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Review: Super Mario Galaxy 1 + 2 é coletânea de jogos imunes ao tempo

Apesar do preço alto, relançamento de Super Mario Galaxy mostra o poder e diversão dos jogos do encanador no Nintendo Switch. Confira a análise completa.

Avatar do(a) autor(a): Victor Alcaide Teixeira

schedule30/09/2025, às 10:00

updateAtualizado em 30/09/2025, às 17:23

Review: Super Mario Galaxy 1 + 2 é coletânea de jogos imunes ao tempo

A Nintendo nunca dá ponto sem nó e sabe bem como aproveitar oportunidades. No embalo do anúncio de Super Mario Galaxy: O Filme, com janela para 2026, a Big N achou que seria uma boa hora para reintroduzir os dois principais jogos 3D do mascote bigodudo durante a sua comemoração de 40 anos. E, convenhamos, não há momento mais oportuno que este.

Super Mario Galaxy 1 e 2 são os games mais geniais de plataforma 3D da história dos videogames. Isso não é opinião, é fato. Brincadeiras à parte, a coletânea chega para saciar a sede por um novo título do encanador no Nintendo Switch 2. Afinal, Super Mario Odyssey foi lançado há um bom tempo, em 2017.

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Ter revisitado as duas aventuras intergalácticas de Mario no Switch 2, com poucas, porém bem-vindas melhorias de qualidade de vida, o que inclui uma excelente localização para o português do Brasil, diga-se, me fez compreender por que a Nintendo não se deu ao trabalho de recriá-las com tratamento de remake ou remaster de luxo. Por quê? Bem, porque simplesmente não precisa.

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Pingos nos is

Antes de falar sobre os jogos em si, preciso colocar o dedo na ferida: preço. E não, não pretendo apontá-lo como uma ressalva, mas me explico. Se o custo for tratado como ponto negativo, no atual cenário em que vivemos, com as coisas encarecendo de forma descomedida, esse seria um problema de quase todo jogo.

Críticas a preços abusivos devem sempre ser feitas pelos meios corretos, mas eu acabaria me repetindo em toda análise. Vou me desgastar ao redigir a mesma coisa, e você, caro leitor, também ficará saturado de ler os mesmos argumentos. Não é segredo para ninguém: jogar videogame custa caro e, mais do que nunca, é considerado um hobby de luxo.

Seja uma coleção com dois títulos de Wii de quase duas décadas, que é o caso aqui, ou um lançamento nas plataformas concorrentes, 400 reais é um preço proibitivo para qualquer produto de entretenimento, sejamos realistas. Não há como normalizar esse valor num país cujo poder aquisitivo está cada vez menor, mas isso, cá entre nós, não é culpa de uma única empresa.

Logo, Super Mario Galaxy 1 + 2 é caro, assim como outros jogos de grande expressão, inclusive nos consoles com os quais o Nintendo Switch coexiste, até no PC. Postos os pingos nos is, preço sempre foi uma questão para nós, no Brasil, que amamos videogame, mas creio que não seja o caso de pontuá-lo como um revés de review, já que o buraco, como você bem sabe, é mais embaixo.

Sinônimos de perfeição

Perfeição é utopia, mas a busca pela melhoria contínua, mesmo diante de algo praticamente definitivo, tem seu valor. A compilação dos irretocáveis Mario Galaxy mexe no que realmente precisa e traz ajustes na resolução de ambos os jogos, com upscale para 1080p no Switch, enquanto o Switch 2, por meio de uma atualização gratuita, atinge o almejado 4K quando acoplado ao dock, conectado à TV. É lindo de ver.

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Para quem acha que não é grande coisa, o Wii rodava esses dois jogos nativamente a 480p, então, sim, o salto na qualidade da imagem é gritante, sobretudo na TV, no Switch 2, ainda que as cutscenes quebrem a harmonia por não terem recebido o mesmo cuidado. A imagem é cristalina, agora com cores mais vibrantes, e só realça o trabalho exemplar da Nintendo em seu processo de criogenia técnica e criativa.

 

E não, não é só no visual: do level design dos planetas aos personagens que transbordam carisma, Galaxy 1 e 2 irradiam engenhosidade tanto quanto Super Mario Odyssey e Super Mario 3D World + Bowser's Fury, os mais recentes. São jogos brilhantes, cada qual com suas virtudes, e que continuam imunes ao tempo.

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O primeiro Mario Galaxy, entretanto, só não é um nota 10 para mim em razão de seu hub, o Observatório Comet, que é um tanto cansativo de navegar. Sua sequência, por outro lado, corrige esse deslize, apostando em uma estrutura mais, digamos, old-school de Mario, com uma área central mais contida e, principalmente, fases segmentadas em um mapa linear.

Além de depositar suas moedas em batalhas mais frequentes contra chefes, Mario Galaxy 2 tem Yoshi como protagonista da experiência, sendo o twist que a série precisava para dar nova vida às galáxias, já que abre uma nova paleta de desafios de gravidade. Não hesito em dizer que Mario Galaxy 2 é, na minha humilde opinião, o melhor Mario 3D lançado até hoje.

No 2D ou 3D, o fato é que os jogos de Mario sempre fizeram questão de se reinventar a cada fase, prezando por estímulos constantes de dopamina. Na franquia Galaxy, contudo, esse anseio por inovação é elevado ao quadrado: os planetas têm temática própria, transformações únicas e adoram pegar o jogador de surpresa com obstáculos imprevisíveis. Dá para contar nos dedos de uma mão só as vezes em que a Nintendo recorre às mesmas soluções de design entre um estágio e outro.

Mais qualidade de vida

Não que precisasse, mas Mario Galaxy 1 + 2 trouxe controles adaptados ao Nintendo Switch, com refinamentos sutis nos comandos, especialmente nas ações de movimento com os joy-cons. No entanto, por mais que a jogabilidade esteja em sua melhor forma, por serem jogos de Wii, coletar estrelitas pode ser um tanto frustrante com a mira giroscópica – o Pro Controller é o que mais sofre nesse sentido.

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A interface, por sua vez, está mais agradável e agora condiz com os games atuais do encanador, sem perder a elegância e o estilo minimalista que caracteriza a geração do Wii. Pensando em tornar as duas jornadas mais acessíveis a crianças ou pessoas que não têm familiaridade com jogos, há um modo ajuda para dar vidas extras ao nosso mascote, também o protegendo de quedas nas armadilhas mais cabeçudas. Fica a dica para quem quer se aventurar no cooperativo com alguém que não tem muita habilidade no controle.

Vale a pena?

A coletânea Super Mario Galaxy 1 + 2 carrega nas costas os dois melhores games de plataforma 3D protagonizados por Mario. Ambos parecem ter sido congelados no tempo e não mostram sinais de desgaste em absolutamente nada – muito pelo contrário: ressaltam a bruxaria da Nintendo em criar games mágicos e atemporais.

Otimizações pontuais foram aplicadas para torná-los mais amigáveis a novos públicos, mas, honestamente, nem precisava disso tudo. Mario Galaxy 1 e 2 merecem ser dicionarizados como sinônimos de perfeição nos videogames. Só quem vivencia essa jornada sabe o quanto o bigodudo foi longe (até o espaço, literalmente) para se superar em criatividade.

Nota: 100

Prós (pontos positivos):

  • Mais qualidade de vida, dos controles aos menus;
  • Upscale considerável na resolução, sobretudo no Switch 2;
  • As assistências tornam as aventuras mais convidativas;
  • O que há de melhor na série Mario: dois jogos imunes ao tempo;
  • Textos bem adaptados para o português do Brasil.

Contras (pontos negativos):

  • Mira giroscópica um tanto imprecisa para coletar estrelitas.

Uma cópia de Super Mario Galaxy 1 + 2 foi gentilmente cedida pela Nintendo para o propósito de análise no Nintendo Switch 2. O jogo também está disponível para Nintendo Switch

E aí, você acha que vale a pena revisitar os clássicos com esse preço? Comente nas redes sociais do Voxel e TecMundo.

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