Imagem de Virtua Fighter 5
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Virtua Fighter 5

Nota do Voxel
79

Virtua Fighter, a franquia pioneira em jogos de luta 3D, chega ao seu quinto título em grande estilo

Em 1993, um jogo promissor trouxe novos aspectos ao gênero de luta. Mais que isso, o game — com sua nova perspectiva —, criou um subgênero dentro dos jogos de luta. Esse jogo foi Virtua Fighter, o primeiro jogo de luta tridimensional, que precedeu inúmeras outras franquias de nome, como Tekken e Dead or Alive.

Ao longo de sua trajetória, a série acrescentou comandos de esquiva e contra-ataques à interessante e inovadora fórmula. Virtua Fighter 5 é um ótimo exemplo de como o game evoluiu, principalmente sob os aspectos técnicos, ao passo que manteve suas principais características, como a jogabilidade descomplicada, os personagens equilibrados e as regras no estilo torneio.

O conceito do game continua sendo o mesmo: 2 lutadores de diferentes artes marciais se enfrentam em uma arena delimitada por grades, cercas ou apenas uma linha. O jogador que, por algum motivo, sair dessa arena, perde o round. O esquema é o clássico melhor de 3: a vitória é daquele que ganhar 2 dos 3 rounds.

Quem irá parar Dural, o ciborgue destruidor?

Após a derrota do ciborgue Dural no último campeonato, J6, a empresa responsável pela organização do torneio mundial de luta, capturou Vanessa e copiou seus dados de lutadora para criar uma nova e aperfeiçoada "arma humana". Contudo, alguém dentro da empresa ajudou a garota a escapar, apesar do desenvolvimento da nova Dural já estar em andamento.

Então, foram enviados convites aos 17 melhores lutadores do mundo, que se preparam, cada um a sua maneira, para provar que são os melhores. A J6, por sua vez, pretende testar sua máquina de combate nos lutadores mais habilidosos do mundo e descobrir quem é o traidor dentro da instituição.

Os mestres das artes marciais em fúria

Muitos dos lutadores selecionáveis em Virtua Fighter 5 vêm das versões anteriores da série. Contudo, 2 dos 17 personagens são novos: Eilleen, uma jovem praticante de kung fu do estilo macaco, que sonha em enfrentar seu maior ídolo, Pai, e El Blaze, um lutador de luta livre que sonha em derrotar Wolf Hawkfield.

Cada personagem tem uma arte marcial que combina bem com seu estilo, contando com golpes e movimentos muito bem feitos. Em VF5 há desde Kickboxing, Judô e Wrestling até os mais desconhecidos estilos de luta, como Hakkyoku-Ken ou Hagakure estilo Ju-jitsu. Maior parte dos lutadores pode usar mais de uma posição de luta dentro de seu estilo, fazendo a troca através do botão L2.

Assim como em seus antecessores, neste título há combos, agarrões e golpes especiais de sobra. No entanto, o jogador que não souber usá-los com sabedoria não sobreviverá por muito tempo. Acionar os golpes certos, na distância e hora correta, é essencial para vencer os adversários mais avançados, que estarão prontos para contra-atacar ao primeiro erro cometido.

Os comandos básicos continuam sendo chute, soco e defesa e, a partir destes, é possível realizar novos movimentos e combinações. O controle do PS3, apesar de não ser ideal como o do arcade, traz a vantagem de agrupar os comandos de mais de um botão comuns a todos os jogadores, como os agarrões e golpes especiais comuns. Ainda assim, é difícil realizar alguns movimentos ou combos quando estes exigem botões difíceis de serem alcançados no Sixaxis.

As arenas basicamente continuam no mesmo estilo tradicional: plataformas planas cujos tamanhos variam pouco. Elas podem ser cercadas por muros altos, cercas baixas ou ainda podem não conter delimitação alguma. Estas últimas favorecem a vitória pelo clássico “ring out” (quando um dos lutadores é derrubado de alguma maneira para fora do ringue), apesar das arenas de cercas baixas também oferecerem esta possibilidade.

Combates arrasadores em diferentes modalidades


Virtua Fighter 5 não vai além das expectativas para um jogo de luta. Há o clássico modo Arcade, no qual o jogador escolhe um personagem e enfrenta outros 8 até chegar ao último chefe, Dural (o mesmo de sempre, apesar do enredo explicar a diferença deste para os outros). A dificuldade neste modo é gradativa; os primeiros oponentes são fáceis e não exigem um estilo de jogo muito tático para serem vencidos. Entretanto, ao se avançar nesse modo, os oponentes vão ficando cada vez mais difíceis, fazendo com que o jogador morra diversas vezes antes de definir uma estratégia eficiente para vencê-los.

Há também a opção de se jogar em 2 jogadores, o Versus mode, indispensável em jogos do gênero; ainda mais neste, que não possui modo online. O fato da possibilidade de jogo em rede não existir é frustrante, tendo em vista que jogos semelhantes, como Dead or Alive 4 para Xbox 360, por exemplo, oferecem a opção de forma bastante interessante. O jogo ainda possui um modo de treino chamado Dojo, no qual o jogador pode aprender e praticar os diversos combos e movimentos de seu personagem favorito. A opção VF.TV, por sua vez, possibilita a visualização de replays e vídeos do jogo, além de simular combates entre os personagens.

Entretanto, a opção que provoca maior imersão do jogador é o modo Quest, no qual se deve vencer oponentes dos mais diversos níveis para se obter dinheiro, itens e melhores graduações. Com o dinheiro ganho, é possível personalizar seu lutador, escolhendo novas roupas, acessórios ou penteados. Os oponentes geralmente são personalizados, o que faz com que eles pareçam jogadores reais, simulando um modo online. Contudo, seu comportamento dentro do ringue é bastante artificial, lembrando o jogador de que ele está lutando contra uma máquina.

Os reis das arenas no auge do realismo

O aspecto que apresenta maior evolução em Virtua Fighter 5 é o gráfico. As texturas são impressionantes e, juntamente com os efeitos de luz, promovem uma incrível sensação de que tudo é real; é possível perceber o que é seco ou molhado, o que é liso ou áspero e assim por diante.

A modelagem dos personagens também é bastante realista, desde o porte físico até o figurino. A diferença no tamanho dos personagens desta vez é muito mais clara: personagens maiores e mais fortes, como Wolf Hawkfield ou Jeffry McWild, agora muito maiores do que os outros.

Os cenários, no geral, são muito bem feitos e, assim como o figurino dos personagens, possuem elementos e conceitos artisticamente interessantes. Apesar de alguns bugs em pequenos detalhes das arenas existirem, eles são pouco perceptíveis e não interferem na jogabilidade. Há, no entanto, um ou outro cenário estranho, como a arena da praia, por exemplo, cujo mar parece estar acima do jogador; ponto negativo para a fotografia, que não obedeceu a tradicional regra dos terços (de forma resumida, cada terço da imagem deve ter um elemento chave para compor o cenário).

Certas tradições devem ser quebradas


Quem acompanha a série há tempo deve reparar, ao dar à ordem “press start” na tela, que o áudio é o mesmo dos jogos mais antigos da série. A sensação de se ouvir o clássico som é boa, assim como as músicas que tocam durante as batalhas, seguem o mesmo estilo de sempre. Contudo, o áudio nostálgico torna-se aborrecedor ao se reparar nos efeitos sonoros. Os golpes acertados têm um som estranho, dando a impressão do jogo ultrapassado.

Conservador, entretanto arrasador!
No geral, Virtua Fighter 5 não apresenta muitas mudanças em relação aos seus antecessores. Os comandos básicos continuam os mesmos, assim como os elementos principais da jogabilidade. Em alguns aspectos, inclusive, o game parece ultrapassado, como nos efeitos sonoros; eles tocam como os mesmos de 14 atrás. No entanto, a evolução nos gráficos do jogo são impressionantes, correspondendo muito bem às espectativas geradas pela mudança de console.

A falta de um modo online, entretanto, é um fator extremamente desapontador, tendo em vista que outros jogos do gênero já incorporaram-no e obteram resultados muito bons. Como um jogo de última geração, com os melhores gráficos do mercado, é estranho que Virtua Fighter 5 não faça o mesmo.

Para fãs de jogos de luta e artes marciais, este título é bastante recomendado, principalmente àqueles que gostam de reunir os amigos para jogar. Mesmo aos donos de PS3 não muito interessados, é recomendado que confiram, pois, apesar da falta de novidades na jogabilidade e de um modo online, o jogo ainda é bastante admirável e possui gráficos de fazer o queixo cair.
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