Sekiro: Shadows Die Twice pode ser o game supremo da FromSoftware

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A convite da Activision, o Voxel teve a oportunidade de jogar nada mais e nada menos que uma hora de Sekiro: Shadows Die Twice e tivemos uma boa dose de conteúdo para vislumbrar da nova obra da icônica FromSofrware, criadora da série Dark Souls e Bloodborne.

Mas e aí? A velocidade é alta demais? A dificuldade está baixa? Onde o game se encaixa o jogo entre os títulos já existentes da desenvolvedora? As perguntas estão no ar, mas vamos responder as que forem possíveis. Confira as nossas primeiras impressões de Sekiro: Shadows Die Twice.

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Gameplay ofensivo e brutalidade ao extremo

Para deixar explicado desde o começo, preciso dizer que sou um fã enorme da FromSoftware e joguei todos os títulos Soulsborne da empresa, então estarei fazendo comparações constantes com o passado para contextualizar um pouco do que você pode esperar.

Desde o começo, Sekiro: Shadows Die Twice deixa bem claro ao jogador que o ritmo é acelerado: a desenvolvedora afundou o pé no pedal e colocou uma jogabilidade ainda mais rápida e frenética. Se Dark Souls é um game defensivo e Bloodborne recompensava a ofensiva, Sekiro é um jogo que instiga o ataque a todo momento, mas combinado com uma mobilidade ainda maior.

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A barra de estamina não existe mais: o ataque é ilimitado. E, com poucos segundos de jogo, fica bem claro que investir na agressividade é uma ótima opção. Apesar de não existir limite para o ataque, a defesa tem seus contrapontos: toda vez que você defende, uma barra crítica sobe. Se ela for completada, você tem a defesa quebrada e ficará atordoado por alguns segundos. Mas caso você defenda de última hora, você consegue dar um “reflect”, que não impacta a barra de defesa.

Porém, a parte boa é que o mesmo princípio mecânico se aplica aos inimigos também. Ou seja: atacá-los sem dó garante uma execução rápida e brutal. Obviamente o jogo não é apenas isso e você encontrará inimigos que não defendem e recebem seu ataque sem se importar com consequências, o que cria situações de perigo.

No fim, como você e o adversário sempre têm a mesma mecânica de risco e recompensa, cada batalha é quase um duelo. Com o tempo, o aprimoramento e reconhecimento dos comandos abaixa a dificuldade, mas Sekiro compensa ao trazer inimigos cada vez mais fortes e cheios de truques.

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Alguns oponentes e chefões têm golpes especiais que alertam “Morte” em um kanji vermelho na tela: defender esses golpes não adianta nada e você sofrerá danos enormes. Nessas horas, a esquiva e a verticalidade entram em cena.

Além de Bloodborne: um jogo vertical e furtivo

Bloodborne é, sem dúvidas, o jogo mais rápido da FromSoftware. Além da velocidade, o exclusivo da Sony também trouxe novas mecânicas e uma leve releitura na fórmula. Sekiro: Shadows Die Twice aparentemente faz algo similar e, possivelmente, além. Para quem não se lembra, o game teve seu desenvolvimento iniciado como um novo Tenchu.

E o que isso significa? Que alguns pilares da franquia foram mantidos aqui, como a furtividade e, principalmente, a verticalidade. O protagonista de Sekiro consegue usar um gancho para subir em árvores e telhados, consegue se agachar no mato alto para se esconder dos adversários e consegue até mesmo se encostar nas paredes para evitar ser visto.

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A furtividade é recompensada com execuções rápidas e menos problemas para a vida do jogador. Durante a uma hora que joguei, senti que a abordagem furtiva não era fácil e requeria um certo empenho do jogador. Portanto, nem tudo pode ser resolvido por stealth e nem sempre ela dará certo.

E, como não poderia faltar, há a mecânica que dá nome ao game: a possibilidade de ressuscitar. Você tem o direito de morrer uma única vez e voltar dos mortos, o que pode pegar alguns inimigos de surpresa. Na segunda morte, você volta ao checkpoint.

É até esquisito e difícil de usar, mas a verticalidade é um elemento presente em tudo: do combate às plataformas

Já a verticalidade é algo realmente interessante. Pela primeira vez, um game que use/flerte com a fórmula Soulsborne tem botão de pulo, o que traz uma nova dinâmica ao combate. Pular atacando cria novos combos, novas brechas e, como você pode imaginar, novas vulnerabilidades para o protagonista.

Acessórios: uma nova maneira de combate

Você já deve ter visto, mas o protagonista de Sekiro: Shadows Die Twice tem um braço mecânico. Isso não é apenas estético e há uma novidade mecânica para o os confrontos. Durante a demonstração, o personagem tinha três formas de usar o braço: com shurikens, com um machado ou com fogo.

O braço prostético do herói consegue dar um leque de acessórios durante a aventura e oferecer extensores de combos para os golpes comuns. Alguns inimigos, como o escudeiro, requerem que o jogador use o machado para quebrar a defesa do adversário e só assim derrotá-lo.

Mas o uso não é infinito. Diferentemente das transformações de armas de Bloodborne, há um custo para usar as ferramentas especiais. Não ficou claro se essa é a única forma de usar o braço mecânico, mas o recurso que podíamos gastar eram os “espíritos de luz”, que são coletados quando um inimigo morre.

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Se eles servirão apenas para isso, também é difícil saber, já que no passado os espólios dos adversários tinham o propósito de “moeda de jogo”, servindo tanto para o aperfeiçoamento de habilidades quanto para compra de novas armas.

Chefes e trechos memoráveis (mas com dificuldade altíssima)

Durante a jogatina, passamos por muitos trechos realmente incríveis. No total, enfrentamos dois chefes (e vimos um terceiro opcional) e pode acreditar: a jogabilidade está bem difícil e requisitou bastante habilidade.

As seções de stealth tiveram sua dose de desafio e foi interessante ultrapassar obstáculos de plataforma, como na situação em que devíamos fugir de uma criatura imensa que nos perseguia (a cobra branca do primeiro trailer).

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E, por fim, o último chefe era o monge que nos deu muita, mas muita dor de cabeça. Mesmo com um estilo de combate mais rápido, barra de estamina infinita e a verticalidade, derrotar o chefão com três barras de vida foi um desafio que não consegui realizar em uma hora. E isso é bom: mostra que o desafio ainda é importante para a FromSoftware.

Sekiro: Shadows Die Twice está previsto para chegar ao PlayStation 4, Xbox One e PC no dia 22 de março de 2019.

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