Eita! Cobra robótica japonesa é capaz até mesmo de subir escadas

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O universo da robótica está cada vez mais atingindo novos patamares. Poucos dias depois de a Boston Dynamics mostrar seu robô Atlas fazendo parkour, chegou a hora de nos depararmos com um protótipo com corpo e movimentos semelhantes aos de uma cobra. O modelo foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Kyoto e Universidade de Eletrocomunicações do Japão e apresentado na última Conferência Internacional em Sistema e Inteligência Robótica, em Madri.

 Mesmo que à primeira vista o robô-cobra possa causar certa repulsa, ele foi criado para um bem maior: auxiliar a ação de serviços de emergência e salvar vidas. Com esse formato, é capaz de entrar em ambientes complexos, como locais atingidos por desastres e instalações industriais/comerciais, auxiliando na busca por vítimas soterradas e objetos perigosos ou perdidos. Confira a seguir um vídeo teste, em que a máquina sobre e desce os degraus de uma escada.

 Para se movimentar dessa forma, o réptil foi construído com peças macias, que se encaixam como pentes, formando articulações semelhantes às do sistema esquelético (veja imagem abaixo). Ele também é controlado por meio de um controle remoto de videogame e um computador.

Um réptil robótico entre outros

 Esta não é a única cobra robótica criada na Universidade de Kyoto. No momento, seus pesquisadores estão avaliando e construindo variações de protótipos desse tipo para atuar em diversas situações, como em ambientes aquáticos e superfícies cilíndricas. Instituições de outros países também já apresentaram versões anteriores desse modelo, com objetivos diferentes.

 No ano passado, por exemplo, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) apresentou uma serpente articulada multifuncional, que pode se tornar uma luminária, carregadora de bateria de vários dispositivos ou despertadora com função alerta. Por outro lado, em 2016, na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, pesquisadores construíram um robô-enguia para se locomover em ambientes aquáticos de difícil acesso, que humanos e outros equipamentos não conseguem alcançar.

 

Se pensávamos que no futuro teríamos apenas robôs animais meigos, já estamos bem enganados. Haverá lugar — e muita utilidade— também para os mais pavorosos. É a ciência imitando a natureza.

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