Blo-Blo-Blo-Bloqueia! 6 técnicas que a China usa para censurar a internet

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A China é reconhecida internacionalmente pelo alto índice de censura, que também se estende à internet do país. Por lá, muitos internautas são impedidos de navegar em grandes sites mundiais e isso vai muito além da simples recomendação do Governo. Pois é: há várias táticas usadas pelas centrais de segurança chinesas que funcionam para impedir os acessos indevidos.

Isso serve para sites de propaganda antigoverno e também outros temas que possam ser considerados como subversivos. E você saberia dizer quais são essas táticas? É o que nós vamos mostrar agora mesmo! Prepara-se para conhecer alguns dos grandes métodos de censura na China. Será que você conseguiria viver em um país que utiliza táticas tão potentes quanto as mostradas aqui?

1. Bloquear URL e pesquisas

Se você quer acessar um site, basta digitar o endereço dele e aguardar o carregamento. As informações da sua requisição serão levadas do seu aparelho até um servidor onde estão os dados, sendo que nesse caminho há algumas etapas bem importantes — incluindo máquinas da prestadora do serviço e servidores DNS.

Talvez você não saiba, mas em qualquer uma dessas etapas é possível adicionar bloqueios — sendo algo similar ao que acontece nos filtros de DNS. Na China, isso acontece com mais de 6,5 mil sites diferentes — incluindo Facebook, Google e YouTube —, graças ao "The Great Firewall". Ou seja: milhares de páginas não podem ser carregadas pelos internautas que estão em território chinês.

2. Bloqueio de buscas

A mesma coisa que dissemos anteriormente também vale para pesquisas. Como o Google é bloqueado por lá, outros buscadores são utilizados em larga escala e todos passam por diversas filtragens. Há uma série de termos e palavras-chave que não podem ser pesquisados, pois os resultados ficam completamente bloqueados. Você dificilmente vai conseguir fazer buscas por termos que sejam depreciativos ao Governo.

3. DDoS nos sites

Há momentos em que o Governo chinês não consegue simplesmente bloquear os serviços que ficam na internet. Quando isso acontece, uma tática bem recorrente por lá é ligada aos ataques de negação de serviço (DDoS) realizados pelos próprios membros do Governo. Muitas vezes, sites com conteúdo considerado ilegal ou inapropriado são bombardeados com requisições em sequência para que seus servidores sejam derrubados.

4. Controle das mídias sociais

O Facebook não pode ser usado pelos chineses, mas isso não quer dizer que eles não possuem redes sociais. Na verdade há algumas opções bem legais, sendo que uma das redes mais famosas por lá é o Weibo. Assim como seus concorrentes, ele passa por controle bem rígido do Governo e isso se estende também aos usuários.

Nessas redes, os censores podem apagar postagens e comentários com bastante facilidade, sendo também possível alterar a disponibilidade deles sem que o próprio criador saiba — ou seja: você teria um post transformado em privado sem nem saber.

Também são bem comuns as práticas de autocensura. Muitos usuários das redes sociais chinesas desistem de postar alguns itens quando pensam em possíveis repressões — sendo que um bom número deles também faz postagens e as apaga logo depois.

5. Prisões

Imagine uma criança sendo orientada pelos pais. Eles dizem para que ela não responda com palavrões, não brinque fora do horário e não coma sobremesa antes de jantar. Se a criança não obedecer a essas regras, ela vai para o canto do castigo. O Governo chinês faz algo parecido com os internautas. Ele deixa bem claro o que não pode ser feito por lá e quem desobedece pode acabar sofrendo sanções — incluindo a prisão.

É claro que isso depende muito do tipo de conteúdo compartilhado e o grau da ofensa ao Governo chinês. Mesmo assim, é importante citar que as prisões ainda são um instrumento de censura utilizado na China.

6. Desligar a internet

Se tudo o que falamos anteriormente — e outros métodos menos comuns — falhar, o Governo chinês ainda tem uma técnica imbatível para impedir que as informações indesejadas se espalhem: desligar a internet! Se você acha que isso é exagero, vale dizer que em 2009 ocorreu um bloqueio total que deixou mais de 20 milhões de pessoas sem acesso à rede mundial de computadores.

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