Imagem de Total War: Warhammer 3
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Total War: Warhammer 3

Nota do Voxel
94

Total War: Warhammer 3 encerra trilogia da melhor forma possível

Seis anos após a iniciativa de juntar o universo de Warhammer ao de Total War, a Creative Assembly lançou o terceiro e último capítulo dessa história, que tem tudo para firmar cada vez mais esta parceria.

Após o sucesso da série, principalmente da segunda edição, Total War: Warhammer 3 chega dia 17 de Fevereiro para computadores. A primeira lição que podemos tirar logo de cara é a intenção da empresa de popularizar o gênero.

E tudo isto fica muito claro por um simples fator: pela primeira vez um título da franquia chega ao Game Pass de PC. Isto é surpreendente, pois mostra a necessidade da empresa em abrir os horizontes e trazer mais jogadores para sua base de fãs.

Mas não é apenas este fator que demonstra este objetivo da desenvolvedora. Para os jogadores que terão o primeiro contato com a série, tudo está mais fácil, mastigado e claro. Existe uma diferença gigantesca se levarmos em consideração a primeira vez que coloquei as mãos em em jogo da série, que foi em 2004, com Rome: Total War.

Mamão com açúcar

É evidente que os gamers mais jovens precisam daquele empurrãozinho para se dar bem com novas franquias. Ao começar Total War: Warhammer 3, o jogador já encontra um prólogo, que vai contar um pouco do contexto que terá pela frente. Ele está fantástico.

Você é o príncipe de Kislev. Sua missão é salvar o Norte e isso só será possível caso encontre Ursun, o Deus-Urso. Ele é a figura central da história, pois é por meio de sua força espiritual que o mundo poderá ser salvo.

Mas ao caminhar um pouco pelo enredo, o príncipe se converte para o lado sombrio, fazendo com que as outras facções de Warhammer tenham que solucionar o problema.

O principal objetivo do prólogo, além de contar o enredo do jogo, é apresentar as mecânicas básicas de combate. Além disso, mostra as técnicas de gerenciamento, que são fundamentais para o desenvolvimento da facção escolhida. Ah, e está tudo legendado em Português.

Inclusive, aqui já começam as novidades. A principal delas se deve à presença da facção Grand Cathay, que pode ser considerada como os chineses. Ela nunca foi muito bem explorada no universo de Warhammer e aqui tem seu lugar ao sol.

Além de ter características únicas, como a presença de caravanas, tem algo que chama atenção nas batalhas: a transformação do lorde de guerra em um dragão chinês devastador. E ele fará a diferença no combate!

Falando em batalhas….

É lógico que o sistema de combate receberia melhorias. Agora o jogador consegue criar algumas formações de batalhas apenas com o mouse. Isto já havia sido implementado na série Three Kingdoms e ganhou vida no mundo da fantasia.

O fato da desenvolvedora colocar atalhos para achar suas tropas de maneira rápida ajudou bastante. Quantas vezes já peguei tropas dormindo no ponto e que poderiam ajudar a vencer um combate de maneira mais rápida?

Vale destacar também que o sistema de utilização de magia ganhou atalhos no teclado, o que facilita demais ao longo do combate em tempo real. Isso é fantástico pois os encantamentos são avassaladores.

Como parte de melhorar o aprendizado do jogo, a empresa caprichou nos atributos e diferenças de cada unidade de batalha, o que facilita muito na hora de se criar uma estratégia vencedora.

Diversidade das facções

Se o que encontramos no quesito mecânica é tudo muito próximo do visto nas edições anteriores, o enredo eleva o game a um patamar jamais visto.

Creio que finalmente a Creative Assembly conseguiu potencializar o seu jogo com o universo de Warhammer. Cada facção possui sua peculiaridade e diferença frente às demais.

Isto pode ser visto em todas elas. A Grand Cathay, como eu falei mais acima, possui um universo voltado para a Ásia. A principal delas segue sendo a Kislev, que dá base para toda a trama.

Os Ogros também estão presentes e finalmente ganharam destaque, além dos Daemons of Chaos. Para terminar, existem ainda quatro reinos do Caos:  Khorne, Tzseetch, Nurgle e Slaanesh.

Dentro de cada uma delas, reforce sua atenção para os heróis, que ganharam uma importância muito maior dentro do terceiro jogo da série. Seja para evitar que o caos tome conta do mapa ou para sobreviver durante a jornadas dentro do Reino do Caos.

Vale destacar também a importância de cada movimento certeiro dentro de suas províncias, caso contrário a corrupção tomará conta de todos. Por mais que o novato em Total War possa ficar assustado com tudo isto ocorrendo ao mesmo tempo, fique tranquilo. Basta ter um bom gerenciamento e visão do que ocorre no seu reino para evitar uma possível derrocada interna.

Achou que 8 reinos seria pouco? Então aguarde. Fique tranquilo, pois teremos um DLC que unirá os 3 jogos em um grande mapa sandbox, chamado Mortal Empires. Imagine a loucura que tudo irá se transformar.

Cenário Dinâmico

Com uma bela investida para o oriente e também para o Norte, os cenários estão bem diversificados do que nas edições anteriores. O trabalho artístico está impecável, principalmente no gerenciamento das províncias.

A utilização das cores está num tom que me agradou muito, sem muito exagero, como foi visto na primeira edição. Vale destacar, que em um universo como Warhammer, é fundamental a boa tonalidade, para evitar o game de ficar muito cartunesco.

O mesmo pode ser visto ao longo das batalhas. O cenário segue a mesma premissa encontrada no mapa de gerenciamento. Cada detalhe é pertinente e com muito mais elementos.

Vale destacar que, finalmente, nas batalhas de cerco é possível construir muralhas e edificações. Desta forma o jogador consegue customizar sua estratégia de uma forma jamais vista na série Total War.

Inclusive, as batalhas de sobrevivência, que apareceram em Three Kingdoms, estão presentes em Warhammer 3. Só que elas trazem o conceito de cerco implementado, com  barricadas e edificações dinâmicas. Ou seja, era tudo o que a gente queria!

Nem tudo são flores

Se a intenção da produtora foi aproximar o game dos jogadores que não conhecem o gênero, o início do enredo ajuda em muito. Mas é só aparência. Por mais que muitas coisas tenham sido mastigadas ao longo da narrativa, os novatos terão dificuldades.

Como descrevi acima, a corrupção pode tornar a aventura chata e de certa forma frustrante. O mesmo pode ser dito do microgerenciamento que ocorre em certos reinos, como o Grand Cathay.

Em muitos momentos, o jogador terá a impressão de que está correndo contra um objetivo que já foi perdido, por mais que no fim tudo pode mudar de uma hora para outra, como em um grande plot twist de um filme.

A otimização segue com muitos problemas, principalmente na tela de gerenciamento do mapa, algo já conhecido na série. O downgrade toma conta, tanto em 4k e 1080p. Os problemas não acontecem durante a batalha, o que já é um grande alívio

Vale a pena?

Total War: Warhammer 3 fecha a série da Creative Assembly da melhor forma possível. O fato de ser um jogo parecido com as outras duas edições pode criar dúvidas sobre a necessidade desta edição.

Porém, ela é confirmada logo que jogamos o prólogo e tomamos consciência de tudo o que foi colocado no campo de batalha. Por mais que ele ainda não seja tão simpático para novos jogadores, é louvável ver a intenção da produtora em popularizar a franquia.

Prepare-se para a enxurrada de DLCs, que devem custar uma boa grana e principalmente para se divertir no mínimo umas 200 horas com o game.

Total War: Warhammer 3 foi cedido gentilmente pela Sega Europe para a realização desta análise.

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Pontos Positivos
  • Batalha sensacional
  • Cenários maravilhosos
  • Narrativa pertinente
Pontos Negativos
  • Microgerenciamento de alguns reinos
  • Otimização