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Ciência

Pesquisador da NASA diz que 'OVNIs devem ser levados a sério'

Em artigo publicado no Washington Post, Ravi Kopparapu diz que, em vez de perguntar 'o quê' temos que perguntar 'como' descobrir o que OVNIs são

Avatar do(a) autor(a): Jorge Marin

schedule28/05/2021, às 10:00

Pesquisador da NASA diz que 'OVNIs devem ser levados a sério'Fonte:  US Navy 

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Às vésperas da divulgação pelo governo norte-americano, em junho, de um relatório oficial sobre fenômenos aéreos não identificados (UAP), e ampla divulgação nas TVs de avistamentos e vídeos de pilotos com imagens misteriosas, a população mundial tem se perguntado: afinal, o que é isso que nós estamos vendo?

Para Ravi Kopparapu, cientista interplanetário da NASA, essa pergunta é errada. Ou pelo menos prematura, pois, antes de perguntarmos “o quê” deveríamos perguntar “como” podemos descobrir o que são. Em um artigo de opinião publicado no Washington Post na quarta-feira (26), o membro do Centro de Voo Espacial Goddard denuncia que os cientistas estão ausentes do atual debate sobre UAP.

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Durante muitos anos, pondera Kopparapu, esse assunto sobre OVNIs tem sido tratado como um tabu. E o que ajudou a reforçar essa imagem de tabu foi justamente uma falta de conhecimentos “que está sendo preenchida por afirmações não científicas, graças à ausência de pesquisas científicas”.

Tecnologia avançada em mil anos

Fonte: US Navy/ReproduçãoFonte: US Navy/Reprodução

Historicamente, a ciência atual tem se debruçado em sérias investigações extraterrestres, que incluem a busca sinais de vida outros planetas, como faz o rover Perseverance em Marte.

A manifestação do cientista na NASA ocorre após diversos pilotos militares discutirem em um programa da CNN a observação de objetos estranhos que pareciam desafiar as leis da física, viajando sem aparentes sistema de propulsão a incríveis velocidades bem acima à do som. “É uma tecnologia que ultrapassa nosso arsenal em pelo menos 100 a 1.000 anos”, afirmou Sean Cahill, chefe de armas aposentado da Marinha americana.

Isso quer dizer que, se “eles” forem realmente inimigos dos EUA, o estrago seria grande. Kopparapu diz que deveríamos tratar os relatórios sobre UAP com a mesma seriedade com que exploramos crateras de Marte em busca de vida alienígena. “Em última análise, compreender os UAP é um problema científico”, resume ele. “E devemos tratá-lo como tal”.