Análise: iPod Nano 7a geração

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(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

A sétima geração do iPod Nano foi lançada no final de 2012(sem) com muitas diferenças de design em relação ao aparelho anterior. Sua primeira versão é de 2005, e ele conquistou milhares de consumidores ao redor do mundo por ser um reprodutor de música bonito, eficiente e prático, já que apresenta um tamanho ideal para carregar por aí.

Agora o iPod Nano ganhou o visual de um “mini iPod Touch”, com botão central e tela sensível ao toque, que pulou de uma resolução de 240x240 pixels para 240x432. Antes disponível em 8 GB e 16 GB, agora pode ser encontrado apenas no modelo 16 GB, com sete opções de cores — sendo a vermelha disponível apenas na Apple Store, com uma porcentagem de suas vendas destinada ao Fundo Global de Luta contra a AIDS.

O Tecmundo analisou as novidades do gadget e traz os aspectos positivos e negativos desse item tão desejado da Maçã. Confira!

APROVADO

Novo design: tela maior, mais fino e mais leve

A grande mudança na nova geração do Nano é, sem dúvidas, seu design. Ele mesclou influências das versões mais antigas com a tela sensível ao toque da sexta geração, com um resultado satisfatório. Existem aspectos negativos, mas inicialmente vamos abordar o que há de melhor no nodo iPod Nano.

Sua tela é uma das características mais interessantes do lançamento. Escolher seu artista favorito e acessar listas de reprodução ficou muito mais funcional e prático, já que você pode ter uma visão mais geral do conteúdo armazenado no gadget.

Além disso, agora sim ter fotos e vídeos armazenados no iPod Nano se justifica, pois a tela widescreen é compatível, permitindo que você assista a filmes e reproduza imagens com visual mais confortável — diferentemente da resolução quadrada da geração anterior.

(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

Outro detalhe que merece elogios é o fato de que o aparelho ficou mais fino e leve, mesmo sendo maior. A remoção da presilha traseira e o novo conector — consideravelmente menor — são os grandes responsáveis por isso.

A disponibilidade de cores também é muito interessante, com sete opções — sendo a preta a única mais uniforme, sem a frente branca. Mesmo com alguns detalhes não tão bonitos, a cartela de cores é, sem dúvidas, muito atrativa.

Novo conector: 80% menor

Como já citamos no quesito acima, o novo conector da Apple, o Lightening, é um dos grandes responsáveis por uma nova geração de gadgets mais finos (iPod Nano, Touch e iPhone 5). Além de diminuir o tamanho dos aparelhos, o conector também merece elogios por ser mais prático e ter maior durabilidade.

Diferença de tamanho entre os conectores da sexta e sétima gerações. (Fonte da imagem: Tecmundo)

Agora você não precisa se preocupar com a orientação da entrada do cabo, pois ele se conecta da mesma forma em ambos os lados. Outro detalhe essencial para donos de iPod é que o Lightening é mais resistente, menos propenso ao rompimento do cabo de energia — algo que infelizmente não é pouco comum com o Thunderbolt depois de algum tempo de uso.

O melhor fone de ouvido

A qualidade de som dos iPods sempre foi uma das grandes qualidades da série de aparelhos desenvolvida por Steve Jobs. Por esse motivo, um fone de ouvido compatível é indispensável, e a Apple se superou dessa vez.

O novo fone é muito anatômico, se adaptando perfeitamente ao seu ouvido, sem ficar caindo ou ser desconfortável. Seu formato também é ideal para bloquear melhor o som externo, permitindo que você possa ouvir músicas com um volume mais baixo do que estava acostumado no fone antigo — e seus tímpanos agradecem.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Bluetooth

A conexão Bluetooth é certamente outro grande destaque da sétima geração de iPods Nano. Agora você não precisa correr atrás de cabos P2 ou docks compatíveis com a nova entrada de energia do aparelho, pois é possível fazer isso sem fio. Apesar de não oferecer a transferência de arquivos (ainda um sonho), você já pode ouvir suas músicas no som do carro ou em alto-falantes compatíveis com a conexão Bluetooth.

Bateria de longa vida

Esta é uma característica que persiste no gadget que revolucionou a forma como as pessoas escutam música no mundo. O iPod sempre se destacou por oferecer bateria duradoura, sendo um excelente companheiro para viagens.  É claro que a utilização do rádio e a reprodução de vídeos podem aceleram o consumo de energia do aparelho, mas, mesmo assim, o iPod Nano tem um desempenho invejável.

REPROVADO

Design: presilha e combinação de cores

Citamos aspectos positivos do novo design do iPod Nano, mas também existem detalhes que podem não agradar aos consumidores. O primeiro deles é, sem dúvidas, a ausência da presilha na parte traseira do gadget.

Ela esteve presente na sexta geração e conquistou os consumidores por dar mais segurança, permitindo que o iPod fosse preso à roupa e acessórios — ideal para a prática de exercícios. É claro que a sua ausência tornou o aparelho mais leve, mas seu peso anterior já era bom, não justificando a mudança.

A seleção de cores do novo iPod Nano, como já citamos, é muito bonita. Mas é impossível não questionar a parte frontal branca com a parte traseira colorida. O resultado ficou pouco harmonioso, tanto no Touch quanto no Nano.

(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

Considerando que outra crítica fica por conta do botão central, que não é muito útil, seria perfeitamente possível removê-lo e, assim, livrar-se da parte branca, deixando o design mais simples e sofisticado — o iPod preto tem a parte frontal de mesma cor.

Voltando ao botão central, característico do iPhone e iPod Touch, sua utilidade é realmente questionável. A sexta geração do Nano já tem tela sensível ao toque e sua utilização é muito funcional sem o uso deste botão, não justificando a sua adição no novo aparelho.

Capacidade de armazenamento

Será que 16 GB são suficientes para suas músicas? Nem todos querem um aparelho grande como o iPod Touch, mas ter mais espaço para armazenar conteúdo é sempre muito interessante.

Considerando o valor do aparelho, ele seria ideal com ao menos a opção de 32 GB, evitando que você tenha que alterar as músicas escolhidas com maior frequência e oferecendo mais opções de álbuns. Além disso, você também poderia usufruir melhor da nova função de reprodução de vídeos.

Preço incompatível com a realidade

Sem dúvidas, o valor cobrado pelo novo iPod Nano é seu principal ponto negativo. No Brasil, você vai pagar entre R$ 689 e R$ 759 (preço na loja da Apple) pelo aparelhinho. Isso significa que é mais barato levar um iPod Touch da 4ª geração — com todas as facilidades da App Store, câmera digital e maior espaço de armazenamento — do que o pequeno Nano. Ou ainda, comprar um smartphone de médio porte com sistema operacional Android.

Trazendo o gadget dos Estados Unidos, seu gasto vai ser de mais ou menos R$ 300 — podendo variar de acordo com o imposto e o valor do dólar. Mesmo assim, um custo relativamente alto para um reprodutor de música. E o Nano ainda é cerca de três vezes mais caro que o iPod Shuffle — uma diferença grande para alguns gigabytes de espaço e uma tela touchscreen.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

VALE A PENA?

Como em toda análise do Tecmundo, somos diretos em afirmar se o aparelho vale ou não o investimento. E o veredito para o novo iPod Nano é: não — principalmente se você já possui um Nano da sexta geração, que não perde em nada para a sua atualização.

Apesar de ter um design bonito, trazer os novos fone de ouvido da Apple e uma tela maior e sensível ao toque, o valor absurdo de cerca de R$ 700 é simplesmente incompatível com o que o produto oferece.

Qualidade de áudio e software indiscutíveis, é verdade. Mas, mesmo assim, devemos sempre lembrar que este é apenas um aparelho para ouvir música e que não vai muito além disso. Sendo assim, é melhor optar por itens de outras fabricantes ou recorrer às versões anteriores ainda disponíveis nas lojas brasileiras.

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