25 anos de Final Fantasy VII: o melhor RPG da história?

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Imagem: Square Enix

Final Fantasy VII fez parte da infância, ou adolescência, de vários jogadores em todo o mundo, sendo considerado por muitos um dos melhores títulos da franquia, e até mesmo, o melhor RPG da história do mundo dos games. E hoje (31), com o game completando 25 anos de lançamento, decidimos relembrar fatos e curiosidades sobre a jornada de Cloud Strife como uma forma de comemorar essa data especial!

O desenvolvimento de Final Fantasy VII

O game começou a ser desenvolvido em 1994, com uma equipe de mais de 100 pessoas, contando com veteranos da franquia como o criador e produtor Hironobu Sakaguchi, o diretor e escritor Yoshinori Kitase e o famoso compositor Nobuo Uematsu.

Com um orçamento de desenvolvimento de US$ 45 milhões (o que vamos combinar, era MUITO dinheiro para os anos 90), foi o primeiro Final Fantasy a usar full motion vídeo e gráficos tridimensionais sobrepondo fundos pré-renderizados,  e de forma interessante, foi o segundo recurso que causou uma alteração na plataforma na qual o jogo seria disponibilizado.

Originalmente, deveria ser um título de Super Nintendo, mas depois de problemas técnicos ligados à renderização e um aumento no preço dos cartuchos, a SquareSoft decidiu usar o formato CD-ROM para uma capacidade maior de armazenamento, e foi aí que optaram pelo PlayStation.

Com uma boa campanha de divulgação e críticas extremamente positivas, este RPG venceu diversos prêmios de Jogo do Ano e vendeu 13,3 milhões de cópias pelo globo. Além disso, ele serviu para impulsionar as vendas do console da Sony e, de quebra, ajudou a popularizar o gênero de RPG japonês no mundo inteiro. Um currículo mais que impressionante, não?

O primeiro sci-fi a gente nunca esquece

Com uma apresentação mais realista, Final Fantasy VII foi o primeiro da franquia a trazer mais elementos de ficção científica, e mesmo com uma jogabilidade bem parecida com a de seus antecessores, ele também apresentou novidades como Materia e os Limit Breaks, além de uma mudança no combate: nos jogos anteriores era possível utilizar até cinco personagens na batalha, mas nele, o número foi reduzido para três.

A trama do RPG se passa em um mundo tecnologicamente avançado chamado Gaia, mas conhecido pelos habitantes apenas como Planeta, que é povoado basicamente por humanos, e suas outras poucas espécies foram quase levadas à extinção.

Nele, a LifeStream, a força vital do globo, pode ser extraída e processada para se transformar em Mako, que fornece eletricidade e cujo subproduto, a Materia, permite que indivíduos usem propriedades mágicas. Porém, essa energia está sendo extraída de forma abusiva pela poderosa megacorporação Shinra Electric Company, ameaçando extinguir toda a vida no Planeta.

E é então que o protagonista desta aventura, Cloud Strife - um mercenário que diz ter sido parte da SOLDIER, força de elite especial da Shinra - é contratado pelo grupo ecoterrorista AVALANCHE para ajudar a destruir os oito reatores de Mako na cidade de Midgard e derrubar a corporação.

Interessado mais no dinheiro do que na causa, Cloud se une ao líder do grupo, Barret Wallace, e à Tifa Lockhart, uma artista marcial que também é sua amiga de infância, para realizar a missão, mas obviamente as coisas não saem como esperado, afinal, esta história está apenas começando.

Em sua jornada, o personagem também conhece Aerith Gainsborough, uma das últimas sobreviventes dos Cetras - antiga tribo que possuía uma forte ligação com Gaia e sua energia - caçada desde pequena pela Shinra por crerem que a jovem conhece a localização da Terra Prometida, um local no qual supostamente o Mako flui em abundância.

Outras figuras importantes incluem o piloto Cid Highwind; Red XIII, um quadrúpede vermelho capaz de se comunicar; o gato robótico vidente Cait Sith; a ninja Yuffie Kisaragi; e o misterioso Vincent Valentine, que foi vítima de experimentos da Shinra.

Claro que não podemos esquecer do antagonista, Sephiroth, um ex-SOLDIER que ressurge vários anos após ser considerado morto e deseja destruir o planeta e se tornar um deus. Com o desenrolar do enredo, impedi-lo torna-se a tarefa principal de Cloud e seu grupo, que também deseja vingança pela morte de uma personagem muito querida...

Curiosidades sobre Final Fantasy VII

Além das informações que já mencionamos sobre o desenvolvimento do jogo, existem outros fatos curiosos sobre o sétimo capítulo da franquia que valem a pena serem conhecidos!

Elementar, meu caro Watson!

Por incrível que pareça, FF VII quase foi um título investigativo! Inicialmente, o personagem principal seria o esquentadinho Detetive Joe, que ficaria responsável por investigar a destruição dos reatores Mako.

Contudo, quando o projeto foi pausado para a equipe se concentrar em Chrono Trigger e após o falecimento da mãe do produtor Hironobu Sakaguchi, o est[udio decidiu reformular a trama e os protagonistas, criando a aventura que conhecemos hoje.

A garota que quase sobreviveu

A situação com a mãe de Sakaguchi inspirou mais uma alteração para o game, trazendo um de seus momentos mais dramáticos. Originalmente, Aerith iria sobreviver ao ataque de Sephiroth! Aparentemente, a tragédia pessoal na vida do produtor foi um dos pontos decisivos para a morte da personagem. Já imaginaram como isso mudaria a história?

Fantasma ou bug?

E já que estamos falando no triste fim da vendedora de flores, temos mais uma curiosidade sobre ela que pode ser um tanto "sobrenatural". Depois da morte da personagem, aqueles que voltarem até a igreja na qual Cloud a encontra pela primeira vez podem vê-la parada cuidado das flores por alguns segundos.

Nunca ficou claro se isso foi apenas um glitch ou algo intencional, mas pelo menos dá a chance de algum modo de dizer adeus de novo à jovem Cetra.

Proibido para menores!

Conforme descobrimos mais sobre o passado de Tifa e Cloud, fica claro que um romance entre os dois iria acontecer (com o número certo de pontos de afeição, é óbvio). E no final do disco dois, os amigos de infância tem uma conversa bem emocional, com a cena sugerindo levemente que pode ter rolado "algo a mais" ali.

Porém, segundo os desenvolvedores, esse momento quase foi concebido de forma muito mais clara, com os dois saindo de um estábulo de chocobo com cara de culpa e roupas amassadas, algo que com certeza aumentaria a classificação etária...

Ideias que viraram outros jogos

Durante o início do projeto, haviam várias ideias diferentes para Final Fantasy VII. Além da temática investigava, o cenário original seria uma espécie de Nova York futurística. E por mais que tenha sido descartado para esta franquia, foi a grande inspiração do famoso survival horror Parasite Eve. Além disso, outro roteiro negado para o RPG acabou se tornando nada menos do que Xenogears!

De forma curiosa, o mesmo aconteceu durante o desenvolvimento de Resident Evil 4, com uma das concepções iniciais para o jogo sendo reutilizada para criar Haunting Ground.

Sem Yuffie e Vincent?

Em uma entrevista durante o décimo aniversário do RPG, o artista Tetsuya Nomura revelou que esses dois personagens queridinhos de muita gente quase não entraram para o jogo porque algumas pessoas da equipe acreditavam que não haveria tempo o suficiente para desenvolvê-los.

A solução foi torná-los opcionais, assim não seria preciso adicioná-los nas cutcenes da trama principal, e é por isso que as histórias de Yuffie e Vincent são apenas missões secundárias.

Diferenças entre a versão japonesa e internacional

O que não falta na franquia Final Fantasy são chefões extremamente difíceis, e é claro que o sétimo título da série não foi uma exceção. Porém, as complexas Emerald e Ruby Weapons não estão presentes na versão nipônica do game, aparecendo apenas na internacional, que em compensação, apresenta uma taxa de encontro menor do que a japonesa.

Além disso, Cloud também tem mais cenas no jogo em inglês, que ajudam os jogadores a compreender melhor sua história e descobrirem mais detalhes de seu relacionamento com Tifa.

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