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Nihongo ga hanasemasen! Tem coisa que só japonês entende.

schedule12/03/2010, às 07:17

Imagine um enganador obeso que luta ao lado de cogumelos falantes contra repteis gigantes cuspidores de fogo, ou então um porco-espinho azul capaz de proezas atléticas de fazer inveja a Usain Bolt, sendo que no seu seleto hall de amizades estão uma equidna que utiliza seus dreadlocks como asa delta e uma raposa de duas caldas com doutorado em engenharia.

Pois esse show de aberrações pode até ser considerado normal, visto a quantidade de excentricidades oriundas das terras nipônicas. Alguma vez você já viu um vídeo, um jogo, um personagem muito estranho e imediatamente pensou: “Aposto que é alguma coisa japonesa!”

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O TecMundo Games até tentou encontrar a proverbial Pedra de Roseta que ajudasse a traduzir essa enigmática cultura fascinada por gatinhos sem nariz, garotas em roupas colegiais, qualquer aparelho eletrônico portátil, espíritos cabeludos, karaokê e, é claro, robôs gigantes.

No entanto, a cultura popular japonesa permanece um enigma envolto em uma charada. Assim, resolvemos apenas observar algumas das evidencias mais gritantes da incrível bizarrice japonesa. São jogos inspirados em conceitos estranhos, personagens esquisitos e histórias mirabolantes, tudo no melhor estilo nipônico, sem esquecer-se das outras perversões da Terra do Sol Nascente.
 

Muscle March

Músculo total

Para os japoneses poucas coisas são mais engraçadas do que um gaijin (um não-Japonês, estrangeiro), ainda mais se ele for extremamente musculoso e usar sunguinhas. Muscle March aposta nesse amor incondicional dos nipônicos por “bombados” em situações absurdas, ao mesmo tempo em que insere outro elemento muito popular, os tradicionais game shows — especificamente Brain Wall, que inspirou o quadro “De Cara no Muro” do Domingão do Faustão.

Chou Aniki

???

Bem, é melhor que você assista ao vídeo e tire as suas próprias conclusões. No entanto, o TecMundo Games adverte: o conteúdo é perturbador. Como você pode conferir o jogo força os limites do “politicamente correto”, colocando dois protagonistas halterofilistas semi-nus em posições comprometedoras, conforme eles disparam (sabe-se lá o que) contra inimigos igualmente estranhos em cenários reminiscentes a antigas saunas romanas.

Na verdade tudo é uma grande brincadeira, aparentemente os japoneses adoram esse humor exagerado. Todavia, é difícil compreender uma sociedade que encara inimigos usando sungas que utilizam homens como um “pula-pula” (pogostick) como humor de primeira.


Mr. Mosquito

Cuidado com a dengue

Esse aqui é menos estranho, o que não significa dizer que não compartilhe das mesmas bizarrices de seus compatriotas. Mr. Mosquito apresenta um conceito diferente e não tão absurdo, você é um mosquito que deve alimentar-se (de sangue) de uma família despercebida.

O fator Japão entra em campo quando o mosquito pode “observar” a sua presa no banheiro, além de “picar” as pobres vítimas em locais pré-determinados (e bem escondidos). Caso a pessoa perceba que você está sugando o seu sangue ela automaticamente tentará esmagá-lo e para fugir da briga o inventivo Mr. Mosquito deve picar pontos de acupuntura que aliviarão o stress da vítima, colocando-a para dormir.


Love Death 2

Pervertido

Essa pérola é um bom exemplo do fetichismo japonês chamado kegadoru (que implica excitação ao ver mulheres machucadas). Como se isso já não fosse suficientemente pervertido, o título em questão ainda coloca você na pele de um garoto de gosto bem peculiares, além de dar um tapas nas garotas ele também gosta de agredi-las com bolas de futebol (outra paixão nacional) — por sinal, este é um jogos mais “leves” do gênero.


Chulip

Extreme dating

Em Chulip você comanda o rei dos beijoqueiros, um garoto com óbvios problemas sociais que pretende aumentar a sua “moral” com a garota amada, beijando qualquer pessoa, animal ou objeto presente na tela.

O jogo é uma derivação dos tradicionais Bishojo games, títulos de conteúdo adulto cujo objetivo é “conquistar” uma garota.


Boon-ga Boon-ga

Brincadeira de mau gosto

A trama é bem simples, torture uma série de pessoas que te desagradam (como o seu chefe, aquele cara chato da escola, a professora mandona...) com um controle com o formato de um dedo gigante — imagine as consequências. O jogo recebeu outro nome (Spank 'Em) e um novo controlador, mas o estrago já estava feito, mesmo porque a abertura do jogo mante os “dedinhos voadores”.

Na realidade esta “brincadeira” se chama kancho e é o equivalente japonês de alguns de nossos trotes — não tão invasivos — que testam bruscamente a resistência dos elásticos das roupas intimas dos garotos. Agora somente os japoneses para acharem que proctologia amadora é uma brincadeira inofensiva.


Osu! Tatakae! Ouendan

Motivacional

Vamos lá galera, vocês conseguem! Nada como uma palavra de apoio quando você mais precisa. Essa é toda a premissa de Ou! Tatakae! Ouendan, que coloca o jogador no comando de uma equipe de animadores que deve incentivar pessoas em situações desesperadas.

Isso mesmo, nada melhor para estudar para aquela prova de física do que com um bando de animadores gritando e torcendo por você. Não consegue prender aquele assassino serial, espere pelo apoio da galera. Um asteroide vai se chocar com a Terra, vamos cantar e afastá-lo daqui.


LSD: The Dream Emulator

“Dorgas mano”

O nome é auto-explicativo portanto muito cuidado antes de assistir o vídeo. Como era de se esperar o título é uma espécie de alucinação digital inspirada na droga em questão. O jogo não tem nenhum objetivo, inimigos ou itens a serem coletados, na verdade você não faz nada, só fica pirando na frente da tela.


Katamari Damacy

Cosmogonia

Katamari pode ter um conceito extremamente absurdo e relativamente profano, mas é incrivelmente divertido e envolvente. Na pele do filho do Príncipe do Cosmos, você deve reconstruir o universo — destruído pelo seu pai, o rei do Cosmos, após uma noite de bebedeira.

Para tanto você deve rolar uma bola adesiva capas de prender qualquer objeto em seu caminho, incluindo pessoas, animais, carros, prédios e outras coisas. O objetivo é utilizar tudo isso para reconstruir as estrelas — para que explicar o fato de que as estrelas são grandes bolas luminosas de plasma e não um amontoado de lixo grudado).


Nobi Nobi Boy

Aleatório

Do mesmo criador de Katamari, chega um jogo sobre... Keita Takahashi da Namco Bandai deve ter minhoca na cabeça e ela fugiu para o PS3. Nobi Nobi Boy é aleatoriamente intrigante, em linhas gerais você assume o papel de uma coisa vermicular quadrúpede que movimenta-se pelo cenário. Por sinal, a criatura em questão também pode esticar o seu corpo e movimentar-se em ambas as direções. Em suma o jogo é tão estranho que nem tem como defini-lo.


Seaman

Homem do mar

Aparentemente inocente esse jogo esconde um terrível segredo. Você acha que vai jogar um simples simulador de vida, no qual o objetivo é cuidar de um pequeno peixe que vai crescer evoluir e finalmente sair do aquário, no entanto, como trata-se de um jogo japonês a bizarrice está a espreita e basta dar uma olhada no seu peixinho para saber o porque.

Bem estas são apenas alguns exemplos, sendo que esta tendência inexplicável também estende-se aos seus comerciais e ilustrações das caixas de jogos, mas isto é assunto para outro especial. Se você lembrou de outra pérola do oriente não deixe de comentar.

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