Análise: Razer Naga 2012

5 min de leitura
Imagem de: Análise: Razer Naga 2012

Conhecida pela linha de acessórios voltados exclusivamente ao mundo dos games, a Razer possui um catálogo marcado por produtos com características inusitadas (e preços elevados, no caso do mercado nacional). Entre os dispositivos ofertados pela companhia estão mouses, teclados, fones de ouvido, notebooks e até mesmo organizadores de cabos para PCs.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Em 2012, a companhia decidiu que era hora de reformular um de seus mouses mais populares: o Razer Naga. Devidamente batizada com o ano de seu lançamento, a nova versão traz diversas mudanças de design focadas em agradar a quem procura a melhor experiência possível ao jogar um MMORPG.

O Tecmundo teve acesso à versão atual do dispositivo e, neste artigo, traz a você uma análise completa do novo produto. Aproveitamos também para fazer uma comparação com a versão original do Naga, lançada em 2009, que ainda pode ser encontrada facilmente em lojas brasileiras.

Aprovado

Botões, muitos botões

Quem gosta de usar atalhos para tornar mais confortável a jogabilidade de games no estilo MMO não vai ter do que reclamar no Naga 2012. Ao todo, o dispositivo apresenta nada menos que 17 botões que podem ser configurados para trabalhar de forma única conforme o aplicativo ou jogo que está sendo executado.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

O destaque nesse sentido é a grade de 12 botões localizada na lateral esquerda do dispositivo, feita especialmente para títulos como World of Warcraft. Através dela, você pode usar somente o dedão de sua mão direita para acionar diversas habilidades e itens dentro de um mundo virtual, processo que se dá de forma muito mais rápida do que aquele feito em um teclado.

Embora como padrão essas opções de interação estejam atreladas às teclas numerais, é possível modificar seu comportamento livremente através do software Razer Synapse. Além disso, qualquer opção disponível pode ser usada para acionar macros configurados previamente.

Mudanças de design

Mesmo que em sua essência o Razer Naga permaneça o mesmo produto desde 2009, é possível notar mudanças de design que tornam a versão 2012 ainda mais atrativa. Exemplo disso é o reposicionamento de dois botões que costumavam figurar na parte esquerda do aparelho, que agora aparecem em sua parte central.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Outra mudança bem-vinda é a presença de laterais intercambiáveis com características diferentes. Através delas, você pode mudar de maneira substancial a forma como segura o produto, que permite usar sua mão de maneira mais relaxada ou no formato de uma “garra” que proporciona maior precisão de movimentos.

Vale notar que as mudanças visuais da versão 2012 não são exatamente chocantes para quem acompanha o histórico da fabricante. Caso você possua a versão Epic do Naga, lançada em 2010, não vai sentir qualquer diferença no que diz respeito ao design e outras características físicas do dispositivo — a não ser, claro, a presença de um cabo de conexão USB.

Razer Synapse 2.0

O que realmente faz a diferença entre os produtos Razer e aqueles fabricados por empresas como a Cooler Master e a Thermaltake é o software Synapse 2.0. Apresentando uma interface simples, o programa é o responsável por permitir que você configure uma quantidade infinita de perfis que podem ser alternados de maneira rápida.

Um dos destaques do aplicativo é o fato de que cada identidade criada pode ser atrelada a um arquivo executável presente em seu computador. Assim, o mouse se adapta perfeitamente à maneira como você joga um RPG, mudando automaticamente suas características quando um game de estratégia é acessado — isso somente para citar um exemplo das possibilidades que ele oferece.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Além disso, também é possível alterar detalhes como a sensibilidade máxima dos movimentos realizados e a velocidade de resposta aos comandos do jogador. O painel de configuração de Macros também é algo que chama a atenção, devido à sua capacidade de gravar em tempo real os movimentos realizados pelo usuário.

O grau de personalização oferecido é tanto que é até mesmo possível ligar ou desligar as luzes exibidas na parte lateral do aparelho e em seu logotipo. Para completar, a integração com a nuvem garante a possibilidade de acessar seus perfis em qualquer lugar, bastando para isso que você possua uma conta registrada no site da Razer.

Reprovado

Adaptação demorada

Infelizmente, a presença de uma grande quantidade de botões laterais faz com que seja preciso treinar bastante antes de dominar a maneira mais confortável de usar o Naga. Isso se mostra especialmente problemático no que diz respeito à grade lateral do dispositivo, cuja disposição faz confundir comandos diferentes.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Para tornar esse processo mais fácil, a Razer disponibiliza saliências plásticas que podem ser coladas em botões específicos de maneira a diferenciá-los dos demais — recurso batizado como “treinadores” pela fabricante. Mesmo que isso realmente funcione até certo ponto, muitas vezes você vai preferir continuar dependendo do teclado a continuar insistindo em tentativas falhas de acionar determinada ação através do mouse.

Assim, para realmente aproveitar o potencial oferecido pelo Naga, será preciso que você sofra durante algum tempo até conseguir adaptá-lo à sua maneira de usar o computador. Ou se contentar em usar somente uma parte limitada de seus recursos, deixando de lado botões com os quais não consegue se acostumar.

Preço nada acessível

Quando se leva em consideração que a maioria dos mouses disponíveis no mercado custam entre R$ 10 e R$ 40, é difícil convencer alguém que é uma boa ideia investir no Naga 2012. Podendo ser encontrado pelo preço médio de R$ 400 no mercado oficial (ou R$ 300, através de importadores), o produto simplesmente não se mostra uma opção atrativa para um público amplo.

Embora o valor pago se traduza em softwares de qualidade e em um produto com ótima durabilidade, ainda assim fica a impressão de que grande parte do valor cobrado se justifica somente pela inclusão da marca Razer. Assim, a não ser que você realmente procure um diferencial para seus jogos (e tenha as economias em dia), é difícil dizer que o mouse é algo obrigatório para desfrutar games atuais.

Vale a pena?

Assim como acontece na compra de qualquer dispositivo Razer, para decidir se vale a pena fazer o investimento é preciso responder algumas questões. Antes de optar por levar o Naga 2012 para casa, você deve se questionar sobre a necessidade de ter vários botões à disposição de sua mão direita.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Feito isso, é preciso calcular se o investimento não vai influenciar negativamente em suas contas do mês. Caso você responda sim para a primeira questão e não para a segunda, dificilmente você vai se arrepender de comprar o mouse, mesmo durante o duro processo de adaptação exigido para utilizar todo o seu potencial.

No entanto, para aqueles que já possuem uma versão anterior do Naga não há atrativos suficientes para justificar uma atualização. Embora mudanças de design propiciem uma experiência de uso melhor, recursos-chave como o Synapse 2.0 também estão disponíveis para o produto lançado em 2009, oferecendo os mesmos recursos da versão atual do acessório.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.