Reciclagem de pneus velhos pode melhorar a vida útil de baterias de lítio

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Baterias têm sido o grande Calcanhar de Aquiles de equipamentos eletrônicos nos últimos anos. Elas simplesmente não conseguem evoluir na mesma velocidade que outros componentes e forçam usuários a recarregarem seus gadgets com frequência. Apesar disso, há dezenas de estudos pelo mundo que podem resolver esses problemas e um deles pretende usar pneus reciclados para isso.

Essa pesquisa em específico está sendo realizada no Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos EUA, por Parans Paranthaman e Amit Naskar. Esses pesquisadores estão tentando encontrar uma maneira viável de substituir os ânodos de carbono das nossas atuais baterias de íons de lítio por peças feitas de “negro de fumo”. Esse material é na verdade o que poderíamos chamar de “carbono sintético”. Ele é um produto derivado da reciclagem de pneus, o que garante matéria-prima abundante, barata e favorável ao meio ambiente.

O ânodo é o eletrodo negativo da bateria. Ele atrai os elétrons que circulam pelo dispositivo e, por isso, tem um papel importante em sua composição. Os pesquisadores estimam que somente o ânodo representa algo em torno de 11% a 15% do preço de uma bateria. Se ele pudesse ser mais barato e eficiente, esses aparelhos teriam um ganho de qualidade incrível.

Usando a mesma tecnologia de baterias de lítio que temos hoje e apenas substituindo o ânodo de carbono por um de negro de fumo, a bateria ficaria muito mais eficiente e excederia facilmente o máximo de ciclos permitido pelo carbono. Isso representa uma melhora significativa, apesar de não haver ainda estimativas mais concretas quanto à quantidade de ciclos que teríamos a mais com uma bateria como essas. A retenção de carga também melhoraria com esse novo ânodo, o que daria mais tempo de standby para qualquer eletrônico ou ainda carros elétricos.

O laboratório já estuda parcerias com empresas especializadas para a construção dos primeiros protótipos comerciais dessas baterias e, em pouco tempo, podemos ver essa novidade no mercado.

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