Quanto tempo dura um smartphone?

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A exigência dos aplicativos e dos consumidores faz com que os aparelhos fiquem muito abaixo das expectativas após algum tempo. Isso faz com que chegue um momento em nossas vidas em que fica claro que os smartphones precisam ser trocados. Mas quando é que esse tempo chega exatamente? Os celulares têm prazo de validade?

Na verdade, têm, pois as fabricantes precisam fazer com que os clientes continuem comprando seus aparelhos. Independente de qual seja a marca de seu celular, essa história vai acontecer com você. Mas como você pode saber quanto tempo seu aparelho poderá ficar com você? Confira agora mesmo nosso artigo, preparado especialmente para responder essa questão.

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iPhone: o ciclo bianual da Apple

Empresas como a Samsung costumam lançar uma grande gama de aparelhos todos os anos, já a Apple limita-se ao lançamento de apenas um modelo de iPhone. Isso pode parecer uma estratégia ruim diante da concorrência, mas a verdade é que a Apple possui uma legião de clientes fiéis, que contam os dias para a chegada dos novos aparelhos.

Criando um ciclo anual, a empresa de Cupertino consegue manter os consumidores bem atrelados às novidades. Mas o principal fator desse modelo está nas mudanças gradativas de tecnologia. Pode-se dizer que um iPhone é feito para durar dois anos, visto que os aplicativos são geralmente criados para que possam rodar em várias versões do smartphone.

(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

O fato de a Apple ser a única fabricante envolvida no sistema também contribui para isso. Sem a concorrência com outras empresas, a empresa consegue forçar os desenvolvedores a não criarem softwares muito exclusivos. Um bom exemplo disso está na AppStore, que só começou a receber jogos que exigem os processadores dual-core agora, poucos meses antes da chegada do iPhone 5.

Por outro lado, o mercado brasileiro ainda oferece a versão 3GS do iPhone, que foi lançada em 2009. O aparelho está bastante defasado e já não garante bom desempenho para os jogos que estão sendo lançados recentemente. Quando falamos no iPhone 4, ainda há um certo período em que ele poderá suprir as necessidades dos consumidores, mas isso não deve durar muito tempo.

Android: o problema das versões

O Android é considerado um sistema operacional democrático, pois permite que usuários que podem gastar 200 reais e outros que podem gastar 2 mil reais utilizem o mesmo sistema operacional. “Espera aí! Isso não é bem assim”. Não mesmo! É claro que há muitas discrepâncias entre os aparelhos existentes nas diferentes faixas de preço mencionadas.

(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

Ainda hoje, muitos aparelhos estão nas lojas com versões defasadas do sistema operacional – o que inclui o Android 1.6, por exemplo. Eles funcionam muito bem para as funções básicas, mas a grande maioria dos aplicativos novos é incompatível com as versões. Por isso, se você comprar um deles, precisa saber que seu aparelho não vai durar muito – a menos que ele só seja usado para ligações e mensagens.

Outro fator está na disponibilização de atualizações. Quando o Android ganha uma nova versão, é preciso que as fabricantes de celulares liberem os arquivos de atualização para os consumidores. Isso pode gerar muitos incômodos, pois o atraso na liberação é bastante comum, tanto por causa das personalizações quanto pelo fato de não haver lucros sobre isso.

Também há muitos casos em que as empresas decidem não liberar as atualizações. Uma das razões para isso acontecer é o hardware dos aparelhos. Algumas fabricantes afirmam que o Android mais atualizado não rodaria com a configuração original do smartphone, por isso acabam forçando os consumidores a ficar com as versões antigas ou então a comprar novos celulares.

(Fonte da imagem: Divulgação/Motorola)

Pode-se dizer que os smartphones Android funcionam da mesma forma que os computadores mais potentes. Por causa do grande número de empresas envolvidas no mercado deles, um consumidor não consegue passar mais de seis meses com o aparelho mais forte que existe no mercado. Por outro lado, é possível ficar um ano sem precisar trocar, desde que você não seja muito exigente – e que compre um recente, é claro.

Windows Phone: vale a pena apostar?

O Windows Phone 7 chegou ao mercado muito depois que o Android e o iOS já estavam consolidados. Por essa razão, a Microsoft está tendo que correr contra o tempo para conseguir empresas parceiras e lançar uma boa gama de aparelhos nas lojas. Algumas fabricantes apostam no sistema operacional, mas será que os usuários podem fazer o mesmo?

Quando analisamos os principais aparelhos que existem com o sistema, realmente não há qualquer reclamação. Mas é preciso saber que ainda são poucos os aplicativos existentes que realmente chamam a atenção dos consumidores e que a loja de aplicativos do Windows Phone é bem menor do que a do iOS e do Android.

(Fonte da imagem: Divulgação/Nokia)

Outro ponto que deve ser analisado é a promessa do Windows Phone 8, que permitirá uma série de novos recursos para os aparelhos, inclusive o suporte a processadores de múltiplos núcleos. Com isso, os gadgets lançados até o momento ficarão defasados e, possivelmente, não suportarão os principais apps a serem lançados no futuro.

Vale lembrar que a Nokia está investindo pesado no sistema da Microsoft. A empresa finlandesa sempre foi reconhecida pela alta qualidade de seus aparelhos, sendo também elogiada por seus dispositivos Windows Phone que lançou até agora. Com a chegada da nova versão, certamente terá muito mais poder nas mangas.

Por essa razão, um celular com Windows Phone pode durar no máximo um ano, principalmente se os usuários quiserem se divertir com jogos mais pesados. Também devemos lembrar que é possível que a Nokia insira o sistema PureView nos próximos aparelhos Windows Phone, o que fará bastante diferença para os apaixonados por fotografia.

Quando vale a pena economizar?

Não é segredo que os smartphones ficam defasados com uma certa velocidade, mas não é sempre que alguém pode comprar um aparelho top de linha. Por isso, você precisa pensar bem antes de comprar um celular ou esperar um pouco até que o dinheiro seja suficiente. Se as suas necessidades são mais básicas, um modelo intermediário é uma boa solução – principalmente se você não quer jogos pesados.

Por outro lado, se você quer sempre os jogos mais modernos e precisa de um hardware mais poderoso, economizar não é uma boa ideia. Além disso, em muitos momentos quando a câmera for necessária, você pode acabar se irritando com a demora na inicialização do aplicativo referente a ela. Por isso, nesses casos é bom guardar um pouco mais de dinheiro para comprar um aparelho mais potente.

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Vale lembrar que as informações deste artigo não devem ser levadas como uma lei absoluta. Você precisa analisar a sua situação específica antes de decidir se precisa realmente trocar de aparelho ou se pode aguardar alguns meses até fazer isso.

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