Imagem de Sonic: Lost World
Imagem de Sonic: Lost World

Sonic: Lost World

Nota do Voxel
75

Um fio de navalha entre a velocidade e a reinvenção

Sendo um fã (quase) incondicional de Sonic, reconheço que alimento minhas expectativas com um pouco daquela fé cega dos “istas”. Afinal, sempre é possível acreditar no famoso mote do “agora vai!”. E, é claro, com Lost World a postura não podia ter sido outra — embora ver o ouriço correndo e saltando em um console da Nintendo ainda me soe um tanto fora de contexto... Coisa pessoal, mesmo.

O problema é que, me parece, toda a glória colhida nos anos 90 pelo ícone maior da SEGA acabou por se converter, ao longo dos anos, em uma bola de ferro que deve ser arrastada para cada nova empreitada. Sonic é rápido, e ele precisa ser rápido. Caso não seja, não é Sonic — como provou cabalmente o antigo Sonic 3D Blast, no qual o herói praticamente não podia ser reconhecido.

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Entretanto, mantendo a velocidade como um cânone irrevogável, o que a SEGA consegue é arrumar um belo pepino em termos de mecânica de jogo. Afinal, a velocidade original do mascote foi forjada em uma época de mecânicas de jogo 2D simples; bastava sair correndo para coletar argolas e libertar bichinhos indefesos — o que sempre foi ótimo, não haja dúvida.

Mas as demandas por atualização são inevitáveis, já que herói nenhum se mantém apenas de glórias passadas. Para se manter como uma franquia “atual”, Sonic The Hedgehog precisa incorporar novas ideias — sejam puzzles, estruturas de fase ou mecânicas de jogo. Entretanto, diferentemente do que fez a Nintendo com Mario (personagem que sempre se valeu de seu status “genérico”), Sonic precisa ser rápido... Sempre!

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Considerando-se a “saia justa” com que sempre trabalha a SEGA, portanto, torna-se realmente fácil reconhecer diversos acertos em Sonic: Lost World — mesmo com alguns equívocos tridimensionais originados de uma cópia um tanto controversa de Super Mario Galaxy.

Como sempre, a SEGA trabalhou em Lost World dentro dos limites bastante estreitos que fazem parte da própria concepção de Sonic The Hedgehog. Novamente, a necessidade de uma velocidade nauseante foi colocada no mesmo tabuleiro das atualizações necessárias para que a franquia se mantenha relevante.

Mas, embora alguns disparos tenham batido na trave — e haja muita cópia de Super Mario Galaxy —, diversas soluções encontradas pela SEGA colocam Lost World facilmente entre o grupo dos “acertos” da desenvolvedora. Há aqui um bom senso de velocidade, bem como uma variedade agradável de fases, sem que nada pareça realmente truncado.

Enfim, talvez não seja o retorno mítico do ouriço às glórias dos anos 90, mas sem dúvida é um jogo bem divertido.

Este jogo foi cedido para análise pela SEGA.

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