RTX 40: conheça todas as GPUs da linha, especificações e preço

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Em 2022, a Nvidia lançou oficialmente as primeiras placas de vídeo da família RTX 40, inicialmente com as GPUs GeForce RTX 4090 e RTX 4080. Os modelos topo de linha chegaram ao mercado em outubro, com os modelos intermediários e de entrada lançados ao longo de 2023.

A Nvidia costuma lançar novas gerações a cada 2 anos, então as RTX 4000 não devem receber modelos novos, salvo por versões atualizadas ou uma eventual RTX 4050 “baratinha”. Pensando nisso, o Voxel preparou um compilado detalhado da família de GPUs.

Todas as placas RTX 40 até julho de 2023

A terceira geração de placas Nvidia com Ray Tracing utiliza a arquitetura Ada-Lovelace. Apesar das várias melhorias em tecnologias embarcadas, principalmente em relação aos núcleos Tensor, de processamento acelerado por IA, a nova série não veio sem uma enxurrada de polêmicas.

Entre projetos térmicos muito altos, conectores que derretem, e modelos que justificam mais a geração anterior do que a atual, a família RTX 4000 é tem soluções e problemas para todos os gostos. Para facilitar na decisão de qual modelo escolher, ou se é melhor ficar nas RTX 3000, segue a lista completa:

GeForce RTX 4090

A GeForce RTX 4090 é a placa topo de linha entusiasta com arquitetura Ada-Lovelace, sendo uma das GPUs mais caras do mercado, mas também a com maior desempenho. O modelo é voltado para usuários sem restrições de orçamento, já que para aproveitar seu máximo desempenho, o setup completo precisa ser topo de linha.

  • GPU: AD102-300
  • Núcleos CUDA: 16384
  • Núcleos Tensor: 512
  • Núcleos RTX: 128
  • Frequência Base: 2,23 GHz
  • Frequência em Boost: 2,52 GHz
  • Memória: 24 GB GDDR6X
  • Barramento: 384-bit
  • Largura de Banda: 1.008 GB/s
  • Operações de Pontos Flutuantes: 82,6 TFLOPS
  • Projeto térmico: 450W
  • Fonte Recomendada: 850W
  • Preço: R$ 10 a 16 mil

GeForce RTX 4090 — Benchmarks internos da NvidiaGeForce RTX 4090 — Benchmarks internos da NvidiaFonte:  Nvidia 

A placa tem um desempenho computacional de 82,6 TFLOPS, e sugere-se uma fonte de 850W para aguentar isso tudo. Como, para não gerar gargalos, todo o sistema deve ser poderoso, o recomendado mesmo é adotar uma fonte com mais de 1000W para evitar sobrecargas.

GeForce RTX 4080

A RTX 4080 é menos poderosa, mas não menos ambiciosa, que a RTX 4090. Com pouco mais da metade dos núcleos CUDA, Tensor e RT, seu desempenho é proporcionalmente menor, chegando a 48,7 TFLOPS. Ainda assim, ela é mais que suficiente para rodar jogos em 4K e configurações elevadas, mas custando até a metade do valor da placa entusiasta.

  • GPU: AD103-300
  • Núcleos CUDA: 9728
  • Núcleos Tensor: 304
  • Núcleos RTX: 76
  • Frequência Base: 2,21 GHz
  • Frequência em Boost: 2,51 GHz
  • Memória: 16 GB GDDR6X
  • Barramento: 256-bit
  • Largura de Banda: 716,8 GB/s
  • Operações de Pontos Flutuantes: 48,7 TFLOPS
  • Projeto térmico: 320 W
  • Fonte Recomendada: 750 W
  • Preço sugerido: R$ 7,5 a R$ 9 mil

Dependendo do jogo, ela superou com certa folga as placas RTX 3000 topo de linha. Além disso, sua principal vantagem é o projeto térmico de 320 W, um pouco menor que da RTX 3080 Ti que compete na mesma faixa de preço.

GeForce RTX 4070 Ti

A GeForce RTX 4070 Ti é o modelo intermediário premium das GPUs Ada-Lovelace. Ela foi projetada para rodar jogos em até QuadHD, gráficos no máximo e taxas de quadro acima dos 100 FPS, ou 4K com algumas restrições. A 4070 Ti tem 40 TFLOPS de desempenho computacional, aproximadamente quatro vezes o do PS5, e seu preço varia de R$ 6 mil a R$ 8 mil.

  • GPU: AD104-400
  • Núcleos CUDA: 7680
  • Núcleos Tensor: 240
  • Núcleos RTX: 60
  • Frequência Base: 2,31 GHz
  • Frequência em Boost: 2,62 GHz
  • Memória: 12 GB GDDR6X
  • Barramento: 192-bit
  • Largura de Banda: 504 GB/s
  • Operações de Pontos Flutuantes: 40,1 TFLOPS
  • Interface: 192-bit
  • Projeto térmico: 285 W
  • Fonte Recomendada: 600 W
  • Preço sugerido: R$ 6 a R$ 8 mil

Comparadas às GPUs mais caras de sua geração, a RTX 4070 Ti entrega entre 30% e 50% menos desempenho. Por outro lado, ela empata com a RTX 3090, que além de menos moderna continua muito cara no Brasil, custando acima de R$ 15 mil.

GeForce RTX 4070

São poucos os brasileiros com sistemas 100% compatíveis com configurações em 4K. Por essa razão, a GeForce RTX 4070 é a primeira placa dessa lista com preços e desempenho que começam a fazer sentido para o nosso mercado.

O modelo tem boas especificações, mira em texturas QuadHD no ultra, entre 60 FPS e 120 FPS, mas consegue ir além, limitando efeitos mais pesados.

  • GPU: AD104-250
  • Núcleos CUDA: 5888
  • Núcleos Tensor: 184
  • Núcleos RTX: 46
  • Frequência Base: 1,92 GHz
  • Frequência em Boost: 2,47 GHz
  • Memória: 12 GB GDDR6X
  • Barramento: 192-bit
  • Largura de Banda: 504 GB/s
  • Operações de Pontos Flutuantes: 29,1 TFLOPS
  • Projeto térmico: 200 W
  • Fonte Recomendada: 500 W
  • Preço sugerido: R$ 4,5 a R$ 6 mil

Seu projeto térmico também é bem mais modesto, de apenas 200W, com uma fonte recomendada de 500W. Isso já faz com que ela seja compatível sem muito esforço com a maioria dos sistemas já montados, sendo uma boa opção de upgrade.

Comparando com a geração anterior, ela fica entre 10% a 15% abaixo dos resultados da RTX 3090 em QuadHD, algo impressionante para um modelo série 70. Muito disso é resultado da atualização do DLLS 3.0, com sistema mais robusto de geração de quadros via Inteligência Artificial.

GeForce RTX 4060 Ti

Teoricamente, as placas série 60 são voltadas para jogabilidade acima de 60 FPS e texturas entre FullHD e QuadHD, dependendo das configurações restantes. Enquanto a linha padrão mira em gráficos entre médio e alto, os modelos Ti permitem ser mais exigentes. A RTX 4060 Ti foi lançada em maio com 8 GB de memória GDDR6X, e o anúncio da versão com 16 GB ocorreu em julho.

  • GPU: AD106-351
  • Núcleos CUDA: 4352
  • Núcleos Tensor: 136
  • Núcleos RTX:  34
  • Frequência Base: 2,31 GHz
  • Frequência em Boost: 2,53 GHz
  • Memória: 16 GB GDDR6
  • Barramento: 128-bit
  • Largura de Banda: 288 GB/s
  • Operações de Pontos Flutuantes: 22,1 TFLOPS
  • Projeto térmico: 165 W
  • Fonte Recomendada: 500 W
  • Preço sugerido: em torno de R$ 3 mil

O problema é que a versão com menos memória entrega um desempenho igual — ou até pior — que as RTX 3060 Ti com a mesma quantidade de VRAM. Além disso, ela também empata em praticamente todos os testes com a GeForce RTX 4060 padrão.

Com isso, fica difícil encontrar um nicho de mercado para encaixar tanto a versão com 8 GB quanto o modelo mais robusto. O preço praticado no Brasil também não ajuda, já que o modelo novo está custando o mesmo, ou até um pouco mais caro que sua antecessora.

GeForce RTX 4060

Fechando a lista, temos a GeForce RTX 4060, esta sim uma boa placa de entrada, mas também deslocada em relação à geração anterior. Projetada para rodar em FullHD, ela ainda tem 15,1 TFLOPS de poder computacional.

  • GPU: AD107-400
  • Núcleos CUDA: 3072
  • Núcleos Tensor: 96
  • Núcleos RTX: 28
  • Frequência Base: 1,83 GHz
  • Frequência em Boost: 2,46 GHz
  • Memória: 8 GB GDDR6
  • Barramento: 128-bit
  • Largura de Banda: 272 GB/s
  • Operações de Pontos Flutuantes: 15,1 TFLOPS
  • Projeto térmico: 115 W
  • Fonte Recomendada: 450 W
  • Preço sugerido: R$ 2.399

Com isso, é quase certo que mesmo em QuadHD ela ainda entregará títulos já lançados, a maioria ainda cross-gen, com gráficos no ultra sem problemas. As dificuldades devem começar a aparecer apenas em lançamentos futuros, potencialmente mais exigentes, mas ainda dentro do esperado para os consoles da geração atual.

Como já mencionado, o desempenho das GeForce RTX 4060 é praticamente idêntico ao das 4060 Ti, mesmo com bem menos núcleos e projeto térmico de apenas 115 W. Este TDP é o mesmo da 4060 para notebooks, trazendo um consumo bastante baixo para uma placa de desktop.

Seu preço também é um diferencial, já que ela está sendo vendida por até R$ 2,4 mil, uma relação custo-benefício bem mais interessante que sua versão turbinada. Contudo, este é também seu ponto fraco, já que seu desempenho é menos de 15% superior ao das RTX 3060, que já são encontradas por menos de R$ 2 mil.

Futuro das GPUs Ada-Lovelace

O lineup das placas GeForce RTX 40 já está bastante consolidado, e ao que tudo indica, sobraram pouquíssimas lacunas de mercado para produtos novos. Com os principais saltos de desempenho entre gerações acontecendo apenas nos segmentos mais caros, o movimento observado foi uma queda brusca no preço da linha RTX 3000.

Por essa razão, acaba sendo difícil recomendar sem ressalvas qualquer placa da série 4000. As opções entre a RTX 4070 Ti e a RTX 4090 ficam fora do orçamento de muita gente, então acabam sendo uma opção apenas para quem já estava disposto a pagar muito caro em uma GPU.

As placas de entrada, RTX 4060 e 4060 Ti, trazem resultados próximos de suas antecessoras, mas custando mais em uma proporção que não justificam o investimento. Dessa forma, o modelo que mais faz sentido da nova geração acaba sendo apenas a RTX 4070, só que ainda estamos falando de uma placa de, pelo menos, R$ 4 mil.

A geração Ada-Lovelace não foi lançada, necessariamente, defasada. No entanto, a estratégia de precificação parece ter sido, no mínimo, equivocada. Tentar forçar o preço para cima, contando com a histeria coletiva das criptomoedas como justificativa, acabou prejudicando o produto em todos os segmentos.

Os modelos topo de linha, sempre muito caros, ficaram com preços ainda mais proibitivos, ao passo que os mais baratos, não ofereceram um upgrade significativo em relação à geração anterior.

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