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Moon Studios vai fechar após reviews negativas de No Rest for the Wicked? Entenda polêmica com estúdio de Ori

Cofundador do estúdio disse que a empresa não está em "perigo" no momento, mas estaria sofrendo bombardeio de análises negativas

Avatar do(a) autor(a): Mateus Mognon

12/05/2025, às 13:03

Moon Studios vai fechar após reviews negativas de No Rest for the Wicked? Entenda polêmica com estúdio de Ori

A Moon Studios, conhecida mundialmente pelo aclamado Ori and the Blind Forest, está enfrentando uma fase turbulenta. Seu mais novo projeto, No Rest for the Wicked, lançado em acesso antecipado no Steam, recebeu críticas mistas que acenderam um alerta vermelho para o futuro da empresa, de acordo com uma publicação realizada no Discord.

Segundo Thomas Mahler, CEO e cofundador do estúdio, o bombardeio de avaliações negativas pode comprometer tanto o lançamento completo do jogo quanto a continuidade da própria desenvolvedora. Mahler foi direto ao se pronunciar em um servidor oficial no Discord. “Se você quer ver o jogo finalizado, é essencial que a nota no Steam melhore”, afirmou, alertando que a empresa poderia fechar as portas “em questão de meses” caso a situação não mudasse. 

O apelo dividiu opiniões, mas acabou gerando uma onda de apoio e uma melhora no índice de aprovação do game na plataforma. Com 30% de desconto atualmente, o game de R$ 81,89 agora conta com análises “ligeiramente positivas" na plataforma.

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No Rest for the Wicked sofre com bombardeio de reviews, diz CEO do estúdio

Lançado em abril de 2024, No Rest for the Wicked marca a estreia da Moon Studios no gênero action RPG, se afastando do estilo metroidvania que consagrou os jogos da série Ori. Ainda em acesso antecipado, o título vinha acumulando avaliações “mistas” no Steam. As principais críticas envolviam dificuldade elevada, sistemas pouco explicados, ausência de multiplayer e mecânicas como timers para melhorias em cidades e progressão baseada em grind.

Após a repercussão, Mahler tentou esclarecer sua posição no Twitter, afirmando que a Moon Studios “não corre perigo financeiro imediato”. No entanto, ele manteve o alerta sobre os riscos do modelo de acesso antecipado quando as expectativas do público não são bem alinhadas. 

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No Rest for the Wicked, do estúdio de Ori and the Blind Forest.

Além disso, segundo o CEO da Moon Studios, parte das análises negativas teria motivações “políticas” ou estariam sendo usadas como forma de pressionar o estúdio. “Aparentemente qualquer um que não inclua cinco personagens trans em seu jogo e não deixe seus produtos serem influenciados por besteiras políticas é um nazista”, disse o desenvolvedor.

O cofundador da Moon Studios também disse que o estúdio se envolveu em polêmicas devido a guerra entre Ucrânia e Rússia. “Quando a guerra entre Rússia e Ucrânia estourou e eu respondi no Twitter dizendo que a Moon Studios não se posicionaria publicamente”, explicou o dev. “No dia seguinte, uma carta de ameaça com uma foto de Putin foi colada na porta do meu escritório, cheia de insultos do início ao fim.”

Estúdio agora é 100% independente

Mahler também relembrou que a Moon Studios precisou assumir riscos significativos para manter a independência. Em março, a desenvolvedora comprou os direitos de publicação de No Rest for the Wicked, anteriormente nas mãos da Private Division, selo da Take-Two. A mudança tornou o estúdio 100% independente, mas aumentou a responsabilidade sobre o sucesso financeiro do título.

Com a saída da Take-Two e o fim do suporte da Private Division, a Moon Studios passou a depender exclusivamente da performance de No Rest for the Wicked para garantir sua estabilidade. “Não existe um grande publisher nos segurando. Se não vendermos, não conseguimos continuar”, disse Mahler. 

Atualização massiva chegou ao game recentemente

Antes do comunicado polêmico, No Rest for The Wicked recebeu a atualização The Breach, a maior já lançada para o jogo desde sua estreia. O update trouxe 11 mil alterações e expansões significativas no mundo de jogo, dobrando o tamanho do game.

Resta agora esperar para ver se o suporte contínuo e o apoio da comunidade do game podem ajudar o estúdio a não fechar as portas. E aí, qual a sua opinião sobre o assunto? Comente nas redes sociais do Voxel.


Mateus Mognon é jornalista formado pela UFSC com mais de 10 anos de experiência no mercado online. Editor no site do TecMundo, gerenciando os cadernos do Voxel (games) e do Minha Série (entretenimento).


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