Em testes, robô-cirurgião exibe mais precisão que humanos

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Está chegando o dia em que você poderá ser operado por robôs ao invés de humanos em uma mesa de cirurgia. Pesquisadores apresentaram os mais recentes avanços no desenvolvimento do Smart Tissue Autonomous Robot (STAR, ou Robô Autônomo de Tecido Inteligente) e ele já apresenta um corte mais preciso do que o de cirurgiões humanos.

Resultados foram apresentados em recente conferência internacional de robôs e sistemas inteligentes, no Canadá

“Acredito que as cirurgias (com robôs) vão acontecer primeiro a partir de pequenas funções secundárias e depois partir para casos mais complexos. Assim como nos carros autônomos, em que pequenas características, como assistência de freio, transformaram-se lentamente em mais e mais autonomia. Confiaria absolutamente em um robô assim para minha cirurgia, uma vez que ele esteja totalmente desenvolvido e validado", afirma Axel Krieger, um dos autores do estudo e professor de engenharia mecânica da Universidade de Maryland.

Robô cirurgia

Os resultados foram apresentados no final de setembro, durante a International Conference on Intelligent Robots and System (IROS), em Vancouver, no Canadá. Depois de duas bem-sucedidas suturas em intestinos de porco, em 2016, dessa vez os experimentos foram mais amplos, com três variedades de amostras: pele, gordura e músculo.

Os testes

Antes que fossem comparados aos mais habilidosos cirurgiões humanos, os robôs tiveram que provar extrema precisão nos três tipos de tecidos escolhidos. Para isso, eles precisaram superar também a resistência das próprias amostras, pois elas apresentam superfície irregular e podem reagir de forma abrupta às lâminas — e consequentemente causar cortes imprecisos.

Robôs dependem de marcações feitas pelos seres humanos para poder realizar a tarefas

O STAR consegue rastrear simultaneamente o local da incisão e sua ferramenta, ajustando-as constantemente durante o processo. Para isso, o robô depende de pequenas marcas, que os pesquisadores determinam de antemão e podem ser identificadas pela máquinas posteriormente por meio de câmera infravermelho.

Os cientistas conseguiram bons resultados nos seguintes experimentos: rotação entre 0 e 75 graus, giro completo de 360 graus, liberação rápida da interface, compatibilidade com eletrodos de agulhas, lâminas, bolas e ganchos; e cortes em formatos de ondas. Confira no vídeo abaixo toda a demonstração:

É lógico que os seres humanos ainda continuam sendo mestres quando se fala em improviso, criatividade e empatia, fatores possivelmente determinantes em uma cirurgia de alto risco — que exige não somente precisão. Mas os autômatos já poderão realizar pequenas tarefas no setor em breve. E você, confiaria uma operação a um STAR? Comente abaixo e compartilhe!

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