajudar na transpiração. A ideia é que isso, consequentemente, melhore o seu rendimento em campo.

Já a principal concorrente, Adidas, traz uniformes fabricados com um novo tecido, chamado pela marca de Techfit. Feito com uma combinação que traz plásticos maleáveis e poliuretano, a promessa é que o atleta tenha o uniforme mais maleável e agarrado ao corpo, diminuindo assim a sua fadiga e, de quebra, dificultando o trabalho dos adversários que queiram agarrar o seu uniforme.

Outros esportes

Não só no uniforme dos boleiros a tecnologia está presente. Recentemente foram proibidos  os “supermaiôs” da natação. Desenvolvidos por uma empresa especializada em conjunto com a NASA, eles tinham um peso insignificante e, principalmente, reduziam drasticamente o atrito do nadador com a água, tornando-o muito mais veloz.

Na Formula 1 os macacões cumprem vários papéis diferenciados. Além de “vestirem”, devem proteger contra o calor – dentro do carro chega-se a temperaturas superiores a 50 graus –, assim como chuvas, batidas, prover proteção contra estilhaços e, de quebra, não podem incendiar de jeito nenhum, pois o macacão é a principal defesa do piloto contra o fogo.

Mantendo o corpo em sua temperatura ideal.

Já nas últimas Olimpíadas de Inverno em Vancouver, no Canadá, alguns uniformes e acessórios trouxeram tecnologias inovadoras. Atletas usaram um colete que trabalhava mantendo a temperatura do corpo a estáveis 36 graus, deixando assim toda a sua energia canalizada para a competição.

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