Imagem de Company of Heroes 3
Imagem de Company of Heroes 3

Company of Heroes 3

Nota do Voxel
97

Review: Company of Heroes 3 tem tudo para ser o RTS do ano

Muita gente acredita que 2023 será um ano de grandes lançamentos no mundo dos games. Se analisarmos a lista que ronda por aí, a expectativa é altíssima! Como também é gigante a possibilidade de termos grandes surpresas no mercado.

Uma dessas surpresas pode estar chegando aos consumidores. Depois de um hiato de 9 anos, a aclamada série Company of Heroes chega a sua terceira edição, produzido pela Relic Entertainment e publicado pela Sega.

Além de vivermos um mundo diferente do encontrado há quase uma década, os jogos de estratégia cresceram muito. Não à toa, a empresa entendeu o apelo da indústria, utilizou o que deu certo por aí, deu seu toque pessoal e voilá!

Sem ser um estraga prazeres e muito menos contar muitos spoilers, posso garantir que estamos diante de um dos grandes games de estratégia deste ano. A expectativa, que era altíssima depois da fase Alpha, se confirmou.

Artilharia recheada de novidades

Company of Heroes 3 tem, como pano de fundo, a Segunda Guerra Mundial, e fará o jogador atacar por duas frentes distintas. Uma delas, a italiana, com as Forças Britânicas e Americanas, que invadem a terra da bota pela maravilhosa Salerno.

Tive a oportunidade de conhecer a cidade, localizada no sul da Itália, em 2014 e deu saudades. Um lugar único e distinto, onde a cidade é contornada por ruas apertadas cercadas de montanhas. Quem já acompanhou o Giro d'italia, tradicional corrida de ciclismo, já conferiu a beleza do lugar.

Depois de algumas missões, o jogador começa a desfrutar do Dynamic Campaign Map. Para quem já se divertiu em jogos 4x, como Total War e Civilization, vai gostar muito da novidade.

Por meio dela, o jogador terá a liberdade de atacar pela frente que quiser. Seu objetivo é chegar em Roma, mas para isso será necessário desbravar diversos pontos importantes na Itália, como Bari e Potenza. Aliás, prepare-se para o confronto em Potenza. Ele é espetacular!

A Sega foi muito inteligente ao utilizar como espelho, para a produção do Dynamic Campaign Map, muito do encontrado em Humankind. Digo isto, pois o mapa é belíssimo e gigantesco. Você consegue ver as nuances de cada região italiana, tudo muito bem detalhada.

Jogar a campanha dessa forma é interessante, pois você pode escolher as batalhas secundárias que quer jogar. Somente nas principais o combate é obrigatório, vale reforçar. Se você for cauteloso, cada batalha pode durar mais de 1 hora.

Cada movimento deve ser friamente calculado. É possível contar com a ajuda naval e aérea, que serão fundamentais para o sucesso na conquista da região.

Ao longo da campanha, você tem três líderes para desenvolver: os comandantes britânicos, os americanos e a líder dos partisans italianos. Para quem não se lembra, eles foram os civis que lutaram contra os fascistas na região e ficaram famosos com a música Bela Ciao, eternizada na série La Casa de Papel. Cada um deles dará bônus especiais nas missões.

Eles dão dicas de qual caminho seguir e você poderá escolher. No fim das contas, não existe uma interferência direta no resultado da campanha, apenas a ordem que as coisas acontecem.

Deutsches Afrikakorps

A outra campanha disponível colocará o jogador no controle das forças alemãs. Aqui, diferentemente da italiana, não existe o Dynamic Campaign Map. Você segue uma belíssima história sobre judeus que moravam na Líbia e sofreram nas mãos nazistas.

Chama atenção a diferença dos cenários. Se, de um lado, nós tínhamos grandes construções e montanhas, aqui o deserto guiará seus passos, juntos com tanques sensacionais, motos e excelentes combatentes.

Vale ressaltar como cada companhia é diversificada. Sem contar a diferença existente frente aos países do Eixo. Destaque para os Guastatori, que são grupos comandados por tanques incendiários. Com eles é bem fácil invadir certas estruturas – agora, o que realmente fará um grande estrago é o FLAK 36 Anti-Tank Gun.

Só que é bom se preparar: ele precisa ser carregada por um caminhão. Caso destruam seus veículos, terá que utilizar a poderosa arma onde ela ficou. Caso consiga colocá-la num lugar estratégico, já era. Ela é fundamental para proteger locais de tanques invasores.

Um destaque que aparece nas duas campanhas é o mapa dinâmico. A presença dele permite que cada vez que você repetir um cenário de batalha, ele aparecerá de forma diferente. Isso dá um fator replay enorme ao jogo.

Onde iremos parar?

É bem provável que ao longo dos próximos meses, DLCs e mods sejam lançados, o que vai aumentar ainda mais a gama de possibilidades dentro de Company of Heroes. Junto a tudo isso, há dezenas de unidades no jogo, cada uma com sua peculiaridade.

O multiplayer também está presente, com modo competitivo e co-op. É possível desfrutar de 14 mapas no lançamento, o maior número da franquia. Também, no lançamento, teremos a possibilidade de jogar com 4 facções.

Tive certas dificuldades para jogar em 4K com minha placa 2080 Ti (acho que já está na hora de trocar). O stuttering incomoda bastante, principalmente em jogos com característica de RTS. Em 1080p, o jogo seguiu sem problemas.

O game é lindo, com gráficos exuberantes. Cada unidade possui detalhes únicos. Os cenários são maravilhosos, assim como as edificações e as máquinas. Junte também a tudo isso ao trabalho sonoro: tanto o som da artilharia, quanto das músicas, aumentam a imersão dentro do conflito.

O gameplay segue o sucesso dos outros games. Tudo acontece de forma tática e bem elaborada. Os comandos são simples e intuitivos. Até mesmo os jogadores mais casuais terão facilidade em se divertir. Ao longo do jogo, um tutorial ensina grande parte dos comandos básicos.

Outra inserção interessante e, que é comum na série Total War, foi chamado de Full Tactical Pause. O jogador pode pausar o jogo no momento da batalha e direcionar suas tropas da melhor maneira ao longo do cenário.

Isso vai ajudar muito os novatos e, ao mesmo tempo, enriquecerá aqueles jogadores que gostam de atribuir um grande quesito estratégico para suas missões

Vale a pena?

Company of Heroes 3 tem tudo para ser o melhor RTS do ano. Primeiro porque é uma série aclamada pela crítica. Segundo, pois conseguiu melhorar o que já era bom, com a inserção de elementos 4x.

A otimização e os gráficos estão excelentes e, a vida útil do jogo, promete. Até mesmo o balanceamento das unidades de combate cumpre à risca o que eu esperava. Lógico que algumas mudanças podem ser propostas, mas no momento não vejo tanta necessidade.

Se você é fã de jogos de guerra, de RTS e 4x, Company of Heroes 3 é uma compra obrigatória. E não sendo menos importante. O jogo também foi legendado para o português.

Agradecemos à Sega pelo envio de Company of Heores 3 para a realização deste review.

Cupons de desconto TecMundo:
* Esta seleção de cupons é feita em parceria com a Savings United
Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.
Pontos Positivos
  • Gameplay excelente e cheio de profundidade nas incursões táticas
  • Diversos tipos de campanhas, incluindo uma dinâmica, em que podemos escolher a ordem das batalhas
  • Elementos 4x ajudam bastante a elevar a fórmula e trazer mais dinamismo
  • Diferentes tipos de unidades e estratégias de combate são extremamente divertidas
  • Há um modo competitivo e cooperativo
  • Excelente trabalho de sonoplastia, tanto nos efeitos especiais quanto nas músicas marcantes
  • Gráficos muito lindos e que retratam muito bem diversos cenários da Europa
Pontos Negativos
  • Não é tão bem otimizado no PC
  • Tutorial mais simples pra novatos não seria ruim