Guerra nas Estrelas... E também nos video games

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Como muitos já sabem, George Lucas realmente caprichou na criação da saga conhecida como Star Wars (em português, “Guerra nas Estrelas”). A série de longas-metragens causou um estrago inigualável nos cinemas. É claro que a repercussão das histórias cinematográficas de ficção científica se estendeu para desenhos, quadrinhos, bonecos... E video games.

Nos jogos eletrônicos, o universo de Star Wars tem mais de 25 anos de história. São mais de 80 títulos criados para diversas plataformas, atingindo desde os usuários do Atari 2600 até os portadores de consoles de última geração e potentes aparelhos celulares. Diversidade também consta na quantidade de gêneros abordados: ação, tiro, estratégia e RPG são bons exemplos.

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Alguns trabalhos foram desenvolvidos pela própria LucasArts. Por outro lado, certos games foram feitos por companhias que não estão necessariamente ligadas à empresa de George Lucas. O mais importante é reforçar que “Guerra nas Estrelas” está sempre acompanhando a constante evolução da monstruosa indústria de jogos.

Dito isso, acompanhe a história — dos primórdios aos títulos atuais — dos principais games embasados nessa franquia influente e expressiva em todo o mundo. E que a Força esteja com você.

Raízes profundasO despontar de pixels intergalácticosO primeiro jogo eletrônico feito oficialmente com base na saga de George Lucas foi Star Wars: The Empire Strikes Back. Trata-se de um game criado em 1982 pela Parker Brothers para os usuários dos consoles Atari 2600 e Intellivision com suporte para até duas pessoas.

É interessante constatar que esse título carrega o nome não do primeiro filme lançado, mas sim do segundo: “O Império Contra-Ataca”. A diversão está presente nas batalhas do planeta Hoth, sendo que você controla um snowspeeder e deve disparar raios contra os pontos fracos dos robôs conhecidos como AT-ATs.

No ano seguinte, surgiu uma “pérola” da Atari. Inicialmente exclusivo para os fliperamas da famosa desenvolvedora de games, o jogo Star Wars foi bastante prestigiado pelos fãs. O objetivo? Participar das cenas finais do longa-metragem “Uma Nova Esperança” (o quarto da série, mas o primeiro a aparecer nos cinemas) e tentar destruir a infame Estrela da Morte.

Incorporar Luke Skywalker e pilotar um X-Wing em perspectiva de primeira pessoa são ações que combinam perfeitamente com os efeitos sonoros e trabalhos de vozes herdados do próprio filme. O sucesso foi tanto que apareceram ports nos computadores, nos consoles da Atari e no ColecoVision.

A versão conhecida como Jedi Arena (Atari 2600) leva o gamer a usar um sabre de luz — lightsaber — e rebater tiros em direção a outro jogador a bordo de uma nave semelhante à grandiosa Millennium Falcon. Já o título Return of the Jedi: Death Star Battle (Atari 2600, Atari 5200, Atari 8-bit e ZX Spectrum) permite que você controle o próprio veículo de Han Solo na batalha de Endor.

Avançando um pouco no tempo (devido ao declínio temporário dos games de 1983 a 1987), vale a pena relembrar o lançamento de Star Wars no console Famicom em 1987. É outra adaptação de “Uma Nova Esperança”, mas que foi disponibilizada apenas para os jogadores do Japão. Os desenvolvedores tomaram a liberdade de modificar certos aspectos da trama. No contexto do game, uma das habilidades Sith de Darth Vader é a transformação de ser humano para escorpião. Curioso, não?

Alguns dos últimos jogos da década de 80 foram as versões para PC de “O Império Contra-Ataca” (gráficos vetoriais retratando a batalha de Hoth e a fuga da Millennium Falcon no campo de asteroides) e “O Retorno de Jedi” (um jogo de tiro com foco no uso de veículos). Até os Droids ganharam um game: Escape From Aaron, uma combinação entre RPG, plataforma e quebra-cabeças também para computadores.

Progredindo sem pararÓtimas opções nos anos 90No Nintendo Entertainment System (simplesmente NES ou “Nintendinho”) e nos consoles SEGA Master System, Game Boy e Game Gear, o título Star Wars relembrou o filme “Uma Nova Esperança” por meio de uma perspectiva de visão lateral. É isso mesmo: uma aventura side-scroller na qual os fãs têm a oportunidade de conferir fatos relativamente fiéis à história original.

Em 1992 (ano no qual “O Império Contra-Ataca” despontou no NES e no Game Boy), o game Super Star Wars marcou presença com visuais belos — considerando o poder de processamento do Super Nintendo — e uma jogabilidade envolvente, sem contar a ótima trilha sonora de John Williams. Para certos críticos, é um título que “consertou” problemas encontrados em jogos anteriores de plataforma.

Um colosso dos games de nave surgiu em 1993. X-Wing foi lançado com destaque no PC. Um motor gráfico capaz de reproduzir visuais tridimensionais foi encaixado perfeitamente com um robusto esquema de missões. Entrando na pele de um piloto de caça da Aliança Rebelde, você pode participar de muitas empreitadas que não aparecem nos filmes.

As expansões desse título, Imperial Pursuit e B-Wing, apareceram ainda no mesmo ano. Mais além, o jogo Rebel Assault também impressionou, desta vez com cenas diretamente originadas dos longas-metragens (e apresentando as aventuras de Rookie One). Paralelamente, surgiram Star Wars Chess (modelado com base no clássico BattleChess) e Super Star Wars: The Empire Strikes Back (título que continuou a franquia do SNES).

O ano, agora, é 1994. TIE Fighter é disponibilizado para os usuários dos computadores e é um dos primeiros jogos de Guerra nas Estrelas que aborda a perspectiva do Império. Trata-se de uma melhoria da fórmula encontrada em X-Wing, mostrando desafios ainda mais cativantes. A expansão desse produto recebeu o nome de Defender of the Empire, na qual Darth Vader — sim, o próprio — voa ao lado do jogador como um wingman (ajudante).

Vale a pena recordar a experiência com Super Return of the Jedi, para Super Nintendo, e reforçar um fato importante sobre a jogabilidade: a possibilidade de escolher um personagem antes do início de uma fase.

Um FPS (jogo de tiro em perspectiva de primeira pessoa) é lançado em 1995. Dark Forces retrata a saga de Kyle Katarn, um mercenário dos rebeldes — antes, um “figurão” imperial — que deve impedir a criação de supersoldados androides do Império. A LucasArts, nesse caso, resolveu criar um motor próprio em vez de obter a licença de uma tecnologia já criada. No mesmo ano, Rookie One reaparece em Rebel Assault II: The Hidden Empire (PC).

Os anos seguintes da década de 90 foram tomados pelos seguintes games:

  • Shadows of the Empire (fatos inéditos na saga);
  • X-Wing vs. TIE Fighter (multiplayer; sua expansão é Balance of Power);
  • Yoda Stories (para crianças);
  • Masters of Teräs Käsi (PlayStation);
  • Jedi Knight: Dark Forces II (marcado por decisões morais);
  • Star Wars Monopoly (PC);
  • Rogue Squadron (simulação espacial para Nintendo 64 e PC);

  • Rebellion (jogo de estratégia em tempo real — RTS — para computadores);
  • DroidWorks (também para pequenos usuários do PC);
  • Racer (corrida; baseado no filme A Ameaça Fantasma);
  • Jogos educacionais (Yoda's Challenge, The Gungan Frontier, Jar Jar's Journey, Pit Droids e Anakin's Speedway);
  • Alliance (o último da série X-Wing);
  • Star Wars Jeopardy (PC); e
  • Star Wars: Trilogy Arcade (fliperamas).

AtualidadeUm novo milênio de Star Wars“A Ameaça Fantasma” foi fonte de muitos jogos. Jedi Power Battles (PlayStation e DreamCast), The Battle for Naboo (PC e Nintendo 64) e Obi-Wan's Adventures (Game Boy Colors) estrearam em 2000. Na mesma época, surgiram Demolition — uma “imitação” da série Twisted Metal para consoles — e Force Commander (RTS para PC). Star Wars Math perpetuou a onda de games educacionais para computadores.

Em 2001, ano no qual estrearam Obi-Wan (Xbox), Starfighter (PS2, Xbox e PC), Super Bombad Racing (PS2) e Rogue Squadron II: Rogue Leader (GameCube), já sabia-se que o universo de Guerra nas Estrelas teria uma profunda continuidade na área de games. Até mesmo um RTS no estilo de Age of Empires — Galactic Battlegrounds (PC) — foi lançado para os amantes de estratégia.

O filme “Ataque dos Clones” inspirou vários jogos em 2002, mas um título se destacou à parte dos demais. Jedi Knight II: Jedi Outcast, para computadores, marca a volta de Katarn, que desistiu de suas habilidades Jedi e resolveu partir para o Lado Negro. Mas ocorre uma reviravolta na trama e o combatente retorna à Ordem para resolver a situação.

Muitos consideram que o primeiro RPG efetivo de Star Wars foi Galaxies: An Empire Divided (PC). O MMO foi bem recebido pelo público, mas não teve tanto impacto quanto o glorioso Knights of the Old Republic (Xbox e PC). O sistema de moralidade, o enredo épico — a Guerra Civil dos Jedi, 4 mil anos antes dos eventos de “Uma Nova Esperança” — e uma jogabilidade satisfatória formaram um conjunto excelente.

Em meio ao surgimento de jogos diversos, Battlefront (PS2, Xbox, PC e GameCube) se destacou como um FPS muito envolvente. Batalhas de larga escala com veículos e heróis (por exemplo: Mace Windu) ocuparam milhares de gamers por centenas de horas. Paralelamente, a Obsidian Studios lançou Knights of the Old Republic II (Xbox e PC).

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LEGO nos video games? Sim, e também com base na saga de George Lucas. “A Vingança dos Sith” inspirou a chegada de LEGO Star Wars a muitas plataformas no ano de 2005, inclusive no Nintendo DS. Enquanto Galaxies recebeu as expansões Trials of Obi-Wan e Rage of the Wookies, dois FPS brilharam no mesmo ano: Republic Commando (focado em grupos de clones durante as Guerras Clônicas) e Battlefront II.

Chegamos a 2006, e bons jogos da saga continuaram aparecendo. LEGO Star Wars II: The Original Trilogy faz referências hilariantes aos eventos dos filmes. Considerado por muitos como o melhor jogo de estratégia de “Guerra nas Estrelas”, Empire at War foi lançado para os usuários do PC e recebeu uma sequência denominada Forces of Corruption. No reino dos portáteis, Lethal Alliance despontou para os jogadores do PlayStation Portable — PSP — e do DS.

Se 2007 foi um período “fraco” para os fãs da saga (considerando que Battlefront: Renegade Squadron — PSP — foi o Star Wars mais expressivo do ano), The Force Unleashed tentou “compensar” os fãs com promessas espetaculares em 2008. Buscando preencher os espaços históricos entre os filmes “A Vingança dos Sith” e “Uma Nova Esperança”, o game gerou vendas marcantes na indústria. No mesmo ano, Lightsaber Duels (Wii) e Jedi Alliance (DS) apareceram para relembrar os acontecimentos das Guerras Clônicas.

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Nos dois últimos anos, tiveram destaque os games The Clone Wars: Republic Heroes (retratando um novo vilão dos Separatistas e fazendo uma ponte entre as duas primeiras temporadas do desenho animado) e The Force Unleashed II. É interessante relatar que o último foi recentemente analisado pelo TecMundo Games e, por mais que não tenha propiciado um elevado nível de diversão, causou impacto com recursos técnicos invejáveis.

Além disso, diversos jogos para celulares e as promessas LEGO Star Wars III: The Clone Wars (multiplataforma) e The Old Republic (estrondoso MMO para PC) têm ocupado o tempo dos fãs recentemente. Fique ligado no TecMundo Games para novidades sobre a saga que não para de conquistar pessoas em todo o globo... Ou melhor: em todas as estrelas.

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