Por R$ 100 mil, ricaços podem ver em casa filmes que ainda estão no cinema

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Se você quiser ver por métodos legais um filme que está atualmente nos cinemas, precisa esperar semanas, meses ou até um ano inteiro para o lançamento em mídia física, exibição na TV ou catálogos de serviços de streaming — tudo para fugir de quem conversa alto nas salas, fica mexendo no celular ou chutando as cadeiras. Outra alternativa? Ser absurdamente rico e fazer parte do clube PRIMA Cinema.

O PRIMA Cinema é um serviço de locadora virtual e reprodução de vídeo que cria a experiência completa do cinema na sua casa, com a diferença de que você "só" pode assistir aos filmes que acabaram de entrar em cartaz. O catálogo inclui vários longa-metragens que acabaram de sair, como "Velozes & Furiosos 7", em Full HD e com esquema otimizado de cores — isso levando em conta que os sócios terão um televisor de última geração e um equipamento de áudio mais do que incríveis para reproduzir isso, claro.

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O PRIMA consiste em um aparelho reprodutor de vídeo altamente moderno com duas entradas HDMI, um cabo de rede Ethernet e entradas USB. Ele recebe os filmes digitalmente e, segundo a empresa, possuem duas vezes a qualidade de um Blu-ray. No equipamento, você pode armazenar até 50 longa-metragens de uma só vez.

Essa ferramenta permite que não só os executivos e parceiros de Hollywood recebam cópias de filmes com exclusividade. O catálogo é restrito: só o que está atualmente em cartaz. No site da PRIMA Cinema, é possível conferir o que está disponível e o que vem por aí.

Porém, não pense que fazer parte desse grupo VIP é algo popular. Nos Estados Unidos, você precisa desembolsar US$ 35 mil (cerca de R$ 105 mil em conversão direta de moeda) pelo equipamento, além de até US$ 500 (R$ 1,6 mil) pelo aluguel de 24 horas. Não existe um esquema de assinatura, mas os novos membros precisam pagar US$ 5 mil adiantados para mostrar que estão dispostos a serem fiéis ao serviço.

Segurança total (e necessária)

Olhando pelo lado do crime, o PRIMA Cinema seria a alternativa mais viável para piratear filmes: um ricaço assina o serviço para si enquanto outros fazem a gravação ou distribuem e vendem cópias. Porém, tudo no equipamento é pensado para que somente quem tem direito é que aproveite a exibição.

Para ligar o equipamento e alugar um filme, é preciso utilizar dois sensores biométricos, um individual e outro acoplado ao reprodutor de vídeo. Além disso, cada cópia digital possui uma marca d'água invisível com o registro do cliente que incrimina eventuais responsáveis por vazamentos.

Além disso, o equipamento possui um acelerômetro que para o filme em caso de movimento do aparelho. Não é possível fazer streaming do conteúdo ou transferir os arquivos para outro eletrônico — o esquema é via download prévio de conteúdo criptografado, sendo que a imagem é liberada só após a autorização do estúdio.

Só assim, com muita segurança e preços caríssimos, é que os estúdios concordam com a existência de um serviço como o PRIMA Cinema. Com ele, a quantidade de pessoas que troca as salas de cinema pelo conforto de casa é menor, já que são poucos os que contam com o capital para manter a ferramenta.

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