Imagem de Pokkén Tournament DX
Imagem de Pokkén Tournament DX

Pokkén Tournament DX

Nota do Voxel
80

Pokkén Tournament DX não é o melhor jogo de luta, mas consegue divertir

Quando Pokkén Tournament foi anunciado, muita gente questionou qual seria o resultado dessa inesperada fusão: Tekken com Pokémon. Apesar de ser uma ideia fora da caixa, alguns games já provaram que fugir do padrão pode ser o que precisamos (como a franquia Dissidia inteira). O game foi lançado, teve um leve destaque no fim da vida do Wii U e, agora, chega ao Nintendo Switch com algumas mudanças sutis. Mas vale a pena?

Basicamente, Pokkén Tournament DX é um remaster mais requintado: o mesmo jogo e a mesma experiência, mas com adições e melhorias gráficas que podem ser o empurrãozinho para os consumidores que não tiveram Wii U (ou não compraram o game na plataforma) pensarem em adquiri-lo no Switch. Confira a nossa análise completa!

O que há de novo por aqui?

Por se tratar de uma remasterização, Pokkén Tournamente DX deveria ser, na teoria, igual ao anterior. Porém, a Nintendo trata o game como uma versão Deluxe, ou seja, com mais conteúdo e alguns aprimoramentos em relação à versão original (similar a Mario Kart 8 Deluxe, também de Switch).

A primeira mudança mais óbvia é a visual: o game está com resolução maior no Nintendo Switch no modo dock e roda de forma linda no modo portátil. O game chegou no fim do período do Wii U e, apesar de ser bonito, tinha potencial de ser muito mais, mas ficou limitado pelo hardware da época.

Pokemon

E não é apenas no quesito gráfico que o Switch se beneficia: dividir um Joycon com um amigo é rápido, prático e oferece um esquema de botões que funciona muito bem, dispensando o uso de botões extras. A solução acaba sendo criativa e muito funcional.

Por fim, temos a adição de alguns personagens de suporte, que podem ser chamados no meio a batalha para um único golpe, e o aumento da base de pokémons jogáveis, que tem mais cinco monstrinhos: Decidueye, Darkrai, Empoleon, Croagunk e Scizor, todos retirados da versão arcade, exclusivo do Japão. São boas adições? Sem dúvidas, mas há pouco conteúdo que justifique a compra novamente para jogadores que experimentaram na geração passada (diferentemente de Mario Kart 8, por exemplo).

Mesmo com novidades, é essencialmente a mesma experiência

Indo direto ao ponto: Pokkén Tournament DX é um bom jogo, mas passa longe de ser extraordinário. A ideia foi bem executada, as mecânicas são interessantes e é uma ótima maneira de encarar as lutas entre os monstrinhos de bolso de forma mais frenética e sem a clássica mecânicas de turno.

Basicamente, Pokkén tem combates divididos em duas etapas: uma de longe em com movimentação livre à la Dragon Ball Xenoverse e outra que é mais familiar aos fãs de Tekken, com uma visão lateral com a possibilidade de movimentar o personagem no eixo X e Y. Isso continua intacto por aqui, mas a equipe adicionou algumas novidades para apimentar o que já existe.

Pokken

Sem dúvidas, os novos modos de jogo são interessantes, mas não são uma revolução como pode aparentar em primeiro momento. Basicamente, temos um modo de luta que coloca uma equipe de três pokémons para batalharem, em vez do convencional 1 vs. 1. De fato, é legal ter essa opção, mas ela é limitada: esqueça a chance de trocar os monstrinhos na hora que quiser (como em Marvel vs. Capcom), aqui o próximo só vem quando o anterior for derrotado.

Por fim, temos uma última adição à jogabilidade: o modo de desafios diários. Esse é, sem dúvidas, o modo que poderia ser mais divertido e é o menos aproveitado. Em vez de trazer personagens variados que precisam cumprir determinados golpes ou que sofrem com algumas variáveis no cenário, temos apenas uma luta aleatória. Se isso fosse utilizado para incentivar os jogadores a variarem os lutadores e aprender mais com cada um deles, seria algo muitas vezes melhor.

Os desafios diários e as lutas 3 vs. 3 são legais, mas têm potenciais disperdiçados

De resto, temos o que já tínhamos antes: a campanha é bem simples e pouco adiciona à experiência, as lutas online estão levemente mais estáveis e divertidas, o multiplayer local tem duas opções (splitscreen em 30 fps ou tela única em 60 fps) e por aí vai. São modos divertidos quando jogados em grupos, mas sozinhos são entediantes e podem afastar quem deseja um conteúdo single player sólido.

Graficamente superior e do jeito que deveria ser

A grande verdade é que Pokkén Tournament é um jogo lindo, mas foi lançado para o Wii U na época, já no fim da vida do console. O que isso quer dizer? Basicamente, ele teve um potencial levemente ofuscado que é enaltecido pelo poder gráfico do Switch. Sem dúvidas, em experiências audiovisuais, a versão de Switch é a definitiva.

Pokken

Além de ter uma resolução maior (que funciona de maneira excelente no modo portátil, diga-se de passagem), a taxa de quadros sofre menos impacto, principalmente no multiplayer. Para quem não se lembra, no Wii U funcionava da seguinte forma: um jogador visualizava o game na TV e o outro no Gamepad. Por conta da divisão de imagens, cada parte rodava em apenas 30 fps.

Como essa opção é inexistente no Switch, há somente dois modos: ou a tela fica dividida no mesmo display e roda a 30 fps, que pode ser a TV ou a tela do Switch, ou a luta ocorre em uma exibição única e com ângulo variável, mudando de acordo com a posição dos personagens (pense em algo similar a Dragon Ball Xenoverse), e em 60 fps.

Pokken

Sem dúvidas, esse nível de fluidez e resolução maior extrai o potencial original do game, criando uma experiência mais bonita. Certamente, isso cria uma apresentação visual melhor, mas nada que mude drasticamente a experiência, que já era bem próxima disso.

Vale a pena?

Pokkén Tournament oferece não só uma visão diferente ao universo Pokémon como também é interessante do ponto de vista do gênero de luta. Apesar de ser uma boa ideia que, no geral, é bem executada, não temos nada revolucionário aqui. Tratando-se de um remaster, menos ainda. Isso quer dizer que o game é ruim? De forma alguma.

Certamente, a experiência é voltada para fãs mais árduos da série Pokémon que simpatizem com a jogabilidade 3D de Tekken. Caso você tenha despertado curiosidade de jogar no Wii U, mas não teve a chance, essa versão definitiva chamará atenção. Em contrapartida, se você se deleitou durante horas na versão da geração passada, há pouco conteúdo novo aqui para justificar a compra pela segunda vez. No final, a decisão é a de cada um.

*Este jogo foi gentilmente cedido pela loja Bacana Games para a realização dessa análise.

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Pontos Positivos
  • Conteúdo inédito em uma versão definitiva
  • Novos modos de jogo
  • Experiência original refinada
  • Novos pokémons são boas adições
  • Gráficos aprimorados do jeito que esperávamos
  • Multiplayer local ainda mais fácil com os Joycons
Pontos Negativos
  • Para jogadores veteranos, há pouco que justifique a compra novamente
  • Modo de batalha 3 vs. 3 é um potencial desperdiçado
  • Missões diárias poderiam ser melhores