Vídeos em 5k, porque 1080p é para os fracos

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Prepare-se: sua TV Full HD com altíssima frequência e qualidade de imagem impressionante está prestes a ser humilhada. Mesmo as telas de cinema com a melhor resolução de imagem possível não são páreo para os vídeos em 5k, a mais nova possibilidade disponibilizada pela indústria do entretenimento.

O termo faz referência a uma resolução ainda mais alta do que a 4K e somente agora as primeiras câmeras capazes de gravar imagens nesse formato estão sendo disponibilizadas no mercado. Os preços ainda são proibitivos, o que faz com que o destino delas, ao menos por enquanto, seja apenas os grandes estúdios de cinema.

Entenda a resolução 5K

EPIC #308 de Vincent Laforet no Vimeo.

A adoção da tecnologia digital em substituição aos filmes é recente na indústria cinematográfica. Até 2006, por exemplo, a preferência dos grandes estúdios era pela utilização de película em 35 mm, em especial pela qualidade de imagem que ela é capaz de proporcionar.

Na época, as câmeras 2K, com resolução de 2048x1080 pixels, eram consideradas o que havia de mais moderno em termos de filmagens e deram início à substituição gradual da película pelo digital. A resolução é levemente superior à da HDTV, que é de 1920x1080 pixels.

Posteriormente, com a chegada das câmeras RED ao mercado, duas novas resoluções mais eficientes deram continuidade à evolução do digital: o 3K, capaz de capturar imagens em 3072x1620, e o 4K, capaz de resoluções de 4096x2160. Até então, este último formato era o que existia de melhor em termos de qualidade de imagem.

O 5K representa a evolução natural das resoluções de imagem. Com ele, é possível capturar imagens que exibem 5120x2700 pixels, um avanço proporcional bastante expressivo em relação à tecnologia anterior. As primeiras câmeras capazes de capturar fotos e vídeos em 5K apenas agora começam a chegar ao mercado.

O que isso muda nos vídeos a que você vai assistir?

(Fonte da imagem: RED)

Em se tratando de vídeos a que você assiste na internet ou mesmo em seu aparelho de TV, nada muda. Embora o processo de captura de imagens possa ser feito em 5K, a reprodução das imagens precisa seguir o limite máximo do computador ou do aparelho de TV em questão, de forma que, em relação à imagem original, sempre haverá perda.

Inicialmente, mesmo nos cinemas equipados com projetores e telas preparadas para o 4K não será possível notar nenhum tipo de diferença. Entretanto, para aqueles que produzem conteúdo, o salto é considerável, proporcionando a captura de imagens mais realistas e ampliando as possibilidades para edição e adição de efeitos especiais.

O cineasta James Cameron, diretor do filme “Avatar”, foi o primeiro a apostar na ideia e adquiriu nada menos que 50 câmeras para serem utilizadas em seus trabalhos futuros. A RED Epic, máquina responsável pela façanha, custa cerca de US$ 43 mil (apenas o corpo da câmera, sem lentes ou acessórios).

Expectativas para o futuro?

(Fonte da imagem: TechCrunch)

Embora a novidade ainda vá demorar bastante para ser percebida pelos espectadores, é interessante saber que a indústria continua incessante em busca de alternativas cada vez mais eficientes para proporcionar ao consumidor final imagens com qualidade cada vez mais apurada.

Para o filme “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, o diretor Peter Jackson também adquiriu algumas câmeras para as filmagens da produção. Além dele, ao menos por hora, apenas James Cameron começou os primeiros testes de filmagem com o aparelho para projetos futuros.

Ou seja, mesmo entre os grandes filmes, apenas aqueles com orçamentos maiores é que devem, por enquanto, proporcionar ao espectador o gostinho de conferir imagens em 5K, ainda que não seja possível percebê-las em toda a sua exuberância.

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