8 mulheres f**** da indústria dos games

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As mulheres sempre estiveram na indústria dos games – seja na época dos arcades, do Atari ou na nova geração. Em homenagem ao dia das mulheres, fizemos esse especial com algumas mulheres reais que se destacaram ao longo dos anos. Talvez nem todas sejam muito conhecidas, mas todas colaboraram ou ainda colaboram muito para a indústria e para os jogos que nós tanto gostamos.

 

Junko Ozawa

 Junko Ozawa

A Namco foi a primeira empresa japonesa a colocar uma música em um jogo de arcade, e era lá trabalhava a compositora Junko Ozawa, que ajudou a criar a base das músicas dos jogos da Namco. Seu primeiro trabalho foi em 1984, com o jogo Gaplus. O interessante da carreira de Ozawa é que naquela época não bastava ser compositora, você também tinha que entender de eletrônica: ela criou um sound driver – programa que convertia os “dados digitais” em música. O processo de colocar as músicas nos jogos era trabalhoso – primeiro, ela era criada como uma música normal, depois Ozawa criava uma partitura em formas de onda. Essa informação era colocada no chip com o sound driver, e o som de 8 bits chegava nos nossos ouvidos. Ela continuou na Namco até 2008, quando se aposentou.

Joyce Weisbecker

JoyceJoyce de óculos, à direita

Joyce Weisbecker foi a primeira mulher na indústria de videogame dos EUA, e ela própria também se considera a primeira desenvolvedora independente. Filha de um engenheiro da RCA, ela passou a infância e adolescência aprendendo a programar no computador caseiro que o próprio pai havia criado. Quando esse computador foi transformado em um produto da RCA – o Studio II, o pai a convidou para ser desenvolvedora freelancer e fazer alguns jogos para o sistema, já que ela tinha experiência com o hardware. Na época ela tinha acabado de se formar no colegial, e em 1976 programou o jogo TV Schoolhouse I, um quiz para até dois jogadores que usava um livro de apoio. Tinha até uma seção de “Conquistas femininas”. Ela cobrou 250 dólares pelo jogo.

Mais tarde no mesmo ano ela criou outros dois jogos para o mesmo sistema – Speedway e Tag. Infelizmente, com o fracasso do Studio II, Joyce largou o desenvolvimento de jogos e seguiu na carreira de engenheira. Em uma entrevista recente, ela disse que voltou a se interessar por desenvolvimento de jogos – quem sabe a gente não ouve mais dela nos próximos anos.

Carol Shaw

Carol Shaw

Talvez o nome Carol Shaw não te diga muita coisa, mas e se eu te falar que ela foi a criadora do jogo River Raid? Engenheira, ela entrou na Atari em 1978, na divisão de jogos caseiros. Lá ela criou os jogos Polo, 3D tic tac toe, Othello, entre outros. Em 1982 ela entrou para a Activision – fundada por David Crane e outros ex-funcionários da Atari – e lá criou o clássico River Raid, que lhe rendeu alguns prêmios. Ela trabalhou em mais alguns jogos, mas se aposentou cedo da profissão –  seu último jogo foi o Happy Trails, para o Intellivision, em 1983. Como reconhecimento do seu trabalho, trajetória e contribuição para a indústria, ela recebeu em 2017 o prêmio The Game Awards Industry Icon.

Roberta Heuer Williams

Roberta

Roberta Heuer Williams é cofundadora da Sierra Online, e é considerada a rainha dos adventure games, por ter criado histórias e jogos que popularizaram o gênero. Seu primeiro jogo é de 1980, Mistery Mansion, e inovou pelos gráficos – até então, os adventure games eram só em texto. Na época, a intenção de Roberta era só expressar sua criatividade e fazer algo divertido, mas o jogo acabou sendo um sucesso de vendas. Ela então decidiu continuar no ramo, e junto com seu marido, fizeram a Sierra online crescer. Seus jogos mais marcantes são os da série King’s Quest e Phantasmagoria, e ao longo dos anos foram sempre acrescentando algo novo ao estilo, como cores, dublagem e claro, storytelling de primeira. Junto ao seu marido ela recebeu, em 2014, o premio The Game Awards Industry Icon, pela trajetória da Sierra Online. Roberta Williams se aposentou em 1998.

Jade Raymond

Jade raymond

Jade começou sua carreira como programadora da Sony, mas ganhou notoriedade mesmo pelo seu trabalho como produtora de Assassin’s Creed. Nos seus 10 anos de Ubisoft, ela também foi produtora executiva de Assassin’s Creed 2, Splinter Cell Blacklist e Watch Dogs, além de ter ajudado a montar do estúdio da Ubisoft em Toronto. Em 2015 ela fundou o estúdio da EA Motiv, que no final do ano passado absorveu o BioWare Montreal. Atualmente ela continua no estúdio, e quer inovar nos jogos de action adventure, sua especialidade.

Amy Hennig

Amy Hennig

Talvez você não saiba, mas quem escreveu a série Uncharted foi uma mulher – Amy Hennig. Além de escrever a série, ela também foi diretora criativa da franquia e recebeu um prêmio da Writer’s Guild Of America por Uncharted 2. Antes de chegar na Naughty Dog, Amy trabalhou na EA como game designer e na Crystal Dynamics, onde foi diretora da série Legacy Of Kain. Em 2014 ela deixou a Naughty Dog e foi pra EA trabalhar como diretora criativa de um novo jogo da série Star Wars, que infelizmente ainda não saiu do papel. Quando nova, Amy queria mesmo fazer cinema, mas para nossa sorte, acabou na indústria dos video games e ajudou a dar uma nova perspectiva para as histórias dos jogos.

Kim Swift

Kim Swift

A carreira de Kim Swift começou ainda na faculdade, quando ela e outros colegas desenvolveram o jogo Narbacular Drop, que chamou a atenção da Valve. Em 2005 a empresa contratou Kim e os demais, que criaram nada menos que o jogo Portal. Ainda na Valve, Kim trabalhou como level designer e environment artist em Left For Dead 1 e 2. Ela seguiu sua carreira como diretora criativa na Airtight Games e Designer Sênior na Amazon, e em 2012 figurou na lista da Forbes de 30 pessoas com menos de 30 que fizeram a diferença na indústria dos videogames.  Mais recentemente, em 2017, ela foi contratada por Jade Raymond, e é Design Director na EA Motiv.

Melina Juergens

Melina

Melina Juergens está muito em foco recentemente pela sua performance como Senua no jogo Hellblade , mas sabia que ela não era uma atriz profissional? Ela trabalhava na Ninja Theory como editora de vídeo, e aceitou “quebrar o galho” da equipe no início do desenvolvimento, quando eles ainda não tinham uma atriz para o papel. No final das contas ela foi muito bem e se descobriu na profissão, e a performance lhe rendeu muitos prêmios, entre eles o de melhor atuação do The Game Awards de 2017. Melina segurou a barra de interpretar uma guerreira celta com episódios de psicose e esquizofrenia e fez isso com muita qualidade. Com certeza é uma promessa da indústria.

E essas são algumas das mulheres de destaque da nossa indústria! Tem alguma mulher que te inspira, mas não apareceu aqui? Conta para a gente nos comentários!

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