Como é jogar Mortal Kombat 11 no Switch?

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Mortal Kombat 11 no Switch, presta? É o que todo mundo se perguntou quando o jogo foi anunciado para a plataforma da Nintendo. Nós temos alguns casos de ports de sucesso como Doom e Wolfenstein II The New Colossus, mas será que Mortal Kombat 11 consegue manter o padrão de sanguinolência no console híbrido?

E não deixe de conferir a nossa análise completa do game! É só acessar aqui.

O primeiro problema que enfrentei jogando Mortal Kombat 11 no Switch foi o tamanho do game – ele sozinho ocupa 22Gb dos 26Gb disponível no console. Sem um cartão microSD foi impossível atualizar o game (o patch tinha quase 10Gb). Ou seja, para jogar Mortal Kombat 11 no Switch o jogador vai precisar de armazenamento adicional.

Nós já postamos aqui no Voxel vídeos comparativos do Switch vs. PlayStation 4 e Switch portátil vs. dock, mas como isso impactou na hora de jogar? Vou ser honesta, o susto inicial ao abrir o jogo e ver os menus com qualidade baixíssima foi grande.

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Mas, apesar dos lutadores feios nas lutas (principalmente no modo portátil), a jogabilidade em si não sofre em nada com os gráficos inferiores. Os movimentos continuam fluidos e as partículas bem visíveis na tela, sem prejudicar a visibilidade do confronto.

Nas lutas no Switch, principalmente no modo portátil, as texturas quase não existem, os lutadores parecem ter uma “borda brilhante” e é tudo sem definição. Parece que todas as barras de qualidade foram jogadas perto do mínimo. A atualização mais recente, do final de abril, melhorou um pouco, mas ainda é perceptível. Os cabelos e barbas são os que mais sofrem, mudando até de cor em alguns momentos. Quem optar por se aventurar no Switch tem que ter em mente que vai perder muito em qualidade visual.

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Agora, em se tratando das cutscenes no modo história, a coisa já é diferente: os gráficos são bonitos, com boa resolução, texturas e definição. Faz jus ao jogo e ao console. É bem impressionante assistir a cenas daquela qualidade em um portátil.

MK11personagem na luta vs. personagem na cutscene

O que acaba incomodando são as transições de cutscenes para as lutas: se no PlayStation/Xbox One/PC elas são imperceptíveis, no Switch a diferença é gritante, com direito a “engasgadinhas” na hora de ir de um para o outro. Mas a parte boa é que, tirando o momento da transição, a taxa de quadros fica bem estável e confortável durante a história.

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O curioso é que a taxa de quadros parece sofrer mais durante as cutscenes no modo dock do que no portátil. Antes da atualização, assistir a história no dock era quase insustentável, mas agora está muito melhor. As lutas no modo dock tem um visual melhor, mas ainda se diferenciam do PlayStation/Xbox One/PC.

Mas o grande vilão de Mortal Kombat 11 no Switch não são os gráficos, a resolução ou a taxa de quadros: são os controles. Claro, tudo pode ser resolvido com o Pro Controller ou outras opções alternativas, mas é importante também falar sobre a experiência com os Joy-Cons.

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No portátil, a mão esquerda não fica bem acomodada. Além de ter que segurar o console, os botões direcionais individuais dificultam os combos e ficam longe do L (agarrão). A pegada é bem melhor jogando no analógico, mas ele é pouco preciso. Com os Joy-Cons no controle “cachorrinho” a pegada melhora, mas o problema dos direcionais individuais continua. Definitivamente não é um controle para jogos de luta.

O jogo permite que você jogue em duas pessoas com dois Joy-Cons, mas é praticamente impossível. O jogador só tem o analógico a disposição e os botões superiores fazem falta. É legal saber que a opção existe, mas só serve para quebrar o galho.

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Muita gente deve se lembrar do primeiro Mortal Kombat no SNES, lá em 1993, que substituiu o sangue por suor. Pode ficar tranquilo, Mortal Kombat 11 no Switch não tem nenhum tipo de censura, mostrando cada gota de sangue esguichando e tripa voando.

As experiências com o modo online no Switch foram positivas, mas com observações. A busca por um oponente levou cerca de um minuto, o que não é um tempo ideal, mas está no limite do aceitável – principalmente considerando que não é a versão mais popular do game. Durante a partida, na conexão da internet de casa o nosso redator Vinícius Munhoz não teve problemas, mas quando a partida foi aqui na redação o jogo ficou mais lento para evitar o corte de frames. Pela experiência, foi um problema mais da internet do que do jogo.

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Apesar de, no final das contas, parecer que Mortal Kombat 11 é muita areia para o caminhãozinho do Switch, ele é perfeitamente jogável e é incrível ver um jogo desta qualidade rodando em um portátil/híbrido. Mesmo sem ter o mesmo nível gráfico dos primos mais velhos, é bom saber que os donos de Switch (com cartão microSD) e Pro Controller (ou similar) também podem aproveitar esse lançamento, sem desvantagem de jogabilidade. Ainda assim, se você tiver outra opção de plataforma, vale a pena repensar a compra no console da Nintendo.

*A versão de Mortal Kombat 11 para Switch foi cedida pela assessoria da Nintendo

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