Já estamos em dezembro, à beira de mais um Natal, outro Ano Novo, muitas bebedeiras, festas, comilanças, guloseimas e, é claro, games para todo mundo. Ainda que 2014 tenha sido “morno” para os jogadores, ele representou um período importantíssimo para a indústria e, acima de tudo, fomentou o mercado brasileiro, que cada vez mais ganha maturidade.
Essa importância se deve sobretudo ao período de transição pelo qual atravessamos. É natural que exista demora para uma nova geração engrenar. Hoje, Xbox One e PlayStation 4 estão aí, com um ano de ciclo de vida, cada qual com suas propostas e seus exclusivos.
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A competitividade é acirrada para os dois lados. Os preços, sabemos bem, são um entrave eterno para o Brasil, que é refém dos piores encargos do mundo. Ainda assim, nada ofusca a paixão que o brasileiro tem ao tratar o assunto – somos muito mais empolgados e eloquentes do que “sérios” e “industrialistas” quando o assunto é video game.
Afinal de contas, essa é a essência dos jogos: diversão. E foi exatamente esse aspecto que Willen Puccinelli, gerente-geral de Xbox na Microsoft Brasil, e Renato Voltarelli, gerente de Xbox One para o país, ressaltaram em entrevista ao BJ sobre o primeiro ano do console por aqui. Num bate-papo informal conosco, os executivos falaram sobre a paixão do brasileiro, o compromisso da marca com o nosso mercado, o sucesso da plataforma por aqui e outros detalhes que você confere na entrevista adiante.
“O Brasil para a Microsoft não é uma oportunidade, é uma realidade” – Willen Puccinelli
Renato Voltarelli, gerente de produtos Xbox, e Willen Puccinelli, gerente-geral da marca para o Brasil
Obrigado por conversar conosco, Willen e Renato. Bom, vamos direto ao ponto: o Xbox One foi lançado oficialmente no Brasil há um ano, em novembro de 2013, junto com o resto do mundo. De cara, a LIVE chegou junto, e o preço está competitivo. Sabemos o tamanho da comunidade Xbox por aqui. O que vocês podem nos dizer deste primeiro ano de console no país?
Você já fez uma leitura correta: o tamanho dessa comunidade. A Microsoft veio com todo um plano de introdução bem estruturado, com um panorama do Brasil e um porquê de chegar aqui assim. Pois eu te digo: o Brasil para a Microsoft não é uma oportunidade, é uma realidade em todas as nossas linhas de negócio.
Construímos um mercado aqui. Quando trouxemos a produção local do Xbox na Zona Franca de Manaus, já viemos com esse plano. E com o Xbox One foi assim: buscamos a melhor proposta de valor, o melhor preço, enfim, tudo para que pudéssemos entregar o console ao gamer brasileiro.
O resultado foi extremamente positivo. Pudemos atingir todas as metas que estabelecemos e até passamos as vendas. Hoje, temos que buscar formas de suprir a demanda. Mesmo com Copa do Mundo, eleições e tudo mais, a resposta do gamer brasileiro foi muito positiva. O Xbox 360 ainda é uma realidade também, oferece uma ótima experiência de entrada.
Desde o início do Xbox One, temos uma equipe especializada em desenvolver conteúdo para o console, especialmente para a LIVE. Esse um ano de aniversário mostrou uma forte liderança da Microsoft: o console foi lançado em apenas 13 países, e o Brasil foi um deles. No geral, foi incrível. Hoje, todos os games lançados no mundo chegam ao Brasil.
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O Brasil definitivamente entrou no mapa dos games, e a concorrência fica cada vez mais acirrada. Os outros consoles também chegaram por aqui em caráter oficial. Considerando a filosofia Xbox/Microsoft, vocês conseguem nos descrever os principais desafios, eu digo, as eventuais dificuldades dessa chegada do Xbox One por aqui, além do que já foi dito?
Acho que, sempre que se faz uma análise geral, existem dificuldades. Conseguimos trabalhar para minimizá-las. Acho que todo esse trabalho dos três anos de produção local e os esforços da equipe ajudaram muito.
O maior desafio talvez tenha sido transmitir a mensagem em pouco tempo ao consumidor, fazer com que o Xbox One fosse o produto de desejo no Natal. Tivemos o lançamento no final de novembro, distribuição de produto, varejistas, canais do Brasil, tudo isso é difícil: a distribuição, o acesso. A demanda foi grande, e é por isso que falo de compromisso. Sair de Manaus, chegar de barco, distribuir... Acho que esse era o grande desafio. Parceiros mudaram agendas, equipes trabalharam em conjunto e tivemos uma grande resposta em vendas.
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E esse compromisso se estende também ao conteúdo dos jogos: todos eles estão chegando localizados a todas as plataformas. Essa é uma etapa cada vez mais frequente no Brasil, o que mostra um mercado aquecido. Podemos continuar contando com o apoio da Microsoft para os próximos lançamentos? Tem Quantum Break e muito mais chegando por aí...
Os estúdios entendem isso hoje. Além dos jogos, temos, no caso do Xbox One, o time da dashboard, a equipe que realiza os testes com o Kinect, o trabalho com menus, interface. O cara tem que entender os sotaques, tem que funcionar, tem que ter acesso ao jogo.
Então, respondendo a sua pergunta, o compromisso da Microsoft só aumentou. Claro que ainda não dá para confirmar se os jogos que estão por vir serão localizados, mas o nosso compromisso só aumentou. Estaremos completamente engajados para que isso aconteça, pode ter certeza. Traremos também vários desenvolvedores independentes para a plataforma [Xbox One], e isso trará uma enorme quantidade de jogos para a plataforma.
“Não há momento melhor para ser gamer do que em 2015. Se alguém ainda não é, que seja agora” – Willen Puccinelli
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Sobre o conteúdo multimídia, que tem muita coisa para o Brasil, sabemos que a Xbox LIVE construiu uma base enorme aqui, e hoje a rede tem promoções incríveis, a exemplo do que ocorreu com a Black Friday. Ações assim vão continuar acontecendo? Ofertas especiais e surpresas da LIVE?
Esse é o esforço que fazemos para dar uma cara brasileira à LIVE. Isso é feito em conjunto com o time do Brasil, é uma galera que fala com as publishers e com os parceiros para buscar ofertas agressivas, como as que você viu na Black Friday.
Hoje, ser Gold é obrigatório. Além dos jogos gratuitos mensalmente, as promoções só aumentam. Há também a experiência multiplayer através da LIVE, e essa base está crescendo exponencialmente.
Temos parceiros fortes como Netflix, Telecine Play, Saraiva, sem falar nas conquistas. Esses dias eu estava meio gripado e bati seis capítulos de “House of Cards” no Netflix, e brotou uma conquista. É uma forma de ser social. A própria dashboard é uma atividade social.
“O jogador brasileiro é muito apaixonado. Ele vê os games como o seu time” – Renato Voltarelli
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É interessante esse engajamento que vocês citaram. O gamer brasileiro tem uma coisa especial: ele é muito empolgado, ele enxerga o negócio de forma menos quadrada. É assim mesmo que vocês veem?
O jogador brasileiro é muito apaixonado. Ele vê os games como o seu time de futebol, fala sobre isso de forma empolgada, dá o feedback. O jogador aqui é muito social, gosta da interação. Esse engajamento funciona.
Willen e Renato, novamente, muito obrigado pelo seu tempo respondendo a essas perguntas. Esperamos que o console continue oferecendo muito conteúdo e que a Microsoft permaneça dedicada nos planos com a comunidade brasileira. Alguma mensagem especial aos fãs da marca?
Estamos muito felizes com esse momento do Xbox e queremos chamar mais pessoas para dividir isso com a gente. Trouxemos a melhor proposta de valor, as melhores ofertas, preços competitivos, um console fabricado 100% no Brasil, e tudo isso porque existe essa comunidade apaixonada que a gente quer atender.
“Ainda não sabemos nem a pontinha do iceberg do que está vindo ano que vem” – Willen Puccinelli
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É o melhor momento para ser gamer. Ano que vem traz muitas surpresas e promessas. Ainda não sabemos nem a pontinha do iceberg do que está vindo por aí. É o melhor momento para ser gamer no Brasil e no mundo.
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