Review: Eye-Fi Geo X2

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Na hora da transmissão de imagens de uma câmera fotográfica para seu computador, o método mais conhecido e normalmente utilizado é a passagem de dados através do cabo USB, quase sempre específico para cada câmera. O problema é que você nem sempre dispõe desse acessório, sendo obrigado a manter suas imagens presas por um tempo no cartão de memória do aparelho. Com o Eye-Fi, entretanto, nada está perdido.

Buscando uma revolução na transmissão de fotos para o computador, este cartão de memória especial foi apresentado na CES 2011 e é capaz de estabelecer uma conexão via Wi-Fi entre a câmera e um dispositivo de armazenamento, seja ele um computador ou um aparelho portátil com esse tipo de conexão, como smartphones e tablets. Com a ajuda de um leitor de cartões com entrada USB e um software de comando, torna-se possível a passagem de dados sem a necessidade de fios.

O cartão Eye-Fi e o leitor USB que acompanha o produto.

Mas será que vale a pena utilizar esse recurso? A transmissão via Wi-Fi já é uma alternativa concorrente da realizada por cabo?  É o que discutimos na análise do Eye Fi Geo X2, um dos vários modelos disponíveis desses cartões.

Especificações

  • Modelo: Geo X2
  • Medidas: 32 mm × 24 mm × 2.1 mm
  • Peso: aproximadamente 2 g
  • Capacidade: 4 GB
  • Conectividade: Wi-Fi 80211n
  • Alcance de rede: 25 metros (ao ar livre ou sem obstáculos) ou 12,5 metros (em locais separados por paredes ou outras barreiras)
  • Preço: US$ 69,99 (com preço variado a cada modelo)

Requerimentos

  • Windows XP/Vista/7 ou Mac OS X 10.5 ou 10.6
  • Uma câmera com entrada para cartões SDHC e compatível com o Eye-Fi (confira se a sua máquina é compatível aqui)
  • Conexão Wi-Fi em banda larga
  • USB Card Reader (acompanha o produto)
  • Portátil compatível e com iOS ou Android (apenas para o Direct Mode)

O software

O software Eye-Fi Helper 3.3, que deve permanecer ligado durante a transmissão, é instalado na primeira vez em que você conecta em seu computador o USB Card Reader que acompanha o produto. Sua configuração é um pouco lenta e ocorre em vários passos, como a autorização do firewall e a atualização do firmware do cartão, mas todos são necessários para que a transmissão ocorra sem apresentar problemas.

É após sua instalação que ele demonstra pontos positivos, como o cadastro de até 32 redes Wi-Fi diferentes e a possibilidade de compartilhamento imediato de suas fotos com 25 sites, como o Facebook e o Flickr.

A transmissão ocorre a partir do software Eye-Fi Helper.

Além disso, percebe-se que a segurança é garantida, pois você autoriza as redes que podem receber seus dados, além do próprio software possuir uma conta para cada usuário. Desse modo, suas fotos não correm o risco de parar em outros computadores que estejam próximos.

O Eye-Fi Center precisa estar instalado e sempre aberto no desktop ou portátil para que as fotos possam ser recebidas. Por conta disso, o próprio aplicativo pode apresentar certa lentidão, causando leves travamentos no computador, mas sem comprometer a transmissão.

Velocidade de transmissão

A passagem de dados do cartão para o PC é um pouco lenta, principalmente no caso de vídeos ou fotos de alta resolução. Parte disso ocorre porque o processo é feito pelo Eye-Fi Center, que às vezes apresenta lentidão ao ser aberto.

O Eye-Fi conecta-se ao aparelho como qualquer cartão de memória.

Além disso, essa transmissão é feita individualmente, um arquivo por vez, na ordem em que foram tiradas. Ou seja, você deve tirar as fotos, compartilhar e já eliminá-las de seu cartão de memória para dar a vez aos outros retratos. É necessário cuidar também para que a câmera não entre em modo de espera ou seja desligada acidentalmente. Caso contrário, todo o processo é perdido.

Os testes feitos a seguir pelo Tecmundo levaram em conta o tempo de buffer (necessário para carregar toda a extensão do arquivo) e a duração de transmissão, ambos mostrados através de barras de carregamento distintas.

Pelos resultados apresentados, é possível notar que o cabo USB ainda é um método mais rápido, se comparado à transmissão por Wi-Fi. Se você recorrer a ele, entretanto, a melhor forma é utilizá-lo para repassar um número maior de fotos, evitando passar apenas uma imagem, especialmente se você está longe do gabinete.

Além disso, é notável a diferença entre a fraqueza do sinal quando o Eye-Fi é afastado do aparelho que receberá os arquivos.

Recursos adicionais

No Eye-Fi Helper, é possível inserir o local exato em que a foto foi tirada.

Um recurso bastante eficiente do cartão é o “Endless Memory”, que faz com que sua memória do cartão nunca se esgote, ao deletar arquivos já transmitidos para o computador. Outro atrativo presente é o “Geotagging”, que coloca uma identificação geográfica em sua foto do lugar exato onde ela foi tirada.

Vale a pena?

É inegável que o Eye-Fi é uma revolução na maneira de transmitir dados de máquinas fotográficas para o computador. Essa é uma tecnologia que tem bastante futuro e pode dominar o mercado, mas ainda precisa ser bastante incrementada, especialmente na velocidade e na configuração da transmissão.

A passagem de dados ainda é bem lenta, especialmente se o cartão encontra-se a alguns metros do aparelho receptor. Além disso, o preço de todos os modelos é consideravelmente maior do que o valor cobrado por cartões de memória convencionais, fazendo com que ele não valha tanto a pena se você realmente não utilizar o Wi-Fi.

Ainda assim, o Eye-Fi sai na frente por seu pioneirismo na área. A partir dele, por exemplo, câmeras que não possuiam funções adicionais tornam-se transmissoras de arquivos e a necessidade de um cabo USB ou leitor de cartões é eliminada. A conectividade direta com redes sociais e outros sites é imediata e ocorre sem problemas.

Portanto, se você procura um cartão de memória eficiente em sua função básica e que ainda conta com o adicional de rede, o Eye-Fi é altamente recomendado. Mas se suas necessidades nessa área não forem tão urgentes, continue com o bom e velho USB e aguarde futuros modelos, que devem aperfeiçoar pontos ainda frágeis nessas primeiras unidades, como a velocidade de transmissão e o pesado software.

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