Forgive me Father traz muito caos e loucura aos fãs de Lovecraft

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Imagem: Byte Barrel

O universo de horror cósmico de H.P. Lovecraft é extremamente conhecido por fascinar uma legião de fãs, servindo como inspiração para várias obras no mundo do entretenimento, incluindo diversos jogos, como Call Of Cthulhu, Bloodborne e Amnesia: The Dark Descent.

Abraçando este mundo de insanidade recheado de seres monstruosos, a desenvolvedora Byte Barrel lançou em 26 de outubro a versão early access de Forgive Me Father, um FPS retro com um visual no estilo HQ.

Mas será que vale a pena se aventurar por esta jornada aterrorizante, principalmente por ainda não estar completa? Confiram nossa análise para descobrir!

Horror em Pestisville

Fonte:  Voxel - Stella Del Cielo

Em Pestisville, uma cidade na Nova Inglaterra, Estados Unidos, um desafortunado padre acorda e descobre que é o único sobrevivente de um provável evento pós-apocalíptico. Para sobreviver, ele precisa lidar com criaturas que se assemelham a zumbis e outros horrores lovecraftianos, e ainda encontrar uma forma de fugir do local e encontrar respostas sobre o desastre que tomou o mundo. Afinal, será que alguém realizou um ritual que não deveria?

Fonte:  Voxel - Stella Del Cielo 

A trama do título é apresentada aos poucos através de textos encontrados ao longo das fases. Por mais que seja uma abordagem interessante, não deixa de ser um tanto confusa, gerando mais perguntas do que respostas com as informações ambíguas apresentadas. É preciso prestar bastante atenção para tentar desvendar o mistério por trás do caos que o protagonista está vivendo, e mesmo assim pode ser que nunca iremos compreender completamente (o que não deixa de ser a cara das obras de Lovecraft, né?).

Fonte:  Voxel - Stella Del Cielo 

Mesmo com um tema sombrio, o jogo tem seus momentos engraçados. Alguns zumbis carregam uma cabeça nas mãos, e ao tomarem um headshot, utilizam essa “reserva” para continuar em frente com o ataque. O único outro sobrevivente que encontramos durante a jogatina serve como uma forma de salvar seu progresso durante as fases, e ele está claramente tão embriagado que nem se importa com os monstros ao seu redor.

Os gráficos semelhantes à uma HQ e a trilha sonora criam uma imersão interessante nesse universo cheio de pânico e horrores, e a variedade de inimigos — quinze tipos diferentes no momento — é uma boa forma de não tornar o combate tedioso. Além disso, a movimentação “travada” dos monstros passa uma sensação divertida de ser lançado de cabeça em um quadrinho de terror com uma generosa porção de gore.

À Beira da Loucura

Fonte:  Voxel - Stella Del Cielo 

Uma das mecânicas apresentadas logo no começo do game (além de como atirar é lógico), é a barra de insanidade, que aumenta conforme você derrota inimigos ou consome álcool. Quanto maior ela estiver, mais dano o protagonista causa, e ao mesmo tempo, perde menos vida com golpes dos adversários.

Com essa barrinha, também é possível ativar a utilização de quatro itens especiais que ajudam bastante durante as batalhas, com habilidades durante um curto período de tempo, como cura, imobilização dos inimigos, resistência a ataques e zero custo de munição. Eles podem ser aprimorados com os pontos de habilidade, para que seus efeitos sejam mais longos ou eficazes.

Fonte:  Voxel - Stella Del Cielo 

E como todo bom FPS, Forgive Me Father traz uma quantidade interessante de armas a serem utilizadas para dar cabo das monstruosidades pelo caminho. Elas são apresentadas com o passar das fases, e o mais legal é possível melhorá-las conforme o personagem vai subindo de nível. Afinal, quem nunca quis usar uma escopeta tomada por uma entidade de origem questionável, que come munição e excreta dor?

No geral, o gameplay é extremamente divertido e não fica monótona, com os armamentos e itens diferentes permitindo escolher suas estratégias favoritas para lidar com os milhares de seres assustadores que querem acabar com a sua vida, e seguir para o próximo mapa.

A maldição do FPS

Fonte:  Voxel - Stella Del Cielo 

Minha única ressalva com o jogo foi a falta do controle de Field of View (FOV), o que ajuda muito a evitar crises de enjoo em títulos do gênero. Confesso que após ter que me manter em constante movimento enquanto enfrentava uma horda absurda de inimigos, tive que parar um pouco para evitar o desconforto causado.

Porém, vale lembrar que ainda não está completo, e pode ser que a desenvolvedora decida adicionar essa função no futuro, o que realmente seria uma ótima ideia — e meu labirinto agradeceria muito!

Vale a pena?

Mesmo em Early Access — que conta com aproximadamente a metade do conteúdo programado para o jogo — Forgive me Father é um excelente FPS retrô, com jogabilidade e temática muito interessante, sendo uma boa opção para desligar a cabeça e aliviar o estresse com uma boa dose de “tiro, porrada e bomba”.

A Byte Barrel já afirmou que a versão completa contará com mais armas, inimigos, chefes, mapas e até outro personagem jogável. Porém, com certeza vale a pena dar uma chance para o game agora, além de conferir em 2022 tudo o que a desenvolvedora ainda pretende adicionar nessa jornada cheia de caos e insanidade.


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