Ricão: como o Tony Stark da vida real pode acabar com o império do petróleo

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Elon Musk é uma espécie de gênio do século XXI. O excêntrico bilionário criador da Tesla Motors é visto por muitos como um “Tony Stark da vida real”. Na última semana, um novo anúncio de Musk movimentou mais uma vez a indústria automotiva e pode apontar o futuro dos veículos nas próximas décadas.

O CEO da companhia anunciou que tornará pública algumas das patentes da empresa destinadas a fabricação de veículos elétricos. Segundo ele, a ideia é que a tecnologia se torne popular a ponto de veículos como esses assumirem a liderança na preferência dos consumidores, desbancando os tradicionais modelos movidos a combustível.

Mas até que ponto essa iniciativa é louvável e quais os verdadeiros interesses de Elon Musk por trás disso?

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Se existe algum assunto do qual Elon Musk entende é publicidade. Dono de declarações polêmicas, Musk adora apresentar projetos mirabolantes que são perfeitamente possíveis em teoria, mas que na prática acabam se mostrando muito mais visionários do que viáveis. Essa publicidade positiva tem servido muito para colocar em evidência os veículos da Tesla.

Nos Estados Unidos, hoje os veículos elétricos representam cerca de 1% da frota. A Tesla é dona da maior parte dessa fatia, mas o barulho que ela faz e atenção que ela atrai é digna das montadoras tradicionais e que estão há décadas no mercado.

Novos carros elétricos vão precisar de mais baterias

Em um primeiro momento, ceder gratuitamente uma patente sua para um concorrente pode parecer uma ideia sem muito sentido. Entretanto, é preciso lembrar que Elon Musk nào está interessado apenas neste mercado. Carros elétricos precisam de baterias cada vez mais eficientes e duráveis. Nesse quesito, as baterias da Tesla Motors ainda são imbatíveis.

Além disso, a empresa planeja investir até US$ 5 bilhões nos próximos anos na construção de uma gigantesca fábrica de baterias capaz de suprir qualquer demanda possível. É possível que no futuro outras montadoras consigam desenvolver tecnologias similares, mas em um primeiro momento, na busca pela eficiência, os concorrentes acabariam se tornando clientes da Tesla Motors.

Mais concorrência, mais consumidores

Como mencionamos anteriormente, o mercado de carros elétricos responde hoje por cerca de 1% da frota norte-americana. É difícil para uma montadora nova conseguir crescer em larga escala diante de tantas fabricantes conhecidas e com infraestrutura consolidada. Entretanto, se outros entrarem na jogada, brigando por frotas maiores de carros elétricos, o interesse dos consumidores tende a aumentar.

Se por um lado a concorrência vai ficar mais acirrada para a Tesla, por outro é a chance da empresa de atingir outros consumidores que hoje não têm interesse em comprar um carro elétrico. A aposta, evidentemente, é ousada e arriscada, mas há grandes chances de que com mais competidores, o mercado de elétricos cresça consideravelmente.

Células de combustível: a ameaça aos carros elétricos

Carros com célula de combustível parecem ser os queridinhos do momento junto à indústria automobilística. Honda, Toyota, Hyundai, Mercedes-Benz, Nissan, Daimler e Ford são apenas algumas das companhias que devem disputar o mercado de veículos equipados com essa tecnologia.

Embora ainda mais caros, em especial pela escala pequena em que são fabricados, os veículos com célula de combustível têm maior autonomia do que os elétricos, a um custo similar de reabastecimento, o que de imediato se torna um diferencial junto ao consumidor. Por isso, emplacar os carros elétricos nesse momento é importante, de forma a frear o interesse da indústria por uma nova tecnologia.

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