A primeira impressão nem sempre é a que fica

Terraria é um jogo de ação/plataforma em 2D, exclusivo para PC, lançado em 16 de maio deste ano. Em pleno século XXI, em meio a tantos games com gráficos arrasadores, vide Crysis 2, God of War, além de trabalhos de direção de arte incríveis como BioShock, a desenvolvedora independente Re-Logic aposta em um visual que parece saído diretamente do Super Nintendo.

À primeira vista, o game lembra muito Minecraft (só que em duas dimensões) devido ao seu estilo Sandbox, no qual o jogador pode montar, desmontar, construir e demolir, tudo em um mesmo mundo. Mas as semelhanças não são suficientes para tornar Terraria um clone, ou uma cópia. Aliás, apesar de a versão daquele ainda ser Beta, este se sai um jogo bem mais atrativo.

Curto e grosso

Terraria começa sem ter qualquer apresentação. Ao contrário, ele abre diretamente no menu mostrando as opções: single player, multiplayer e configurações. Realmente, os objetivos do jogo não poderiam ser explicados em um trailer ou em qualquer que seja o vídeo. São muitas possibilidades já no começo do game.

Na opção configurações, pode-se escolher a cor do cursor, volume da música e dos demais sons, além do tamanho da tela, se cheia ou em uma janela comum. Escolhendo a opção para um jogador, a primeira ação é criar um personagem. Basicamente, só as cores dos cabelos, olhos, pele e roupas podem ser alteradas (variando entre a mistura de vermelho, azul e verde).

Em seguida, define-se o tamanho do mundo. Pode ser pequeno, médio ou grande, e ele será criado randomicamente. Uma vez com tudo pronto, o jogo começa de fato, sem dar o menor detalhe do que deve ser feito. Não há tutorial, porém, um NPC (personagem controlado pelo computador) está quase sempre por perto da área inicial do game pronto para lhe oferecer algumas dicas, quando clicado com o botão direito.

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Qual o sentido?

O jogador só descobrirá alguma continuidade no enredo do game — aliás, que existe uma história nos acontecimentos — depois de bastante tempo de jogo. O que não é de todo mau. Você começa com uma picareta, um machado e outros poucos itens. No bom e velho estilo Age of Empires, mãos a obra para coletar recursos. Minerar, cortar árvores para obtenção de madeira, colher flores, barro, rochas. Praticamente tudo pode ser coletado.

No mais, existem monstros comuns a cada parte específica do mundo. Os mais convencionais são as gotinhas (verdes, azuis, amarelas e vermelhas) que saltitam durante o dia, atazanando a vida do gamer; os zumbis e os olhos voadores, que só aparecem durante a noite. Há a possibilidade de o jogador evocar três chefes para os destruir. Porém ambas as tarefas são bem trabalhosas.

Os gráficos em 2D, a direção de arte a princípio pobre e a similaridade com Minecraft podem gerar uma primeira impressão bastante equivocada para o jogador. Terraria faz parte de um seleto grupo de jogos, atualmente, que ultrapassa a barreira do comum. As qualidades do game são capazes de cumprir, com muita propriedade, o principal objetivo: a diversão.

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A proposta da desenvolvedora foi alcançada com primazia, e não é fácil escrever uma análise da experiência de jogatina sem pender para o lado dos elogios. O jogo conta com um grande custo-benefício, ou seja, pode ser adquirido no site Steam pela quantia de US$ 10,00 — o que dá menos de R$ 20,00.

Motivos para continuar a jogá-lo depois de se acabar com os três chefes não faltam. São tantos itens para serem coletados e tantas armas e objetos que podem ser feitos, que o jogador terá muita diversão por bastante tempo. Sem contar a possibilidade de lançamento de DLCs com novas aventuras ou mesmo novos acessórios.

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