Imagem de Battlefield: Bad Company
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Battlefield: Bad Company

Nota do Voxel
74

Cumpra missões junto da pior companhia do exército dos EUA.

O novo Battlefield coloca você em má companhia no campo de batalha.Em 2002 um jogo de tiro em primeira pessoa marcou o cenário dos games, mudando definitivamente o conceito de jogos do gênero. Além de contar com uma das experiências online mais extasiantes de todos os tempos, Battlefield 1942 oferecia aos jogadores a possibilidade de pilotar jipes e veículos blindados típicos da Segunda Guerra Mundial.

O sucesso do título repercutiu por anos no cenário de jogos online para PC, e BF 1942, como o game ficou conhecido pelos fãs, continuava sendo jogado em todo o mundo, anos após o lançamento do jogo. Tal atenção por parte dos jogadores também garantiu expansões, modificações e, posteriormente, diversas seqüências.

Entretanto, apesar de a franquia Battlefield já ter passado por diversas guerras, tais como a já citada Segunda Guerra Mundial, o combate do Vietnam (Battlefield Vietnam), batalhas nos dias atuais (Battlefield 2) e até futuristas, como Battlefield 2142, a série manteve-se somente no modo multiplayer até sua chegada aos consoles, com Battlefield 2: Modern Combat.

Battlefield: Bad Company é o segundo jogo da série a ser lançado para consoles — exclusivamente para Xbox 360 e PlayStation 3 —, e apresenta uma história bastante diferenciada da maioria dos jogos de tiro em primeira pessoa.

Enquanto quase todos os jogos do gênero apresentam os soldados do exército estadunidense como nobres guerreiros leais e corajosos que arriscam suas vidas uns pelos outros em combates defendendo os interesses de seu país, Battlefield mostra um ambiente bastante diferenciado.


A Companhia classe B

Na história apresentada em Battlefield: Bad Company, o jogador entra na pele de um soldado do exército norte-americano que é enviado para a Companhia B, uma divisão para a qual o exército envia apenas os seus piores soldados.

Após um soldado cometer um crime muito brutal para o exército, ao invés de ele ser preso ou mesmo sentenciado à pena de morte, é encaminhado para a Companhia B, conhecida entre os militares como “Bad Company”, ou Companhia dos Maus (livre tradução).

As explosões são o que mais chama atenção no jogo. Lá, os piores soldados do exército prestam missões quase impossíveis para seu país, afinal são soldados que não representam grandes perdas para o exército. Caso um desses soldados morra, portanto, não fará diferença para o exército.

Preston Marlowe, o protagonista, foi enviado à Companhia por roubar um dos helicópteros de sua base e cair com ele, danificando tanto o veículo como a limusine de um general.

Ao chegar à nova Divisão, conforme regem as normas de hierarquia do exército, Marlowe bate continência ao sargento Samuel D. Redford, que responde de maneira displicente, dizendo que o Marlowe deve deixar de lado essas baboseiras de continências e de “senhor, sim senhor”.

Os outros membros do esquadrão são Terrence Sweetwater — que foi mandado para ela devido a um vírus que instalou na rede de segurança militar — e Haggard, enviado a companhia após um incidente definido como “uso indiscriminado de explosivos”.

O enredo do jogo conta com um humor muito ácido. Seus companheiros de equipe têm sempre a idéia genial de mandá-lo na frente, pois você é o novato e eles preferem que você morra, e não eles.

Além disso, piadinhas dignas de uma mentalidade estúpida estão sempre presentes nas conversas de seus parceiros, que agem sempre de maneira displicente e sem a menor gota de equilíbrio psicológico.

Pedaços de construções por todos os lados

Apesar de o jogo ter um enredo bastante atraente, que prende o jogador por horas e não o tira a vontade de jogar (como é o caso de muitos jogos de tiro atualmente), o principal foco do jogo está na destrutibilidade do cenário.

A DICE, desenvolvedora da franquia desde o primeiro lançamento, desenvolveu mapas extremamente detalhados nos quais a maior parte do cenário é destrutível. O mais interessante do jogo é que as explosões acontecem através de cálculos físicos em tempo real, ao contrário de outros jogos nos quais o cenário está pré-programado para explodir.

As texturas e modelagem do jogo são bastante simples, ainda que dignas das plataformas de nova geração, não representam todo o poder das máquinas, porém esse ponto negativo é facilmente compreendido pelo nível de processamento exigido devido às explosões.

Ainda assim, os cenários de Battlefield: Bad Company são belos o suficiente para não desagradar aos jogadores menos exigentes. A variedade de veículos terrestres, aéreos e aquáticos é marca registrada em Battlefield. Quanto aos mais exigentes, é preciso compreender que o título é voltado para a qualidade das explosões.

A trilha sonora também é excelente, com ritmos muito bem selecionados e efeitos sonoros de alta qualidade, oferecendo um efeito de eco muito realista nos tiros, raramente encontrado em jogos de tiro.

Tiros um pouco confusos, mas no geral um belo arsenal

Quando os consoles de nova geração chegaram e o segundo botão traseiro de ambos os lados foi transformado em um gatilho (L2 e R2 no PlayStation 3 e LT e RT no Xbox 360), era de se esperar que os jogos de tiro utilizassem os gatilhos para atirar, e muitos deles realmente fizeram isso.

Entretanto, ao mesmo tempo que a maioria dos jogos mudaram seu botão de tiro padrão para os gatilhos, outros, como é o caso de Battlefield: Bad Company, utilizam os botões traseiros superiores (L1 e R1 no PS3, LB e RB no Xbox 360). Isso confunde os jogadores no início do jogo, e poderia muito bem ser evitado utilizando os botões apropriados.
Apesar da explosão em si ser pobre, o resultado final é bastante agradável.

A inteligência artificial do jogo também não apresenta grande qualidade: muitas vezes parece que os soldados inimigos ficaram tão assustados com a sua presença que estão paralisados de temor, enquanto em outras, sua mira é péssima e quase não representa risco.

Além disso, há uma grande falha na campanha single player: se seu personagem morre, ele irá voltar para o cenário no último ponto salvo, porém todos os adversários mortos continuarão mortos, e se, por exemplo, você tirou 30% da energia de um tanque, irá voltar ao jogo e o tanque estará sem esses 30% de energia, como se estivesse em um modo multiplayer online.

O bom e velho multiplayer de sempre!

o smile pode parecer inofensivo, mas...Quando um novo jogo de uma série já renomada chega ao mercado, a primeira coisa que os jogadores querem saber são as novidades e principais modificações. Entretanto, existem títulos no qual a mudança representa uma grande ameaça aos fãs.

O modo multiplayer de Battlefield entra nesse caso. O jogo faz tanto sucesso desde seu lançamento em 2002 que mudar acarreta o risco de uma grande decadência, como foi o caso em Battlefield 2 e Battlefield 2142, títulos nos quais a DICE decidiu mudar a ambientação típica da série e se deu mal.

Portanto, ao iniciar o modo multiplayer de Battlefield: Bad Company, é um alívio encontrar o mesmo sistema de Battlefield Vietnam ou Battlefield 1942, porém se passando nos dias atuais e com gráficos aperfeiçoados.

Não há grandes críticas ao modo. Quem ama Battlefield vai se sentir em casa jogando a primeira versão multiplayer para consoles da franquia. Mas é muito importante advertir que os analógicos nunca serão capazes de substituir o mouse e o teclado.

Essencial para os fãs da série

Vamos direto ao ponto: Battlefield: Bad Company não chega nem perto de ser considerado tão impactante quanto Call of Duty 4: Modern Warfare. Entretanto, se você é um grande fã da série, ou simplesmente que passar o tempo e já jogou todos os grandes sucessos do seu console, BF: Bad Company é muito indicado.

A inteligência artificial e a jogabilidade não são das melhores, mas o enredo vale umas boas risadas e tanto observar resultado das explosões no cenário como ouvir a trilha sonora do jogo são gratificantes.

Vale a pena conhecer o novo jogo da DICE, mas é importante saber que ele não tem a menor chance de ser o jogo do ano, e provavelmente nem vá concorrer em qualquer quesito dos melhores do ano. Já se você é dono de um PC, só lhe resta esperar pelo gratuito Battlefield Heroes.
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