Imagem de MADiSON
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MADiSON

Nota do Voxel
85

MADiSON: macabro, demoníaco e com fortes inspirações em P.T.

Lançada em 2014, a aterrorizante demo P.T. acendeu uma chama no coração de todos os fãs de horror, que ficaram esperando ansiosamente para conferir como seria o universo de Silent Hill através dos olhos de Hideo Kojima.

Infelizmente, o game nunca foi lançado, mas seu teaser não caiu no completo esquecimento, servindo como fonte de inspiração para que diversos estúdios independentes se lançassem em uma busca pelo sucessor espiritual perfeito, que desse aos jogadores mais do que só um gostinho do que o gênero do terror psicológico pode oferecer.

Então, quando MADiSON foi anunciado em julho de 2021 - com um trailer apresentando uma casa detonada e repleta de acontecimentos sobrenaturais - minha curiosidade foi atiçada ao máximo, e não via a hora de poder jogar para descobrir se realmente faria jus a experiência que tive com P.T.

Mas será que ele realmente atende às expectativas dos amantes do medo? Bom, confiram nossa análise para descobrir!

Essa casa não é mais um lar

Ao contrário de muitos jogos que tentam apresentar um pouquinho de normalidade e alegria antes de nos lançar em uma trama de pura desgraça, MADiSON oficialmente não tem tempo para bons momentos.

Tudo começa com o desafortunado Luca despertando em um quarto fechado enquanto seu pai esmurra a porta o acusando de ter cometido atos horríveis contra a mãe e irmã. Obviamente, o jovem não se lembra de nada, mas uma lata no chão contendo fotos de partes de corpos mutiladas serve para provar que realmente tem algo de muito errado acontecendo.

Fonte:  Stella/Voxel 

Em uma tentativa de escapar do pai, o jovem se embrenha por um caminho entre as paredes em busca da saída mais próxima, apenas para descobrir que tem algo muito errado com a casa de seus avós, e que a câmera instantânea que ganhou de presente de aniversário não serve só para tirar selfies, como também revelar segredos pavorosos escondidos pelo caminho.

Fonte:  Stella/Voxel 

E como a situação sempre pode piorar, diversas crises de dores de cabeça, visão embaçada e suas mãos cheias de sangue apontam para a forte possibilidade de ele estar possuído por um demônio sanguinário e determinado a concluir um ritual profano.

Sendo jogado através de diversos cenários sinistros no presente e passado, Luca precisa encontrar uma forma de sair da casa e fugir dos perigos sobrenaturais que parecem cercá-lo cada vez mais, em uma jornada sombria que está ligada a uma serial killer e mortes brutais no final dos anos 80.

Fonte:  Stella/Voxel 

O enredo de MADiSON é uma composição maravilhosa de tensão, gore e sustos, sendo apresentado por fitas cassetes, noticiários, jornais e diários que vão aos poucos trazendo este mistério para luz.

Não existe nenhuma parte da casa que realmente permita relaxar, pois em todos os cantos o protagonista está sempre rodeado por sons estranhos, objetivos se movendo sozinhos, portas fechando do nada e uma estátua que adora surgir quando você menos espera.

Fonte:  Stella/Voxel 

Tudo isso serve para criar um desespero de fugir o mais rápido possível desse lugar pavoroso, principalmente quando você está tentando resolver um puzzle e não sabe o que pode acabar acontecendo com o pobre Luca no meio do processo.

Além disso, os gráficos belíssimos e super realistas só aumentam a sensação de desconforto, apresentando muito bem todos os detalhes assustadores e pavimentando perfeitamente o caminho por essa aventura sobrenatural.

A câmera é sua melhor guia

Em MADiSON, a câmera instantânea possui um papel essencial, sendo não só a principal mecânica do game para ir resolvendo os puzzles e avançando pela história, como fazendo parte da própria trama em si.

O protagonista basicamente a utiliza o tempo inteiro para encontrar pistas e finalizar quebra-cabeças, afastar alguns inimigos, viajar para o passado e até quebrar a tampa de um poço. E como ela conta com “filme infinito”, não é preciso se preocupar com a quantidade de fotos tiradas, que ficam armazenadas no inventário e podem ser vistas quando o jogador desejar.

Fonte:  Stella/Voxel 

Uma dica importante é realmente não menosprezar sua utilização como eu fiz em alguns momentos, pois vai acabar empacando. Na dúvida, tire fotos de tudo o que puder, quem sabe isso não revele a solução que estava procurando?

Infelizmente, mesmo sendo um acessório extremamente poderoso, ela não é uma arma de combate, ajudando apenas a atordoar as criaturas. Afinal, esse é um jogo de terror psicológico, então correr para sobreviver ainda é a melhor estratégia em determinados momentos.

Fonte:  Stella/Voxel 

Além da câmera, o game também traz diversas ferramentas para ajudar a abrir caminhos e móveis – com martelo, alicate e pé de cabra – que podem ser armazenados junto com outros itens não essenciais em cofres espalhados pela casa, um recurso bem parecido com os baús de Resident Evil.

É uma boa opção guardar as fitas já ouvidas e peças que ainda não tem certeza de onde utilizar para aliviar seu inventário, que conta com espaço limitado, e como alguns puzzles envolvem muitas peças, vale a pena deixar uns slots disponíveis.

Fonte:  Stella/Voxel 

Quando o ritual falha

Como em qualquer jogo, MADiSON também alguns pontos negativos. Certos puzzles não são lá muito intuitivos, o que leva a gastar um tempinho para encontrar a solução, além de sair rodando pela casa atrás de algo que possa ter deixado passar batido.

Além disso, a falta de uma forma para iluminar alguns caminhos acaba atrapalhando partes da jogatina, principalmente nos labirintos do cenário da igreja, que tinham diversas partes escuras que causavam muita confusão.

Fonte:  Stella/Voxel 

Outro problema é falta da opção de controle de campo de visão, que somada com o fato da cabeça de Luca estar sempre em movimento mais os momentos procurando a direção certa em partes sem muita luz, pode acabar causando enjoo de movimento para alguns jogadores.

Vale a pena?

Fonte:  Stella/Voxel 

MADiSON com certeza é uma adição excelente ao gênero de terror psicológico. Seus gráficos, e sons ambientes se unem perfeitamente ao enredo para entregar uma experiência de puro nervosismo e muitos sustos para os amantes do terror.

Com um gameplay relativamente rápido e inspirações inegáveis em P.T., com certeza vale a pena separar algumas horas para curtir essa jornada inquietante e completamente macabra, e descobrir o que nos espera no final desse sinistro caminho sobrenatural.

MADiSON foi gentilmente cedido pela BLOODIUS GAMES para a realização dessa análise.

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Pontos Positivos
  • Sons inquietantes
  • História macabra
  • Gráficos realistas
  • Fortes inspirações em P.T.
Pontos Negativos
  • Puzzles pouco intuitivos
  • Áreas muito escuras
  • Falta de FOV