Afinal, ainda vale a pena comprar um PS4 e Xbox One?

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Há várias teorias interessantes circulando na internet sobre os novos consoles, com patentes sendo divulgadas - e vazadas - o tempo todo por infiltrados da indústria e até pelas próprias marcas. A chegada iminente do Scarlett, sucessor do Xbox One - ainda sem nome divulgado -, e do já confirmado PS5, ambos para 2020, cravou o término da oitava geração que, como todo mundo sabe, começou já faz um tempo considerável, lá em 2013.

Apesar de muita gente já pensar nos novos consoles, o fato é que Xbox One e PS4 nunca estiveram em um momento tão bom como agora, com grandes lançamentos ao horizonte e serviços que concedem liberdade total ao usuário na hora de escolher seus jogos, como o Xbox Game Pass, EA Access e PS Now. Mas será que ainda vale a pena investir tempo e dinheiro nas plataformas atuais, mesmo sabendo que elas estão com os dias contados? Confira:

Biblioteca robusta

Jogos. Não há forma melhor de incentivar e justificar a aquisição de um console sem falar de jogos. Cá entre nós, o catálogo do Xbox One e PS4 promoveu alguns dos melhores jogos de toda a história dos videogames, como The Witcher 3: Wild Hunt, Red Dead Redemption 2, God of War e Gears 5, apenas pra citar alguns.

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A biblioteca de ambos os consoles, seja em termos de exclusivos ou não, são robustas o bastante para proporcionar milhares de horas de jogatina, independente do gênero escolhido. Além de tudo, o jogador de PS4 e Xbox One pode recorrer a serviços de assinatura de ambas as marcas, como PS Now e Xbox Game Pass, para não ter que gastar dinheiro. 

O Xbox Game Pass, por exemplo, o serviço que dita as regras do mercado, oferece mais de 100 jogos e deve ser robustecido assim que o Scarlett chegar. A Sony, por sua vez, já confirmou que o PS Now vai fazer parte do line-up de recursos iniciais do PlayStation 5.

2020 promete ser arrebatador

Embora a lista de jogos do XOne e PS4 esteja muito bem servida, tão bem servida que sempre falta dinheiro para adquirir tudo que chega ao mercado, saiba que o melhor ainda está por vir. 2020 promete ser o ano para fechar com chave de ouro antes da transição às novas plataformas e deve ser arrebatador no quesito lançamentos.

Para você ter uma ideia, só no primeiro semestre do próximo ano teremos The Last of Us Part II, Final Fantasy VII Remake, Dying Light 2 e, é claro, o aguardadíssimo e ambicioso Cyberpunk 2077, novo projeto da CD Projekt Red. Imagino que a disputa ao prêmio de jogo do ano nunca foi tão consistente como será em 2020.

Isso que não estamos considerando os jogos que saem em 2020, como Halo Infinite, Ghost of Tsushima e Elden Ring - nova IP da From Software sob a supervisão de George R. R. Martin, criador de Game of Thrones -, por exemplo, mas que ainda estão sem data definida. A nossa carteira definitivamente vai chorar. 
Voxel/Reprodução

A tal da retrocompatibilidade

Os vestígios de retrocompatibilidade no PS5 e Scarlett ganham cada vez mais força. Há quem diga que o Scarlett será compatível com todas a gerações de jogos da família Xbox, enquanto cogita-se que o PS5 seja totalmente apto a rodar jogos de PS4 de forma otimizada por meio de emulação, o que também inclui  títulos de PS3, PS2 e PS1. Por mais que essas informações estejam sendo tratadas como especulação, a essa altura, os vazamentos das patentes podem indicar muita coisa.

O movimento natural, no entanto, até pelo sucesso da retrocompatibilidade do Xbox One com gerações anteriores, é que a biblioteca do PS4 e One seja reaproveitada desde o início da próxima safra. E isso por si só já seria argumento suficiente para justificar a aquisição de um console agora, justamente pelo fato de a biblioteca ser reaproveitada quando houver o salto aos novos videogames.

Querendo ou não, seja nos consoles atuais ou nos próximos que estão por vir, os jogadores estarão bem servidos desde o primeiro dia graças à retrocompatibilidade e também aos serviços de streaming. Comprar jogos já não é algo primordial, tendo em vista que é possível pagar mensalmente para ter acesso a centenas de jogos. Isso pode ser uma grande vantagem ao PS5 e Scarlett, já que o usuário só precisa do console e de um serviço para começar a jogar games de mais de uma geração.

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Começo de geração morno

Começo de geração nova é aquela coisa: grande parte dos consumidores que procuram pelos novos consoles são early adopters, ou seja, compram o console no dia de seu lançamento, mesmo sem saber se o produto tem o respaldo técnico necessário para funcionar como esperado.

O usuário que compra um videogame no dia de seu lançamento está ciente de que pode - e eventualmente vai - encontrar algum tipo de problema ou defeito no produto. É algo que faz parte da indústria e é por isso que novas versões de um mesmo dispositivo são concebidas alguns meses depois.

Em geral, a biblioteca dos novos consoles é escassa no primeiro ano. Não há como negar. Basicamente, os títulos iniciais são compostos por jogos multiplataforma, um ou outro exclusivo e, principalmente, por games cross-gen que sairão ao mesmo tempo no PS4 e PS5, Xbox One e Xbox Scarlett.

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Sendo assim, o ideal é continuar no PS4 e Xbox One até que a biblioteca dos videogames da próxima geração esteja estabelecida, assim como as versões dos consoles estejam consolidadas para que não haja problemas técnicos inesperados - quem aí se lembra das luzes vermelhas da morte do Xbox 360 e do compartimento do PS4 que ejeta discos do nada no meio da jogatina? Ou dos joy-cons defeituosos do Nintendo Switch? 

Afinal, vale a pena comprar agora o PS4 e Xbox One?

A resposta é sim. Os catálogos de ambos os consoles são robustos o bastante, oferecem alguns dos melhores jogos da história e o melhor ainda está por vir em 2020. Além disso, é bem provável que os games atuais sejam reaproveitados no PS5 e no próximo Xbox, então não há pressa para migrar à próxima geração, o sistema atual não vai ficar obsoleto tão cedo. Se você parar para pensar, também não há, por enquanto, muitos argumentos que justifiquem a compra do PS5 e Scarlett no dia do lançamento.

Não vai ser surpresa para ninguém quando os novos consoles chegarem às lojas por preços estratosféricos no Brasil – PS4 a R$ 4 mil mandou lembranças, alguém lembra? Muitos usuários sequer vão cogitar a aquisição nos primeiros anos, visto que os novos videogames devem ser mais caros lá fora, algo acima de 500 dólares. Na conversão direta, aliás, baseada na cotação atual, já ficamos próximos de um valor proibitivo, algo em torno de 2,3 mil reais. Isso sem contar os impostos exorbitantes que serão aplicados posteriormente.

Outro ponto relevante a ser considerado é que tanto PS4 como Xbox One tendem a ficar mais baratos à medida que a efetiva troca de geração se aproxima, portanto é uma boa hora para pegar carona na oitava geração - que, convenhamos, ainda tem muita lenha para queimar.

Por outro lado, se você ficar com a impressão de que está perdendo dinheiro por investir em consoles que, de certa forma, estão com os dias contados, o melhor a fazer é investir de uma vez em um PC. Assim você nunca terá a sensação de “estar ultrapassado”. Trata-se de um ecossistema totalmente aberto e personalizável, ideal a quem não quer ficar renovando o estoque de videogames a cada quatro ou cinco anos.

Fontes

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