7 vezes em que o rock e o universo da tecnologia se misturaram

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Imagem: Christian Bertrand/Shutterstock

Em lembrança ao show Live Aid, realizado em 13 de julho de 1985, o Brasil comemora, nesta terça-feira (13), o Dia Mundial do Rock. A data serve como uma homenagem a um dos gêneros musicais mais importantes de todos os tempos. Por causa de sua influência, foram várias as vezes em que os artistas se uniram a iniciativas ousadas.

Por isso, o TecMundo separou uma lista de sete vezes em que o rock e o universo da tecnologia se misturaram. Os roqueiros e as marcas aproveitaram a fama do estilo musical para fazer lançamentos, desenvolver inovações, divulgar propagandas e outras ações.

1. Sony Ericsson com Lenny Kravitz

Em meados de 2008, antes da era dos smartphones, um dos principais destaques dos celulares era a tecnologia MP3, que permitia que os aparelhos reproduzissem músicas. Nesse sentido, uma das linhas que mais fazia sucesso no Brasil era a Sony Ericsson Walkman, que se destacava pela boa sonoridade dos alto-falantes.

Naquele mesmo período, a Sony Ericsson fez uma parceria com uma operadora brasileira e a Warner Music para lançar uma edição especial do modelo W580. O celular tinha músicas do cantor Lenny Kravitz, que podiam ser reproduzidas a partir de um sistema proprietário de Shake Control: bastava chacoalhar o produto para trocar de canção.

2. T-Mobile com Fender e Eric Clapton

Nos mesmos moldes do tópico anterior, a empresa alemã T-Mobile lançou, em 2009, o aparelho myTouch 3G. No ano seguinte, o celular ganhou nada menos do que uma edição especial e limitada da Fender (marca de guitarra) e com o cantor Eric Clapton, considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos.

Além do design do eletrônico e dos fones remeterem ao acabamento sunburst (muito popular nas guitarras e violões), ele vinha com cartão microSD carregado com músicas como Layla, My Father’s Eyes, Rock N’Roll Heart e Wonderful Tonight e os aplicativos Guitar Solo e Musical Light.

3. Kings of Leon lançando álbum em NFT

Um dos tópicos que explodiu em 2021 foi o non-fungible token (NFT), uma espécie de cadeia complexa de códigos baseada em criptografia que garante a exclusividade de uma peça digital. Para entrar no esquema, aproveitando que até memes em NFT estão sendo vendidos por milhões de dólares, a banda de rock Kings of Leon lançou em março seu álbum When You See Yourself em versão de non-fungible token.

Foram 25 itens digitais exclusivos que estavam à venda, incluindo uma versão de luxo do álbum com ingressos para shows. O pioneirismo, já que eles foram os primeiros a fazer algo do tipo, rendeu para os autores do hit Use Somebody cerca de R$ 11 milhões. Em entrevista para a Veja, o baterista Nathan Followill brincou que nunca tinha ouvido falar da tecnologia e nem sabia como funcionava.

4. Apple e U2

A Apple sempre se notabilizou por ações de marketing diferentes do convencional. Em um dos projetos mais polêmicos, a gigante da tecnologia se juntou ao U2 para lançar o álbum Songs of Innocence com exclusividade temporária na iTunes Store. O lançamento foi realizado em 9 de setembro de 2014 e desagradou muita gente.

A ação foi criticada por “obrigar” os usuários a ouvir o disco, já que ele era adicionado ao catálogo de todos que tinham uma conta no iTunes. O álbum era baixado automaticamente e chegou a ser comparado com um spam por sites especializados como a Wired. Todo esse cenário se junta ao fato de que o U2 é uma das bandas de rock que mais sofre hate na atualidade.

5. Gorillaz: a primeira banda virtual da história

O vocalista do Blur, Damon Albarn, já fazia certo sucesso quando decidiu caminhar por uma empreitada bastante diferente em 1998. Ele se juntou ao quadrinista Jamie Hewlett e juntos criaram o Gorillaz, a primeira banda virtual da história.

Formada por 2-D, Noodle, Russel Hobbs e Murdoc Niccals, os membros da banda são animações digitais. No mundo real, a banda de origem britânica já recebeu a contribuição de mais de 15 músicos diferentes e já até se associou com músicos como Snoop Dogg e De La Soul. Os clipes e os 7 álbuns de estúdio contam a louca história dos personagens animados que se tornaram figuras famosas no mundo da música.

6. Shows de rock com holograma

A holografia é uma tecnologia óptica que consegue gerar imagens virtuais 3D em tempo real. Concebida, na teoria, ainda na primeira metade do século passado, ela se popularizou após a invenção do laser e se tornou uma ferramenta da indústria cultural no século XXI.

Os artistas e produtores enxergaram no recurso uma oportunidade de realizar grandes apresentações e shows, como a apresentação do próprio Gorillaz com a cantora Madonna em 2006, durante um Grammy. Empresas do ramo da holografia também preparam, já há algum tempo, concertos de músicos que já faleceram, como Roy Orbison, Buddy Holly e Elvis Presley, considerados precursores do rock.

7. Apple e Jet

Outra ação de marketing bastante lembrada (de maneira mais positiva) da Apple foi um comercial do iPod e iTunes em 2003. Mostrando silhuetas de pessoas dançando, o vídeo tinha a trilha sonora da música Are You Gonna Be My Girl, da banda de rock Jet.

A ação publicitária deu tão certo, popularizando até mesmo a banda australiana que era completamente desconhecida, que a Maçã utilizou a produção para impulsionar o lançamento das músicas na loja virtual iTunes, inaugurada naquele mesmo ano. Coldplay, U2 e Bob Dylan estiveram entre os artistas que ganharam vídeos para promover a loja.

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