Famosa por seus jogos de zumbis com a franquia Resident Evil, a Capcom resolveu expandir seu portfólio de jogos com mortos-vivos em 2008 ao lançar Dead Rising no Xbox 360, e posteriormente em mais plataformas. Agora, o jogo receberá uma versão remasterizada para a nova geração em setembro, e eu estou impressionado com o trabalho realizado pelo estúdio no relançamento.
A Capcom liberou para o Voxel uma prévia antecipada do game que permitiu testar mecânicas de gameplay e dar um confere nos novos gráficos do jogo. O teste ocorreu no PC usando uma build da Steam com um trecho jogável do modo 72 horas.
Enquanto a parcela liberada para o teste não é muito grande, já deu para perceber que a Capcom não está para brincadeira com o assunto é remasterizar seus jogos.
Visual de nova geração
Apesar de trazer “Remaster” em seu nome, a nova versão de Dead Rising traz melhorias que quase colocam o jogo na categoria dos remakes — que possuem mudanças mais profundas na experiência de jogo. Enquanto o gameplay continua bastante similar ao que tínhamos na versão original, mas com alguns aprimoramentos, o grande destaque fica para o visual.
Assim como é possível ver no trailer, o salto gráfico trazido no remaster é notável durante o gameplay de Dead Rising. O jogo foi recriado usando a nova versão da RE Engine, o mesmo motor gráfico utilizado nos remakes de Resident Evil.
Com isso, o protagonista Frank, os personagens da história e os zumbis estão com visuais renovados. O mesmo também acontece com os ambientes, que trazem uma evolução considerável em relação aos jogos anteriores da franquia.
História e gameplay nostálgicos, mas com melhorias e dublagem
Enquanto o visual é claramente o chamariz da nova versão de Dead Rising, precisamos destacar o fato da remasterização chegar com dublagem em português brasileiro. Enquanto empresas como a Square Enix sequer legendam certos relançamentos, ver a Capcom adicionando vozes em PT-BR no jogo é um grande avanço para os games no nosso país. Tomara quem mais empresas sigam esse exemplo.
Além disso, a empresa também realizou melhorias para revitalizar o gameplay de Dead Rising, mas mantendo a essência da jogabilidade. Todo o jogo ainda gira em torno do jornalista Frank West, que vai realizar uma reportagem sobre um apocalipse zumbi no interior dos Estados Unidos e acaba preso em um shopping.
Dead Rising Deluxe Remaster aprimora os gráficos do clássico jogo da Capcom
A diferença é que a experiência agora está aprimorada para os “novos tempos”. O jogo conta com salvamento automático, interfaces atualizadas para facilitar o gameplay e controles modernos — ainda trazendo a opção de usar os comandos originais.
Testes no PC
O port da versão de PC também conta com novas tecnologias interessantes, mostrando que a Capcom deu atenção ao jogo nesse quesito. Por aqui, testamos o jogo com gráficos no máximo em um PC potente, em resolução 1440p.
Sistema utilizado para testes
Monitor: Mancer Valak VX3H - Veja review
Placa-mãe: MSI Pro Z790-P Wi-Fi
Processador: Intel Core i9-13900
Placa de vídeo: Nvidia Geforce RTX 4070 Founders Edition
Memória RAM: 64 GB com Kingston Fury DDR5 de 32 GB (2x16) e Lexar Ares DDR5 de 32 GB (2x16)
SSD com games: Lexar NM790 de 4 TB
Sistema: Windows 11
Mesmo sendo uma versão prévia, o game rodou com gráficos no máximo em resolução QuadHD com framerate ilimitado. Ou seja, quem possui um hardware de qualidade não precisa se preocupar com detalhes técnicos — pelo menos foi essa a experiência que tivemos na preview.
Além disso, vale destacar a presença de novas tecnologias no game. A edição de PC conta com AMD FSR e suporte para Intel XeSS, duas tecnologias voltadas para aprimoramento de imagem que garantem mais frames por segundo no gameplay.
Nova versão de Dead Rising traz DLSS, FSR e mais tecnologias gráficas.
Quem usa GPU Nvidia também está bem servido. O jogo conta com suporte para DLSS na sua versão completa, permitindo usar a tecnologia de upscaling em diferentes níveis de qualidade. Além disso, o pacote de tecnologias também inclui suporte para o Nvidia Reflex e função de geração de frames, esta última que só funciona em GPUs mais recentes da marca.
Toda essa evolução técnica, no entanto, acaba pesando nos requisitos mínimos e recomendados do jogo. Dead Rising Deluxe Remaster é uma experiência voltada para plataformas modernas e, por causa disso, aproveitar o game em todo o seu esplendor exige um hardware mais robusto em relação aos lançamentos anteriores.
Requisitos Mínimos
- Requer um processador e sistema operacional de 64 bits
- SO: Windows 10 (64bit) / Windows 11 (64bit)
- Processador: Intel Core i7-6700 / AMD Ryzen 5 3400G
- Memória: 16 GB de RAM
- Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1060 (6GB) / AMD Radeon RX 580
- DirectX: Versão 12
- Rede: Conexão de internet banda larga
Requisitos Recomendados:
- Requer um processador e sistema operacional de 64 bits
- SO: Windows 10 (64bit) / Windows 11 (64bit)
- Processador: Intel Core i7-8700 / AMD Ryzen 5 3600
- Memória: 16 GB de RAM
- Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1070Ti / AMD Radeon RX 5700
- DirectX: Versão 12
- Rede: Conexão de internet banda larga
- Outras observações: NVIDIA GeForce RTX 3080 ou AMD Radeon RX 6900 XT é necessária para suportar 4K/60fps.
Vale a pena?
Dead Rising Deluxe Remaster chega no dia 18 de setembro para PC, PS5 e Xbox Series S e X. Tanto para fãs do jogo original quanto para gamers que não conhecem a franquia, vale a pena deixar o lançamento no radar.
Enquanto o gameplay ainda tem aquele gostinho de farofa da geração do Xbox 360, a Capcom realizou mudanças interessantes para revitalizar o game, como adicionar salvamento automático e aprimorar os controles. No entanto, o salto visual e a dublagem realmente fazem a diferença na experiência com o jogo.
Dead Rising Deluxe Remaster aprimora bastante a experiência com o jogo da Capcom
O título chega ao PC custando R$ 200, mas já é possível encontrar o jogo em promoções por valores abaixo dos R$ 180. Considerando os padrões da Capcom, a tendência é que o título também entre em promoção nos próximos meses e eventualmente apareça em serviços como o Xbox Game Pass e PS Plus Extra.
Com isso em mente, mesmo que você não esteja disposto a pagar preço cheio, vale a pena ficar de olho nesse jogo, que é uma aula de remasterização da Capcom e deve ser seguido como exemplo por outras empresas.