Imagem de Dead Space Extraction
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Dead Space Extraction

Nota do Voxel
79

Um jogo de Wii em HD e nada mais que isso

Quando o primeiro Dead Space foi lançado, lá em meados de 2008, tanto crítica quanto jogadores se admiraram com a atmosfera claustrofóbica e aterrorizante do suravival horror espacial. Além de praticamente retomar um gênero quase esquecido na atual geração, o game chegou para praticamente todas as plataformas. Ou melhor, quase todas.

Com Isaac Clarke sobrevivendo no PlayStation 3, Xbox 360 e PC, somente os proprietários do Wii ficaram de fora da horripilante aventura – o que deixou muita gente frustrada por conta da “exclusão”. Por conta disso, a Visceral Games preparou uma história inédita para o sistema da Nintendo e que chegou às lojas um ano após o game original.

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Como você pôde conferir na análise de Dead Space Extraction feita na época de seu lançamento, o jogo consegue resgatar algumas das melhores experiências do título do qual foi originado, embora possuísse algumas falhas. Apesar das diferenças, o terror e o medo sentidos enquanto caminhamos por corredores escuros continuam os mesmos.

A maior novidade, porém, foi a mudança de perspectiva. A câmera em terceira pessoa foi abandonada e agora enxergamos todo o caos da estação espacial pelos olhos de um sobrevivente, levando a série para o lado dos FPSs. Ainda que o sistema de “on-rail”, que faz com que a movimentação seja automática, não tenha agradado a todos, a utilização – do até então exclusivo – sensor de movimento para controlar a mira de uma arma deu novas possibilidades de jogabilidade.

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Dois anos depois, o PS3 também recebeu um acessório para captar as ações do jogador de maneira semelhante ao que acontece no Wii. Em conjunto com a recente chegada de Dead Space 2 ao mercado, isso fez com que a Visceral retomasse a história de Extraction e o levasse também para o console da Sony.

Preparando terreno ou requentando material?

Como dissemos, a versão de Dead Space Extraction para o PlayStation 3 veio tanto como uma forma de ampliar a experiência do recém-lançado jogo da série quanto uma maneira de o estúdio lucrar alguns dólares a mais. O episódio paralelo foi adicionado como bônus na edição especial de DS2 e também foi disponibilizado na PSN, para que qualquer pessoa possa ter acesso ao título que até então era exclusivo da Nintendo.

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De uma forma ou de outra, podemos adiantar que há poucas novidades entre as duas versões. Com exceção da qualidade, que deixou os 480p do Wii e adotou um padrão HD de 720p, quase nada mudou. A troca do Wii Remote pelo Move é a grande novidade, afinal o periférico da Sony consegue ser muito mais preciso e sensível – mesmo que isso seja responsável por alguns problemas, como será visto no futuro.

Por se tratar de um simples port para o PS3, espere encontrar tudo aquilo já visto anteriormente. Todos os acertos da edição passada estão novamente presentes, assim como os erros que voltam a ser repetidos.

Se você está empolgado com a chegada de Dead Space 2 e quer ampliar a experiência de jogo, saiba que há grandes chances de se decepcionar. Além de serem jogos de gêneros diferentes (apesar de pertencerem à mesma franquia), a qualidade apresentada em Extraction fica bem abaixo do que vimos na nova aventura de Isaac Clarke.

Por mais que o Move consiga tornar os controles mais precisos e a qualidade gráfica tenha melhorado muito com os 720p, ainda há a sensação de que estamos diante de uma versão de um jogo que seria de um possível Wii HD. A modelagem dos personagens está bem abaixo daquilo que o PS3 é capaz de suportar, mesmo se tratando de um game disponível na PSN.

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Porém, o grande problema de Dead Space Extraction não está nos gráficos ou nas confusões que o controle cria, mas no simples fato de ser clara a falta de cuidado da Visceral Games na hora de adaptar o título. A impressão que temos é que ela simplesmente melhorou a aparência da versão lançada em 2009 e lançou no embalo de DS2 para conseguir lucrar alguns dólares com a empolgação em torno do sucesso da sequência.

Repetir os mesmos erros é algo inadmissível, principalmente em se tratando de um mesmo produto, o que é uma pena quando falamos de um episódio da excelente série Dead Space. O único grande ponto positivo do título é provar que o Move pode ser utilizado em games hardcore, o que dá novas esperanças aos proprietários do acessório de tirarem a poeira do periférico.

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