menu
Logo TecMundo
Ciência

Cientistas criam prótese robótica de mão que até segura objetos

Projeto da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, permite movimentos mais precisos e de fácil comando com ajuda de mais sensores.

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

schedule11/12/2025, às 12:00

Cientistas criam prótese robótica de mão que até segura objetos

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova mão biônica que pode revolucionar as próteses de quem perdeu ou precisou amputar membros superiores. O resultado é possível com uma combinação de sensores modernos e inteligência artificial (IA).

O trabalho é desenvolvido no Utah NeuroRobotics Lab pelo pesquisador Marshall Trout, que está no pós-doutorado sob a supervisão do professor Jacob A. George. Estudos preliminares do projeto foram publicados em um artigo na Nature Communications.

smart_display

Nossos vídeos em destaque

A ideia por trás da prótese robótica e manter a aparência e o funcionamento de uma mão humana, combinada a uma precisão no toque e até para transportar objetos que não é comum a esse tipo de equipamento.

Como a mão biônica funciona

Normalmente, uma mão biônica replica movimentos a partir de sensores e transmissores que captam os sinais elétricos dos músculos da região, transformando isso em uma ação.

Apesar de realmente permitir movimentações até de dedos e pulso, esse tipo de prótese tende a ser pouco intuitivo em controle e também nada preciso, em especial para movimentos finos — como segurar um objeto frágil, por exemplo, ou transportar um item de um local para outro.

  • O projeto da Universidade de Utah combina duas tecnologias a uma mão biônica já existente e fabricada pela TASKA Prosthetics;
  • A primeira inovação está na adição de pontas dos dedos customizadas e mais avançadas, que detectam a pressão do movimento e possuem sensores de proximidade. Dessa forma, elas sabem exatamente a hora de parar de pressionar um objeto a ponto de não quebrá-lo e também não derrubar o item;
  • O segundo avanço utiliza a IA a partir de uma rede neural treinada para agir junto aos sensores nas pontas dos dedos, permitindo que todo o sistema trabalhe junto;
  • De acordo com os cientistas, é esse "controle compartilhado" entre o humano e a máquina que amplia a segurança dos movimentos e reduz o esforço cognitivo necessário para cada movimento;
  • No vídeo compartilhado pela equipe, um voluntário dos estudos é mostrado segurando um copo, um ovo e uma folha de papel de duas formas: sem o uso da IA, com o movimento mais irregular, e com a ajuda do sistema, que deixa as ações bem mais refinadas;
utah-university-mao-bionica-ai
Imagem: Divulgação/University of Utah

Os próximos passos da pesquisa envolvem juntar ainda mais as duas tecnologias para que os sensores aumentem as funções táteis da prótese e ela possa responder ainda melhor a controles feitos pela atividade neural do usuário.

Não há previsão para que esse experimento se transforme em um produto comercial no futuro, mas a ideia é tornar esse equipamento disponível em algum momento para melhorar a qualidade de vida de pessoas com membros superiores amputados.

Quer conhecer mais exemplos de como a IA já é realidade na saúde? Confira esse conteúdo no site do TecMundo!