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Ciência

Novo método faz com que nanocristais se organizem sozinhos

Não é bruxaria... É magnetismo!

schedule09/11/2019, às 16:30

Novo método faz com que nanocristais se organizem sozinhosFonte:

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Pense na dificuldade de se trabalhar com objetos extraordinariamente pequenos – tão minúsculos que a cabeça de um alfinete seria grande o suficiente para acomodar 5 bilhões deles. Pois um grupo de cientistas encontrou uma forma de fazer com que cubinhos diminutos se organizem sozinhos – de modo que eles se reúnam para compor formas definidas pelos pesquisadores e sem que haja necessidade de que sejam manipulados. Bruxaria?

(Fonte: Norwegian SciTech News / Reprodução)

A equipe é liderada por Verner Håkonsen, da Universidade Tecnológica da Noruega, e os tais cubinhos consistem em nanocristais produzidos em laboratório. Já com relação a conseguir a proeza de controlar o comportamento desses objetos diminutos e fazer com que eles se juntem e formem estruturas sozinhos, os cientistas utilizam o magnetismo – e o bacana do método é que os cristaizinhos se organizam perfeitamente no formato que os pesquisadores definirem, contanto que sejam submetidos às condições certas.

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Supercristais

Se você se se interessa por nanotecnologia, deve saber que existem outras técnicas para manipular o comportamento de nanocristais e conseguir com que eles se agrupem. No entanto, esta é a primeira vez que o magnetismo é empregado com o objetivo de se investigar e compreender as propriedades mecânicas de determinadas estruturas compostas por esses materiais.

(Fonte: Norwegian SciTech News / Reprodução)

Nesse sentido, durante os experimentos, os cientistas descobriram que, ao submeter os nanocristais a um campo magnético, o aumento das interações magnéticas entre os cubinhos podia fazer com que a energia de coesão entre eles fosse elevada em até 45% - convertendo-os no que os pesquisadores chamaram de “supercristais”. Essa descoberta, por sua vez, aliada às suas novas propriedades magnéticas, pode ampliar absurdamente o leque de possibilidades de uso desses materiais, abrangendo desde a tecnologia da informação até a indústria automobilística.

O estudo ainda permitiu que os cientistas explorassem melhor uma peculiaridade dessa área, que é a de que quanto menores forem as partículas que formam os supercristais, mais instáveis eles podem se tornar – o que significa que tanto o comportamento como as estruturas de algumas nanopartículas podem mudar espontaneamente.

(Fonte: Norwegian SciTech News / Reprodução)

Contudo, o contrário também acontece, ou seja, quanto maiores forem as partículas, mais estável será a estrutura do cristal. Então, considerando que as dimensões das partículas influenciam o comportamento dos materiais, os pesquisadores podem realizar novos experimentos para testar e tentar controlar novas propriedades e comportamentos dos supercristais.