9 mitos sinistros do entretenimento eletrônico

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Até onde você realmente conhece aquele seu jogo favorito? Ok, você pode tê-lo atravessado de ponta a ponta. Além disso, também pode ter feito todas as possíveis missões secundárias enquanto ainda varria tudo atrás de colecionáveis e de itens potencialmente supérfluos.

Entretanto, será que você não viu apenas o que “Eles” queriam que você visse? Não haverá mais coisas escondidas nos códigos ou dissimuladas em mensagens subliminares insidiosas? Afinal, como saber se aquele novo título ansiosamente esperado por enxurradas de jogadores não é apenas uma arma experimental do governo — que não vê problemas éticos em transformar geeks ingênuos em ratos de laboratório?

Polybius: a temível máquina arcade psicoativa do governo dos EUA.

Em várias décadas de história, os video games alteraram o panorama do entretenimento eletrônico dramaticamente, o que faz disso um material bastante rico para teóricos da conspiração. Entretanto, é inegável que muitas vezes os jogos revelam coisas nas entrelinhas dos seus códigos, invariavelmente dando mais combustível ao povo capaz de achar cabelo em ovo do Yoshi.

Duvida? Bem, então dê uma olhada nos exemplos reunidos abaixo pelo Baixaki Jogos. Há de tudo: de conspirações governamentais a jogos assombrados, e de personagens incrivelmente secretos a maldições que — dizem — chegam mesmo a extrapolar os limites do universo em pixels.

1 - O cartucho assombrado

Um dos usuários do 4Chan apareceu certo dia afirmando ter encontrado uma cópia bastante curiosa de The Legend of Zelda: Marjora’s Mask. De acordo com ele, tratava-se de um cartucho sem rótulo — e, de fato,  havia nada além do nome do jogo escrito à mão de forma particularmente grotesca.

Ao tentar jogar o título, entretanto, logo ficou evidente que havia algo de errado ali. Embora ele jamais tivesse jogado, já havia um jogo salvo com o nome de “Ben”. Mesmo que isso seja fácil de fazer, tudo começou a ficar mais estranho ao ligar o jogo: personagens que se contorciam misteriosamente; mensagens ambíguas e em nada relacionadas ao jogo; mortes misteriosas do protagonista em chamas; músicas que tocavam ao contrário etc.

A aposta mais arrepiante? O jogo seria assombrado pelo tal Ben — talvez alguém que não tivesse conseguido terminar o jogo em vida... E continuava ali até alguém finalizar a jogada, que simplesmente não podia ser excluída. A explicação menos empolgante? Alguém fez um mod do jogo e resolveu contar uma boa história no estilo “Contos da Cripta encontram o entretenimento eletrônico”. Fique com a explicação que lhe parecer mais adequada, portanto.

2 - Saddam Hussein e sua coleção de PlayStation 2 

Em relatório publicado no ano 2000 pela World Net Daily, o site menciona uma fonte militar que havia relacionado o então presidente do Iraque Saddam Hussein às compras de milhares de unidades do recém-lançado PlayStation 2.

Conforme alertava o veículo, a ideia poderia ser a de criar um supercomputador formado com peças do console — que, à época, foi considerado uma espécie de suprassumo tecnológico —, o qual deveria servir para o controle de mísseis balísticos. A reportagem afirmava que mais de 4 mil aparelhos haviam sido despachados a pedido do ditador.

Ocorre, entretanto, que o desenvolvimento de um supercomputador com base em peças de PlayStation 2 certamente teria tomado muitos anos de desenvolvimento — um processo que seria igualmente caro e desnecessariamente dispendioso. Há quem diga que a história teve início por conta de propagandas associadas à Emotion Engine e ao hardware parrudo do sistema, e tudo pode não ter passado de uma controversa jogada de marketing da Sony... Dando origem a mais uma teoria da conspiração, dessa vez derivada.

3 - Reviver Aeris em Final Fantasy VII

Em um dos momentos mais dramáticos de Final Fantasy VII, Sephiroth trespassa Aeris com sua espada, matando-a instantaneamente. A despeito da despedida formal e das lágrimas derramadas pelos companheiros da moça, alguns fãs não aceitaram muito bem a ideia, e começou a se espalhar a história de que era possível trazer Aeris de volta dos mortos.

Embora tal possibilidade não existisse, há, de fato, uma manha que permite manter a personagem entre o grupo de heróis durante as lutas — mas, oficialmente, é preciso encarar, ela morre mesmo.

4 - Squall morre em Final Fantasy VIII

Ao final do primeiro disco de Final Fantasy VIII, em combate contra um chefe bastante punitivo, Squall acaba atravessado por uma estalagmite. Em vez de aparecer com sérios ferimentos (ou mesmo morto) na segunda metade do jogo, entretanto, Squall surge completamente ileso e se questionando sobre como aquilo teria ocorrido.

Um evento miraculoso protagonizado por outro personagem? É possível. Mas também há quem diga que todo o segundo disco de Final Fantasy VIII não passa das materializações da mente delirante de Squall, que se encontraria em coma após o acidente. Para os teoristas, esse seria o motivo para que o restante do game assuma tons um tanto mais fantasiosos — sem mencionar a famosa imagem do sujeito, então sem o seu rosto.

5 - Killswitch, o misterioso survival horror soviético

Embora você provavelmente nunca tenha ouvido falar de Killswitch, trata-se de um jogo que, supostamente, ganhou bastante popularidade na antiga União Soviética. O “supostamente” ali se deve ao fato de que muito poucas cópias foram produzidas, relegando o título ao campo das especulações — sobretudo por sua temática.

De produção de uma tal Karvina Corporations, Killswitch foi lançado em 1989 como um dos primeiros jogos de survival horror da História. Ali, você tanto poderia jogar com uma garota quanto com um demônio invisível, tendo como finalidade a travessia de uma mina de carvão. Mas havia ainda um dado curioso: caso o jogo fosse fechado, ele simplesmente se apagaria completamente do HD do computador.

Fala-se também de críticas severas à forma como a União Soviética tratava empregados e, de forma geral, às barbaridades promovidas pelo governo — incluindo a aposta de que o “demônio invisível” seria uma metáfora para o típico minerador soviético.

Por fim, acrescentando ainda outro ponto à lenda, diz-se que um japonês chamado Yamamoto Ryuichi adquiriu uma raríssima versão ainda lacrada do jogo pela soma astronômica de US$ 733 mil. Embora tenha prometido gravar e compartilhar um vídeo do game no YouTube, o único conteúdo disponibilizado teria sido o de Yamamoto chorando levemente diante do monitor do seu computador. O vídeo, é claro, já foi “excluído”, de acordo com os teoristas.

6 - “Luigi é real”

Então, um belo dia, alguém resolveu olhar com calma para o que havia escrito ao pé da estátua em forma de estrela localizada no castelo de Super Mario 64. Embora o consenso normalmente aponte para “Eternal Star” (é realmente difícil de ler), foi levantada à época a história de que a mensagem, na verdade, era “L is real 2401”.

Eis a ideia: “L” seria uma referência a Luigi, resultando em “Luigi é real”. O número, por outro lado, deveria representar o número total de moedas dentro do universo do jogo — as quais deveriam ser coletadas integralmente para liberar Luigi dentro de Super Mario Mario 64.

Mas há pelo menos um problema central nessa teoria: o jogo possui 2672 moedas... E a coleta de todas jamais liberou o personagem no jogo original. Como um consolo aos fãs do irmão subaproveitado de Mario, é possível utilizar o Luigi na reedição do game lançada para o Nintendo DS.

7 - Lara Croft como veio ao mundo em Tomb Raider

Desde o lançamento do primeiro Tomb Raider, inúmeros “poetas” de plantão ansiavam por ver qualquer coisa além dos trajes diminutos de Lara Croft — a formação obviamente poligonal não era suficiente para aplacar a luxúria, ao que parece. Dessa forma, quando alguém espalhou pela primeira vez o rumor de que havia um código secreto para deixar a personagem como veio ao mundo, os fã-clubes da heroína passaram a fuçar em todo canto, de todas as formas humanamente possíveis.

Na verdade, a comoção foi tão grande que os desenvolvedores prometeram o aguardado código para o segundo game. Entretanto, o resultado conseguido após o cômico balé executado por Lara não era exatamente aquele esperado por seus adoradores... Confira o vídeo acima.

8 - Lavender, a cidade dos suicidas (Pokémon)

Embora as versões multicoloridas do primeiro Pokémon tenham ocupado Gameboys em todo o mundo em meados da década de 1990, no Japão (ironicamente) as estatísticas eram um tanto menos expressivas. E havia um motivo sério para isso: supôs-se que o lançamento da série estava relacionado com o enorme aumento no número de suicídios infantis no país.

Mas a coisa fica ainda mais mórbida: dizia-se que as crianças apenas atentavam contra a própria vida após chegar em Lavender Town. A explicação: a música produzia efeitos nocivos em ouvidos ainda não completamente desenvolvidos. Dessa forma, quando veio para o Ocidente, a famigerada cidade teve sua trilha de fundo alterada.

Entretanto, para quem quiser matar a curiosidade (por sua própria conta e risco), o vídeo acima traz a faixa original — a mesma que acompanhou a fatídica primeira versão de Pokémon no Japão. Dizem que o efeito se devia às tensões criadas pelas harmonias, juntamente com uma exploração (realmente irritante) de sons em registros mais agudos.

9 - Polybius, a arma de controle mental dos EUA

Diz-se que a Polybius foi uma máquina de arcade liberada em quantidade incrivelmente pequena no início dos anos 80 e apenas em algumas poucas regiões dos EUA. Dizem também que a maioria das pessoas que encarava o jogo acabava com epilepsias, pesadelos e até tendências suicidas. O motivo seriam as luzes estroboscópicas presentes em todas as fases.

Mas tudo fica ainda mais estranho. Alguns teóricos da conspiração levantaram à época que se tratava de uma máquina projetada pela própria DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, na sigla em inglês), o que faria da máquina algo além de uma aporrinhação aleatória para os nervos: seria também uma ferramenta de pesquisa governamental. Para os teoristas, a ideia era testar a efetividade de máquinas psicoativas.

E, naturalmente, sempre é possível deixar tudo mais estranho. Dizia-se que, em determinada hora da noite, os locais com a Polybius eram visitados por agentes do governo incumbidos de coletar os dados acumulados ao longo do dia — embora, por outro lado, há quem diga que os sujeitos estavam ali unicamente para controlar a disseminação de caça-níqueis ilegais.

Também não falta quem defenda que se trata apenas dos efeitos residuais do filme “O Último Guerreiro das Estrelas” (The Las Starfighter), cujo tema se aproximava razoavelmente. Enfim, confira o vídeo acima e julgue por você mesmo. Trata-se, supostamente, de uma versão completa do Polybius, com todos os controles internos destinados a agentes do governo — ou alguém simplesmente desenvolveu com base no mito, é claro.

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