Imagem de Dragon Ball Z: Burst Limit
Imagem de Dragon Ball Z: Burst Limit

Dragon Ball Z: Burst Limit

Nota do Voxel
82

Um presente para os fãs da franquia!

Dragon Ball é com toda a certeza uma das franquias de anime mais conhecidas de todos os tempos. É praticamente impossível não estar no mínimo familiarizado com Goku e sua turma, que vêm conquistando espectadores desde meados da década de 1980. Akira Toryiama, responsável pela série, também colaborou para diversos games, como Chrono Trigger e o recente Blue Dragon.

Há décadas a série vem sendo adaptada para os consoles. Diversas gerações já puderam contemplar a história vivida pelos personagens de Dragon Ball, em versões focadas em lutas, aventura e até mesmo RPG. NES (Nintendo Entertainment System, popular Nintendinho), Super Nintendo, Sega Genesis, Game Boy Color, PlayStation e até mesmo os fliperamas são apenas algumas das plataformas em que Dragon Ball já marcou presença.

A maioria dos jogos segue um dos aspectos enfatizados pela série animada: as lutas. Combates corpo-a-corpo entre diversos personagens da franquia são representadas de maneira incrível nos game, consolidando a franquia também nos videogames. Recentemente, obtivemos grandes sucessos lançados para o lendário PlayStation 2, console no qual a Dragon Ball ganhou novos horizontes.

O console permitiu uma exploração nunca vista antes nos jogos de luta da série. O cenário aberto e a sensação de liberdade apresentada em jogos como Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi cativou muitos fãs antigos da série e originou uma legião de novos. Além disso, a trama envolvente proposta pelo desenho também estava presente nos jogos, o que alimentou ainda mais a diversão dos jogos.



Goku chega à atual geração!

O lendário Sayajin chega aos consoles da atual geração. Após anos de sucesso, a franquia finalmente chega à atual geração de consoles. Usuários dos consoles PlayStation 3 e Xbox 360 poderão usufruir de uma experiência completamente reformulada, com gráficos em alta definição e vários outros recursos que ampliam significativamente a diversão proposta pelo jogo.

Desenvolvido pela Dimps Corporation e novamente distribuído pela Bandai-Namco Games, o novo título leva o nome de Dragon Ball Z: Burst Limit. A estrutura básica é similar aos antecessores, entretanto, abrangendo três das cinco sagas do anime (termo designado para se referir à animação japonesa).

Caso você não esteja familiarizado com a série, o que é muito difícil, Burst Limit poderá deixá-lo um pouco desorientado em relação à história. Isso acontece porque o título contém muitos cortes e não apresenta detalhadamente o que ocorre entre uma luta e outra. Jogadores alienados à franquia possuem grandes chances de apresentar dificuldades ao acompanhar o modo história.

Presente para os fãs

Entretanto, pode-se dizer que Burst Limit é um prato cheio para os fãs. É possível relembrar todos os fatos presentes na série de maneira direta, ao contrário da versão em anime, em que eventos levam meses até serem concluídos. O efeito nostalgia é eminente, mesmo com uma narração acelerada.

Durante o jogo, recebem-se doses homeopáticas de acontecimentos relacionados à trama em formas animadas. Denominados Drama Scenes (Cenas de Drama, em uma tradução livre para o português), tais fatos tornam-se interessante para os fãs e não aficionados à série. Muitos dos acontecimentos pertinentes ao anime, que ocorrem durante os conflitos, são relatados de maneira extremamente agradável graças ao novo sistema.

Momentos dramáticos

Além disso, as Drama Scenes também influenciam diretamente no desempenho do jogador. Dependendo da cena exibida, o lutador sofre alterações no nível de defesa, ataque, energia e em diversos outros atributos. A repetição de animações, tanto nas Darma Scenes quanto em momentos introdutórios, pode decepcionar algum, ainda mais pelo fato de estas ocorrerem mesmo com personagens diferentes.

Muito drama entre os personagens!


Quando Nappa chega ao planeta terra e leva um golpe, por exemplo, uma animação demonstrando sua expressão irritada é exibida. A mesma animação ocorre posteriormente, entretanto, ao invés de Nappa o protagonista é Recoome, soldado das forças especiais Ginyu. Isto pode passar despercebido para os mais distraídos, mas também pode incomodar os mais atentos.

Outro fator que é extremamente decepcionante é a dublagem dos personagens na língua inglesa. Seria excelente se pudéssemos desfrutar do título com dublagens em nossa língua nativa, entretanto, as opções são limitadas para inglês ou japonês (original). A configuração padrão exibe falas em inglês utilizadas também na versão animada nos Estados Unidos.

Contudo, as dublagens são mal feitas, pois a sincronização labial foi feita apenas nas vozes em japonês. Tal fato chega a ser irritante, mas tudo é compensado com o restante da trilha sonora, que apresenta músicas aceitáveis e efeitos sonoros idênticos ao desenho.

Enfrente seus piores oponentes

Felizmente, o foco do título são as lutas, e em tal quesito pode-se afirmar que a experiência é satisfatória. Existem diversos modos de jogo em Dragon Ball Z: Burst limit. O principal, denominado Z Chronicles, funciona como o popular “modo história”, responsável por ilustrar toda a trama. O jogador percorrerá três sagas do anime: Saga dos Sayajins, Saga de Freeza e Saga de Cell.

Explore três das cinco sagas de DBZ. Cada um dos três capítulos conterá as principais lutas do desenho animado ordenadas cronologicamente, desde Raditz, o Sayajin irmão de Goku, passando por Vegeta e Freeza até os Andróides e Cell. Os conflitos nem sempre colocam o jogador na pele dos heróis no modo Z Chronicles.

Muitas vezes, dependendo da trama, você controla os inimigos. Isso acontece para permitir que a vitória do personagem encaixe-se corretamente na história. Tal recurso deixa o jogo mais coeso e amplia a variedade de lutadores controlados pelo jogador no modo história.

Como se pode imaginar, a modalidade Z Chronicles não permite a seleção livre de personagens, pois a ordem dos conflitos define automaticamente quais lutadores se enfrentarão. Você pode se sentir preso ao título, pois a linearidade é extrema.

Simples e eficiente

Mesmo com o auxilio das Drama Scenes, o modo acaba sendo repetitivo. Os conflitos são similares e os personagens apresentam movimentos parecidos. Algumas diferenças relacionadas à agilidade dos jogadores não são suficientes para dar um toque de peculiaridade aos lutadores.

Ataques mais variados e diferenças mais notáveis entre um personagem e outro seriam muito bem-vindas, entretanto, não é o que ocorre. Mesmo assim, outros atributos complementam a ausência de alguns, e tornam o sistema de luta fácil e divertido, principalmente para quem é fã da série — tanto nos videogames quanto nos desenhos animados.

O sistema agradará aos jogadores que apelam por apertar seguidamente os botões do controle e também aos mais calculistas. A simplicidade é explícita, e logo na primeira vez já se consegue desferir diversos golpes alucinantes. Os botões da face do joystick são responsáveis por ataques rápidos e fortes, bloqueio e poderes de Ki.



Os ataques simples são realmente fáceis de serem aplicados. Combinações entre ataques fortes e rápidos serão facilmente aplicadas pelo jogador e com a ajuda de alguns lançamentos de energia pode-se vencer a luta. Existem também os ataques não tão simples que, sugestivamente, possuem um poder de dano muito maior.

KAMEHAMEHA!

Os ataques avançados consistem em movimentos que influenciam, e muito, nos combates. A seqüência de tais golpes pode ocasionar danos incríveis ao oponente. Ao desviar de um ataque, é possível se teletransportar e atingir o inimigo pelas costas — ação típica da série. Além disso, é possível nocautear o oponente pelos ares e persegui-lo para aplicar outro golpe avassalador.


O manuseio da barra de Ki, apresentada no canto inferior esquerdo da tela, lida com elementos leves de complexidade e estratégia.  O Ki pode ser utilizado para desferir golpes de energia extremamente potentes, como o famoso Kamehameha. Além disso, é possível concentrar toda a energia em uma espécie de escudo, eficaz contra ataques corpo-a-corpo e projéteis de Ki.

O duelo entre os mais fortes.

Quando a barra encontra-se completa, é possível acionar o recurso Aura Spark. Com ele, o lutador terá sua força ampliada por um curto período de tempo e também contará com uma série de ataques adicionais. Os golpes especiais também são influenciados pelo nível de carga da barra. Para aplicar o golpe máximo, é necessário que ela esteja completamente cheia, enquanto ataques menos potentes exigem uma quantia menor.

Existem momentos ocasionais em que ambos lutadores desferem golpes de energia simultaneamente. Isso ocasiona um mini-game em que os botões devem ser pressionados rapidamente, resultando na vitória do jogador mais ágil.

Contudo, os golpes de energia lançados a distância são, na maioria das vezes, fáceis de serem desviados. Para isso, basta que o jogador segure o comando de defesa e realize movimentos laterais, fazendo então com que o lutador desvie do projétil.

Encarando o perigo

Além disso, o mecanismo de defesa é útil também para refletir e defletir projéteis de Ki disparados pelo inimigo. Basta pressionar o comando de defesa no momento exato em que a magia atingiria o jogador. Quanto maior a precisão da ação, melhor o resultado. Caso obtenha sucesso, o projétil lançado pelo inimigo será rebatido e atingirá o oponente.

Defender-se e desviar de maneira excessiva pode ocasionar no aumento de uma barra que mede a fadiga do lutador. Caso ela se complete, o protagonista ficará alguns momentos sem poder atacar o oponente, tornando-se vulnerável aos ataques inimigos. Em jogo, a barra é quase inútil e sua utilidade passa despercebida.

O modo versus é uma excelente opção. Outras pequenas adições na jogabilidade também influenciam no combate, e ajudam a manter a longevidade do título. Certamente, lutar contra um oponente controlado por outro jogador é muito mais divertido do que enfrentar os controlados pelo computador. Isso pode ser provado no modo versus, em que é possível enfrentar oponentes sentados ao seu lado ou embarcar em conflitos online.

Na nossa experiência obtivemos dificuldades no modo de conflitos via internet. Os atrasos apresentados em jogo tornaram a experiência praticamente impossível de ser aproveitada, mas, caso encontre jogadores de localidades próximas, a modalidade flui normalmente.

Um toque de Dragon Ball Z

Existe também o modo Tutorial, em que são exibidos vários ensinamentos na jogabilidade relacionada às lutas do jogo. É importante destacar o diferencial deste modo explicativo em relação à maioria dos títulos do gênero. Você encarna Gohan e é lecionado por Piccolo, seu mestre conforme retratado na série. A apresentação anima o jogador e até adiciona alguns elementos relacionados à história, além de, obviamente, ser extremamente útil para novatos.

Visualmente, temos um excelente exemplo de tecnologia cel-shading, que confere uma aparência mais estilizada e estilo mais cartum às imagens, no caso, um estilo mais anime (estilo de animação japonesa). Os personagens, mesmo com bordas repletas de pequenos serrilhados, apresentam-se em um visual quase superior ao desenho animado.

Detalhes alucinantes!

A parte artística também possui traços extremamente belos. Logo de cara, nota-se pelo menu inicial a beleza dos gráficos do título, com figuras bem desenhadas e estilizadas. Infelizmente, não existe interação com o cenário das lutas, entretanto, a beleza é o suficiente para agradar os jogadores e completar com dignidade o ambiente.

Experiência ao nível da série animada!

A extensa variedade de personagens, que podem ser desbloqueados no modo Z Chronicles, oferece ainda mais horas de jogo em DBZ: Burst Limit. Além disso, os Drama Pieces complementam os fatos históricos desta franquia aclamada por muitos brasileiros. Tudo fica ainda melhor quando entramos em combate. O sistema de lutas é muito agradável, e oferece diversas opções até que o jogador consiga dominá-lo por completo.

Dragon Ball Z: Burst Limit é, sem sombra de dúvidas, um excelente jogo de luta. Mesmo com algumas lacunas na história, o título agrada imensamente aos fãs da série, e isso, indiscutivelmente, é um ponto excelente para quem realmente é familiarizado com o desenho animado.
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