Hacker coloca 32 milhões de contas do Twitter à venda na Deep Web

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Imagem: Tech Crunch

Poucos dias depois de Mark Zuckerberg e Katy Perry – com mais de 89 milhões de seguidores – terem sido invadidos no Twitter, a rede social pode ter que lidar com um novo vazamento massivo de dados dos usuários. Isso porque um hacker anda oferecendo na Deep Web um pacote gigantesco de contas roubadas da plataforma. O criminoso digital afirma ter em sua posse logins e senhas equivalentes a 32 milhões de perfis do site, pedindo cerca de 10 bitcoins por todo o material – um valor que pode chegar a R$ 19,6 mil.

O russo, conhecido no submundo da internet pelo apelido de Tessa88, aparentemente também é o responsável pela divulgação recente de invasões aos bancos de dados de MySpaceTumblr e LinkedIn. O LeakedSource, portal especializado nesses tipos de ações, conferiu o material – distribuído em um arquivo de texto simples – e confirmou sua autenticidade, comentando que a maior parte dos afetados são internautas russos. Eles também compilaram algumas das senhas mais frequentes utilizadas pelos hackeados; confira:

  • 1) 123456, usada 120.417 vezes
  • 2) 123456789, usada 32.775 vezes
  • 3) qwerty, usada 22.770 vezes
  • 4) password, usada 17.471 vezes
  • 5) 1234567, usada 14.401 vezes
  • 6) 1234567890, usada 13.799 vezes
  • 7) 12345678, usada 13.380 vezes
  • 8) 123321, usada 13.161 vezes
  • 9) 111111, usada 12.138 vezes
  • 10) 12345, usada 11.239 vezes

Além desse “Top 10”, a lista mostra uma infinidade de sequências e combinações simples de números ou letras nesses mesmos moldes, indicando a falta de comprometimento das pessoas com a segurança de seus dados na web. Se o internauta usar esse mesmo tipo de password para outros serviços online, por exemplo, diversas das suas atividades e de suas informações reais podem ficar comprometidas, já que os hackers costumam testar esses logins e essas senhas em emails, contas de banco e outros sites.

Não houve invasão

Por conta desses e de outros fatores, a equipe do LeakedSource não acredita que esse material tenha sido obtido em alguma invasão aos servidores do Twitter ou devido a brechas no sistema da companhia, mas sim através da tradicional infecção por malwares. Assim, os milhões de perfis comprometidos fariam parte de um montante muito maior de dados não criptografados transmitidos diretamente ao hacker – ou ao seu grupo – através de trojans instalados nas máquinas de usuários comuns.

O próprio comunicado oficial da rede social aponta nessa direção, já que a companhia afirma que não houve nenhum tipo de brecha em seu banco de dados. Apesar disso, eles não devem deixar de lado o apoio aos consumidores, uma vez que disseram estar “trabalhando para manter as contas seguras ao cruzar os dados internos com as passwords compartilhadas recentemente”. Seja como for, pode ser uma boa ideia alterar sua senha do Twitter – e de outras redes – tendo como base algumas das nossas dicas sobre o tema.

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