O futuro do Xbox: Microsoft fala sobre novidades de games e serviços

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A última E3 (2021) foi um período muito marcante para a marca Xbox, com diversas novas franquias, games empolgantes para os fãs e diversos anúncios que tornaram a apresentação a melhor do evento — e possivelmente uma das mais memoráveis da indústria.

Todo ano, antes do evento principal do Xbox, a Microsoft envia à imprensa um vídeo com diversos figurões da companhia comentando o momento atual e o que a empresa espera para o futuro da marca. No briefing virtual, Phil Spencer e outros executivos contam suas perspectivas do que está por vir e comentam a diversidade, a acessibilidade e até a empolgação com novos jogos, como Starfield.

O discurso dos líderes do Xbox é pregar os valores em que a marca acredita, como aumentar a diversidade na empresa e nos jogos do catálogo do console (o que inclui investir pesado em títulos first party) e, principalmente, gerar novas audiências com o xCloud, o que leva para a primeira novidade.

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xCloud disponível em TVs Samsung (sem precisar de console)

Não é de hoje que a Microsoft flerta com a ideia de criar um ambiente para gamers que não dependa de um console dentro de casa. A partir de 30 de junho, todos os modelos 2022 e as TVs Samsung terão o Xbox App no Gaming Hub, permitindo aos usuários jogar diversos títulos do xCloud sem a necessidade de ter um video game de mesa.

Basta baixar o app, conectar a conta do Game Pass Ultimate e um controle Bluetooth, que pode ser do próprio Xbox ou diversos outros, incluindo o DualShock 4 e o DualSense do PlayStation.

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Apesar de necessitar de uma assinatura, vale lembrar que Fortnite foi recentemente adicionado ao catálogo sem a necessidade de mensalidade. Ou seja, se quiser testar o serviço, basta acessar diretamente o Fortnite.

Inicialmente, o app do Xbox com o xCloud estará disponível em TVs Samsung modelo 2022, mas a Microsoft comentou que quer formar parcerias com outras marcas de televisores. Além disso, a companhia revelou que dois novos países serão compatíveis com o xCloud: Argentina e Nova Zelândia (e já vão se beneficiar do app na TV).

Novidades para jogadores de PC

Se você joga no PC com Windows 11 ou aproveita o PC Gaming Pass, tem coisa boa vindo. Desde o lançamento do novo sistema operacional, a companhia tem implementado recursos interessantes, como o Auto HDR do Xbox e o DirectStorage.

De acordo com a Microsoft, há quatro principais recursos sendo testados: melhorias em games rodando no modo janela, um app de calibragem para HDR, um widget do Game Pass para retomar jogos que estavam sendo jogados e a Controller Bar, que permite controlar diversas coisas no PC com um controle.

  • Otimização para modo janela: aprimora a latência e garante acesso a outros recursos, como Auto HDR e VRR (Variable Refresh Rate).
  • App de calibragem de HDR: para quem tem monitores com HDR, o aplicativo vai ajudar a calibrar a tela e garantir imagens melhores.
  • Widget do Game Pass: uma forma de descobrir novos jogos e retomar de onde parou os games anteriores.
  • Controller Bar: quem nunca conectou o PC à TV e teve que ficar navegando com o teclado e o mouse só para lançar os games? A ideia é que essa nova barra automaticamente apareça quando se conectar um controle Bluetooth, garantindo acessar atalhos e realizar algumas funções diretamente pelo joystick.

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Microsoft Edge com aprimoramentos nos games

Apesar de o navegador não ser a ferramenta mais relacionada a games quando pensamos nele, a Microsoft também comentou que o Edge terá recursos interessantes. Entre eles está o Clarity Boost, que melhora a qualidade de imagem em jogos do xCloud, uma nova seção de games dedicada a notícias e guias para jogos.

Outra novidade legal é uma aba para jogar títulos clássicos, como Paciência, Asteroids (do Atari) e Jewel. A companhia também comentou que toda vez que o jogador rodar um game no PC o Edge vai reduzir o consumo de recursos para não atrapalhar a jogatina.

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Project Moorcroft é uma das estreias para o futuro

Quem aí já participou de uma BGS ou de outros eventos de games e jogou diversos jogos que estavam no chão da feira, ouviu dicas do desenvolvedor ao lado e teve a chance de entender a proposta do que estava jogando? Infelizmente, a pandemia nos privou bastante disso, então a Microsoft quer criar uma solução muito bacana.

O Project Moorcroft vai colocar demos e builds em estágios mais iniciais de desenvolvimento no Xbox Game Pass para que as pessoas possam jogar e passar feedbacks para a equipe de criação dos títulos. É uma chance de aproveitar games novos e ajudar o time a melhorar o produto.

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Ainda há uma vantagem para os desenvolvedores: os jogos que estrearem no Project Moorcroft serão recompensados financeiramente, além de terem a chance de ganhar mais visibilidade para os projetos. O Moorcroft está previsto para estrear em 2023.

O presente do Xbox

De acordo com Spencer no briefing virtual para o pré-show, a divisão do Xbox se encontra em um momento muito bom de software e hardware. Ele explicou que está feliz com a fatia do mercado em que os consoles Xbox estão no momento (e considera um grande feito todo o esforço da equipe ao lançar dois consoles simultaneamente) e contente com as notas e os prêmios que os games do ano passado receberam, como Age of Empires IV, Halo Infinite e Forza Horizon — além de gostar da diversidade de gêneros entre esses títulos.

Outro ponto levantado pelos executivos é como o PC Game Pass está crescendo: segundo Spencer, o serviço cresceu em 300% desde o ano passado, um número impressionante, mas que, de acordo com o chefe do Xbox, ainda está longe da meta alta que ele espera que a plataforma alcance no futuro.

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Por falar em PC, Spencer comentou como a empresa quis quebrar a barreira de jogos em computador e oferecer soluções por lá, como a Microsoft Store e um serviço para jogadores de computador. Jerret West explicou que a equipe está sempre ouvindo o feedback dos fãs e planeja melhorar a distribuição digital dos games por lá, assim como oferecer melhorias. Um dos exemplos citados foi o trabalho de tornar o download de games mais rápido na plataforma.

Atualmente, o ecossistema Xbox tem mais de 100 milhões de jogadores, e a Microsoft quer continuar a ter diversidade de conteúdo e players, que têm todas as idades e se divertem em diferentes plataformas, algo que a companhia destaca como acessibilidade, seja com a nuvem, seja com recursos para integrar pessoas com deficiências.

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Segundo Spencer, a empresa também busca diversificar o que há dentro de casa, com culturas e pessoas diferentes que agregam valor às tomadas de decisão, algo que é público. A Microsoft apresenta dados, mostrando o progresso — e o que não evoluiu também, de acordo com o próprio chefão, que diz: “Não é sobre o destino, é uma jornada; uma jornada para melhorar”.

Além disso, para criar um ambiente seguro e evitar pessoas tóxicas que não condizem com os valores da empresa, a divisão do Xbox tem trabalhado com outros setores da Microsoft para impedir conteúdos ruins e bloquear mensagens de ódio usando IA (muitos dos conteúdos ruins nem sequer chegam aos jogadores).

O futuro do Xbox

O presente está sendo um sucesso, mas o que vem pela frente? De acordo com  Spencer, é preciso  manter a estratégia atual e focar investimentos no xCloud (e Game Pass) e em jogos first party, algo que pode ser bem animador para a comunidade fã da marca.

O xCloud tem sido uma das grandes novidades da companhia. Segundo os dados do briefing virtual, há muitos jogadores novos na plataforma do Xbox por conta da acessibilidade em mais dispositivos. Ashley McKissick, uma das executivas, revelou até que há planos para que o xCloud funcione com mais títulos que os jogadores já têm ou que comprem (desde que eles sejam compatíveis com a nuvem e assinantes Ultimate), evoluindo o modelo atual.

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Atualmente, o Xbox está expandindo o xCloud para TVs e para dois novos países: Argentina e Nova Zelândia. Para comportar cada vez mais jogadores no ecossistema, Ashley disse que a Microsoft está investindo na capacidade dos servidores e em tecnologias que vão reduzir o tempo de loading para entrar na jogatina em nuvem.

A ideia é continuar evoluindo o que tem dado certo, que é ter múltiplas soluções para diferentes públicos no PC, em consoles, TVs ou dispositivos móveis, como celulares e tablets. O que Spencer quer projetar para o futuro, para os próximos 20 anos de Xbox, é uma plataforma que agregue ainda mais usuários e chegue à casa do bilhão de jogadores.

E a exclusividade de jogos de Bethesda e Activision-Blizzard?

Dois grandes feitos na história do Xbox são as compras de gigantes da indústria: Bethesda e Activision-Blizzard. Isso levantou muito debate entre os fãs da marca se jogos que amados se tornariam exclusivos da Microsoft. A resposta é: depende.

Matt Booty, head do Xbox Game Studios, disse no briefing que a última coisa que querem fazer é acabar com uma franquia com fãs em todo o mundo, dando como exemplo Minecraft, que, mesmo depois de a Mojang ser adquirida pela Microsoft, não se tornou um jogo exclusivo.

Entretanto, alguns games serão exclusivos do ecossistema Xbox no futuro, tal qual Starfield recentemente. Nenhum exemplo específico foi citado, mas, dado o teor do comentário de Booty, possivelmente grandes franquias como Diablo, Call of Duty, Fallout e Overwatch podem (ainda de forma incerta) continuar a ser multiplataforma.

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O Xbox + Bethesda Showcase acontece no próximo domingo, 12 de junho, e terá diversas novidades de jogos e serviços da Microsoft. O Voxel fará a cobertura completa a partir das 13h (horário de Brasília). Haverá uma segunda apresentação na terça-feira, 14 de junho, com mais detalhes do que será revelado no domingo. Acompanhe o Voxel nas redes sociais e no canal do YouTube para ficar por dentro de tudo!

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