Empresas de PCs vão precisar se reformular ou sair do mercado até 2020

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Achava que a indústria de PCs já estava ruim atualmente? Então é bom se preparar para o que vem em breve. Segundo uma pesquisa feita pelo instituto de pesquisa Gartner, a situação está para se tornar cada vez mais alarmante para os líderes desse mercado, ao ponto de deixar uma mensagem clara: é melhor reformular seus negócios ou deixar o mercado de PCs até 2020.

Para quem acha que as afirmações são um exagero, basta conferir os números trazidos por eles. As previsões são que, de 2017 para 2019, a base instalada de computadores caia de 1,4 milhões para pouco mais de 1,3 milhões. E tudo leva a crer que a situação não vai mudar fácil assim nos anos seguintes.

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Como você pode ver acima, não é de hoje que o mercado de PCs está em declínio

Brigando em um mercado saturado

De acordo com a Gartner, os números apontam um mercado enfraquecido simplesmente por estar sobrecarregado, fazendo com que até os líderes do ramo sofram para ter uma receita rentável. “A forma tradicional de conquistar market share por meio de preços competitivos para estimular a demanda simplesmente não funcionará para o mercado de computadores nos próximos cinco anos”, disse Tracy Tsai, Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner.

Os atuais fabricantes precisam se ajustar às novas realidades que estão moldando o consumo

Tracy ainda continua, explicando que o custo dos aparelhos e a falta de novidades que não um aumento percentual de desempenho tornam eles ainda menos atrativos.

“Os atuais fabricantes precisam se ajustar às novas realidades que estão moldando o consumo, como o fato de que os usuários estão estendendo a vida útil dos computadores até o fim, os aplicativos de negócios e o armazenamento estão sendo transferidos para a Nuvem e o desempenho dos PCs deixa de ser tão importante. Além disso, preço e especificações não são mais os principais fatores para um usuário fazer o upgrade de seu computador — agora, ter uma experiência nova e melhor é o único verdadeiro diferencial."

Agora, ter uma experiência nova e melhor é o único verdadeiro diferencial

O instituto deixa claro, no entanto, que isso não é o apocalipse para o mercado de PCs em si. Mas que ele vai encolher, certamente vai: “Não significa que o mercado de PCs acabou, mas a base instalada de computadores diminuirá nos próximos cinco anos, com uma erosão contínua de receita e lucro dos fornecedores”, explicou Tsai.

Mudar é preciso

Obviamente, reformular toda a estratégia de funcionamento de uma empresa não é tarefa fácil, mas a Gartner trouxe algumas alternativas para ajudar as companhias do ramo. Temos, por exemplo, desde abordagens mais conservadoras, como focar na venda de computadores atuais em grandes volumes ou fabricar produtos para mercados verticais.

Para aqueles dispostos a mudanças um pouco mais radicais, por sua vez, é possível criar parcerias para testar modelos de negócio em que o computador em si é parte do serviço, e não o produto em si vendido. E para as investidas mais agressivas, uma opção sugerida é explorar soluções de tecnologia e linhas de aparelhos completamente novas, bem como trabalhar junto de startups.

Algumas empresas talvez precisem de um negócio totalmente novo e de uma estratégia de produtos para reverter sua situação

Se tudo isso é uma garantia de sucesso? Nem de longe. Mas ainda é melhor do que se manter na trajetória atual, segundo as previsões da Gartner.

“Algumas empresas talvez precisem de um negócio totalmente novo e de uma estratégia de produtos para reverter sua situação. Os fornecedores precisam identificar suas principais competências, avaliar seus recursos internos e adotar um ou mais modelos de negócios alternativos e de inovação de produtos para permanecer ou sair do mercado de PCs”, disse Tsai.

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Fontes

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