Preview: Resident Evil 4 Remake é sonho de todo fã; veja gameplay inédito

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A espera foi longa, mas Resident Evil 4 Remake já está quase em nossas portas! O game chega já no dia 24 de março, mas, enquanto falta só um pouquinho pra gente jogar, o Voxel recebeu um material muito legal e assistiu a quase 20 minutos de gameplay inédito. Pois é, muito além do que a gente já viu nos trailers.

Portanto, a gente conta a seguir o que achamos das novidades reveladas e nossas primeiras impressões com base em um hands off, ou seja, não jogamos, apenas vimos um vídeo que nos foi fornecido. Vale lembrar que o jogo original já tem 18 anos e, ainda assim, foi a própria Capcom quem autorizou a revelação desse material, então ele tá seguro de spoilers! Mas... caso você não queira saber nada extra, saiba que falaremos de algumas mecânicas, novidades e mostraremos trechos que envolvem a exploração próxima ao lago, a entrada do castelo e um breve trecho com a luta contra Krauser. Então fica a dica e vem com a gente!

Resident Evil 4 partiu pra ação? O remake volta ao terror

É consenso entre muitos jogadores que Resident Evil 4 foi o game da franquia que “virou a chavinha” pra um gameplay mais orientado à ação, gerando sequências que fugiram bastante do terror claustrofóbico. Contudo, parece que Resident Evil 4 Remake reformula um pouco sua história e, apesar de ter grandes momentos de trocação de bala franca, resgata o sentimento do terror macabro e tenebroso que amamos.

Os trailers já tinham dado esse tom, mas o gameplay que o Voxel assistiu (e você também pode ver) mostra momentos muito mais aterrorizantes, com cenas mais escuras, trechos noturnos e sonoplastia assustadora que certamente usará tecnologias modernas. Pode preparar os fones de ouvido! Quem diria que o bom e velho Resident Evil 4 poderia causar medo, hein?

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A parte da entrada do castelo já foge um pouco mais desse clima tenso, mas é bem legal ver como a área foi repaginada, oferecendo inimigos mais agressivos e até a chance de usar os canhões da área pra detonar quem vier pela frente com mais precisão. Mas é a parte do lago que realmente faz a jogabilidade brilhar.

As cavernas apertadas e escuras, com adversários vindo à toda geram um clima de pânico bem maior do que nos lembramos do game original. Ainda é possível vislumbrar rapidamente o controle do bote e até ver as armas que os monstrengos vão utilizar durante a campanha.

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O mesmo jogo? Não exatamente...

A realidade é que, por mais que estejamos bem empolgados pra rejogar um dos maiores clássicos da história dos games, ter só um belo tapa nos visuais não é o ideal. Apesar de, por enquanto, parecer que esta releitura está sendo extremamente fiel aos cenários, eventos e acontecimentos do original, Resident Evil 4 Remake constantemente joga algumas novidades pra nós.

Os inimigos se parecem bastante com suas contrapartes de 18 anos atrás, mas durante o gameplay que assistimos há sempre uma ou outra carta na manga. Alguns infectados no castelo parecem ter uma evolução maior e mais agressiva do parasita Las Plagas, chamado Mandíbula, assim como, no geral, aparenta que os moradores da vila costumam se transformar com mais frequência do que no material original, oferecendo mais desafios pro novo sistema de combate reformulado, que falaremos a seguir.

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O clássico Garrador parece utilizar todos os elementos que citamos acima, como diversidade nos ataques, ambientação em um cenário muito mais aterrorizante e requer um uso maior das mecânicas inéditas, como esquivas, parries e até o stealth.

Outros elementos parecem repaginados e muito mais modernos também. Por exemplo, agora é possível andar enquanto atendemos uma ligação de Hunnigan! Parece besteira, mas isso não quebra o ritmo da progressão com uma tela estática para diálogos.

Há diversas adições também, como um baú pra armazenar armas, algo legal pra não nos forçar a vender armas antigas, espaços para acesso rápido de armas e equipamentos pra evitar o pause e menu de inventário, e por aí vai. Mas relaxa, as moedas ainda são coletadas nos corpos de oponentes e há até pólvora agora, que deve ser misturada de alguma forma ou usada pra criar munição, algo que não sabemos ao certo ainda.

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Até a progressão da campanha está um pouco diferente, com marcadores de objetivo, ou seja, só uma linha de texto pra explicar o que fazer, remoção das telas de loading a cada fim de capítulo, sidequests pro Mercador pra arranjar uma graninha extra (ou até quem sabe algo novo, ainda não sabemos), novas interfaces mais intuitivas pra combinar tesouros e até uma maleta que você pode personalizar com outras cores e chaveiros.

Tudo isso nos dá uma sensação de frescor, de um jogo que realmente está sendo refeito de acordo com novos padrões (já até foi dito que a maioria dos QTE, Quick Time Events, foram removidos). Entretanto, apesar de nos tranquilizar com as novidades, é claro que gráficos refeitos nesse ar de refresco é sempre bom.

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Gráficos e detalhes incríveis

Bom, a gente sabe do tal do “Raingate”, a polêmica por trás da chuva espessa que muitos fãs apontaram. Contudo, de tudo que vimos, os visuais de Resident Evil 4 Remake estão soberbos. Todas as texturas parecem de altíssima qualidade, os modelos 3D parecem impecáveis, a iluminação aparenta estar espetacular, combinando a lanterna de Leon pra criar sombras em tempo real e muito mais.

Mas isso tudo a gente já meio que esperava, né? O que me surpreendeu foram os detalhezinhos extras que sempre dão o charme de um produto bem polido. Leon agora tem golpes mais fluidos, as animações de combate estão bem mais refinadas, com movimentos do protagonista desembainhando a faca ou até mudando a forma como empunha a arma de acordo com o que está na sua frente e muito mais. Até alguns elementos do ambiente interagem com o personagem, como os ganchos da área do Garrador.

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Outros dois elementos me agradaram bastante: a forma como a câmera muda perspectiva de maneira cinematográfica quando Leon recebe algum golpe de inimigos e o sistema de dano que os adversários e monstrengos recebem.

Pra quem jogou Resident Evil 2 Remake sabe como era legal o sistema gráfico de degradação orgânica a cada bala que os oponentes tomavam. Em Resident Evil 4 Remake, parece que teremos isso implementado em pelo menos a certo grau, como braços de adversários explodindo e por aí vai.

O gameplay que recebemos não especificava em qual plataforma estava rodando, mas a qualidade de resolução era muito alta e a performance parecia bastante estável em 60 fps.

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Combate familiar, mas renovado

Sistema de luta bonito, sistema de luta bem-feito, sistema formoso! Ah, que satisfação ver um gameplay tão redondinho e refinado. Por mais que eu acredite que, ainda hoje, o Resident Evil 4 original segure muito bem as pontas com seu combate, é inegável que Resident Evil 4 Remake parece oferecer uma jogabilidade mais bem temperada e bem mais deliciosa com seu aroma contemporâneo.

A possibilidade de andar e atirar ao mesmo tempo já é algo simples, mas que muda bastante a dinâmica do título de 18 anos de idade. Contudo, o que chama atenção mesmo são as novas mecânicas de esquiva com o R3 e o parry da faca. Em entrevista recente ao GameInformer, o diretor e produtor do game revelaram que essas novidades vieram quando pensaram em remover os QTEs e tentaram imaginar como seria a luta com Krauser, que você pode conferir pequenos trechos no vídeo.

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Tudo é muito rápido e intenso, mas parece que não dá pra abusar constantemente dessa vantagem, já que sua faca pode quebrar com o uso exagerado. Entretanto, parece que a gente vai poder até aprimorar a faca no Mercador pra usar melhor seus recursos. Mas saiba que armas brancas, flechas e até alguns objetos de adversários podem ser refletidos com a faca!

Em alguns momentos, parece até que há a opção de atacar com a faca ou com os golpes corpo a corpo de Leon, ou seja: executar um inimigo e gastar a “saúde” da faca ou ir pra opção com menor dano e salvar o recurso pra depois? As granadas de luz parecem ter um papel maior nisso, já que após um flash, o adversário pode não ser só chutado ou socado, mas sim executado. Mas isso é especulação minha.

Outra coisa que particularmente gostei muito foi a opção do stealth. Ela não parece extremamente rebuscada, mas é legal que não é um simples “sim ou não”, ou seja: você pode fugir de um oponente e se esconder novamente pra um ataque surpresa, como vemos no ataque nas costas do Garrador.

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Leves diferenças em tom e alguns detalhes da trama

Por fim, alguns rápidos comentários sobre mudanças que reparei em Resident Evil 4 Remake. Num geral, parece que a releitura do jogo está mais sóbria e bem menos galhofa, algo que o original exagerava no tom (mas vamos dar um desconto, isso foi em 2005). Eu particularmente gostei de ver Leon mais arrojado e sério, falando um palavrão ou outro, ou até Ramón Salazar com uma postura menos caricata pra algo mais condizente com a realidade.

E, por fim, na luta contra Krauser, Leon cita a Operação Javier, evento em que Leon e Krauser trabalharam juntos, confirmando que, ao menos de certa forma, a cronologia clássica está mantida, apesar de não sabermos detalhes.

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Por enquanto, tudo o que vimos nesse preview de hands off só nos deixou ainda mais empolgados pra jogar Resident Evil 4 Remake, que chega ao PS4, PS5, Xbox Series X|S e PC no dia 24 de março, e vale lembrar: o game vai ter dublagem em PT-BR e uma demonstração em breve! E aí, estão empolgados?

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